A exposição temporária “Djanira: o Brasil em Pintura” vai continuar de portas abertas no CARDE Museu. Depois do sucesso de visitação no mês de setembro, a mostra, realizada em parceria com o Instituto Pintora Djanira, foi prorrogada até 27 de outubro e dará a oportunidade de mais frequentadores conhecer as mais de 30 obras da artista brasileira, cujos trabalhos se destacam por retratar o Brasil e seu povo.
As peças raras e significativas expostas no CARDE, museu que une arte, cultura, design e automóveis em Campos do Jordão (SP), oferecem ao público a possibilidade se aproximar do universo criativo e da sensibilidade de uma das maiores pintoras brasileiras. Entre as obras expostas estão Sítio de Paraty, 1975; São Cristóvão, C. 1967; SantAna, 1958; Nossa Senhora e anjos, 1958; cena de circo, 1958; Pescador, do álbum Djanira, 1966; criações do álbum Casa de Farinha, de 1974. Além de dezenas de pinturas e gravuras da artista, o público também terá acesso ao poema Viagem, 1960.
Além de conferir os trabalhos da artista, os frequentadores podem adquirir moleskine, lenço exclusivo e postal em edição limitada com a estampa de uma das principais obras de Djanira - Sítio de Paraty, 1975 -, que será vendido na loja do CARDE. A metade do valor da renda obtida será revertida para o Instituto Pintora Djanira.
O passeio ao CARDE também oferece ao visitante oportunidade única de conferir outras centenas de obras de arte espalhadas pelo museu, entre quadros, gravuras, joias e esculturas, de artistas como Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Zanine Caldas, Frans Krajcberg, Vik Muniz, Oswaldo Teixeira, Agostinho Batista de Freitas, Heitor dos Prazeres, José Antônio da Silva, Niccolò Frangipane, Yutaka Toyota, entre outros, que auxiliam na construção de uma visão clara sobre cada momento de nossa sociedade no século 20.
Djanira da Motta e Silva
Pintora, desenhista, ilustradora e gravadora, Djanira da Motta e Silva (1914–1979) transformou sua trajetória de vida em obra. Neta de guaranis e austríacos, nasceu em Avaré, cresceu em meio à simplicidade do interior e só começou a desenhar aos 23 anos, durante o tratamento contra a tuberculose.
Instalada em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, administrou a Pensão Mauá, ponto de encontro de artistas e intelectuais modernos. Entre costuras e desenhos, descobriu sua vocação e, de forma autodidata, aperfeiçoou-se no contato com nomes como Milton Dacosta, Carlos Scliar e Maria Helena Vieira da Silva.
Djanira escolheu retratar o Brasil que via de perto: trabalhadores, festas populares, religiosidade, paisagens e o cotidiano das pessoas comuns. Como apontou o crítico Frederico Morais, construiu em três décadas um verdadeiro inventário afetivo do Brasil, marcado pelo uso vibrante da cor, pela simplicidade geométrica e pela dignidade dos temas.
Sua obra é ao mesmo tempo íntima e universal, revelando um país múltiplo, diverso e profundamente humano. Reverenciada em vida e velada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Djanira permanece como uma das vozes mais autênticas e potentes da arte brasileira.
Sucesso de público, a exposição temporária "Djanira: o Brasil em Pintura" é prorrogada no CARDE Museu
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