Museu das Culturas Indígenas oferece atividades gratuitas para as férias de janeiro

Cultura
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Jogos educativos, brincadeiras, contação história, entre outras ações podem ser conferidas entre os dias 06 e 28; além de diversão, público amplia conhecimento sobre culturas e tradições de diferentes etnias dos povos originários 

O Museu das Culturas Indígenas (MCI) realiza uma série de atividades gratuitas dentro da programação de janeiro. Jogos educativos, oficinas e brincadeiras podem ser conferidas ao longo do mês por crianças e adultos. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim. 

As atividades de férias iniciam no sábado (06/01), quando ocorre a apresentação da etnia Yawanawa pelo artista Xinã Yura Yawanawá. O convidado abordará tradições e aspectos do modo de vida de seu povo, mostrando desenhos e seus significados, cantos e suas representações, assim como curiosidades culturais e algumas brincadeiras. 

Outra atividade lúdica da programação é a brincadeira da onça ou Ninmangwá Djagwareté (em Guarani) que será oferecida entre 06/01 e 28/01. O jogo de tabuleiro envolve agilidade para tomar decisões, disciplina e velocidade de pensamento, contribuindo para melhor compreensão dos sentimentos de perda e ganho, além de favorecer a criatividade, a capacidade de resolver problemas e unir pessoas. 

A onça pintada simboliza a luta dos povos indígenas originários de Abya Yala (América). Uma “irmã” que ensina o caminho da resistência e sobrevivência. O jogo ocupa o quarto andar do Museu, onde também está montada a exposição “Mymba’i – pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica”. 

Também uma brincadeira indígena, a arapuca, será atração em 27/01. Comandada pela indígena e cientista socioambiental, Jaci Jaxuka Martins, a atividade envolve o uso de um cesto, pedras e fibras de árvores para capturar um objeto do adversário. 

ORALIDADE 

Em 13/01, entra em cena a cultura, as tradições e costumes do povo Payayá presente, sobretudo, na região da Chapada Diamantina (BA) e na cidade de Cristinápolis (SE). A historiadora e ativista, Letycia Rendy Yobá Payayá, conduzirá o encontro com o público, apresentando histórias e vivência dos Payayá. Ela também proporá uma atividade para ampliar o pensamento crítico sobre as famílias indígenas no contexto urbano.  

Crianças e adultos poderão conferir, em 20/01, a Contação de histórias indígenas: História do Toopi. Narrada pela atriz Lilly Baniwa, a fábula apresenta um personagem, Toopi, que vive numa época na qual todos eram bichos-animais-natureza. Não havia preocupação com destruição até o retorno do primo que conta sobre a falta d’água, as queimadas, a escassez de alimentos, a devastação do mundo… A história é comumente contada entre os indígenas do Rio Içana, noroeste da Amazônia. 

ORIGENS 

Em 25/01, quando São Paulo completa 470 anos, Natalício Karaí e Claudio Verá, mestres de saberes do MCI, abordarão a presença indígena no território paulista. Eles, que são da etnia Guarani Mbya, apresentarão culturas e histórias dos povos que já habitaram e ainda vivem nos arredores da cidade. 

Um município que carrega a marca dos povos originários por todos os cantos, a partir dos topônimos (nomes próprios de lugares), como Turiassu, Ibirapuera, Tietê, Guaianazes, Itaquera, Tucuruvi, Butantã, M’Boi Mirim, Pirituba, Jaguaré, Jaraguá, Mooca, Pacaembu, Anhangabaú, Ipiranga, Pari, Tatuapé, Sapopemba, Canindé, Carandiru, Guarapiranga, Jabaquara, Moema, Jaçanã, Congonhas, Morumbi, Grajaú, Tremembé, Tamanduateí…  

ARTE URBANA  

Fechando o mês, em 28/01, tem a oficina Grafitti e biomas brasileiros, com o artista André Hullk. Direcionada a jovens e adultos, a atividade envolverá teoria e prática sobre a arte urbana.  

O propósito da oficina é unir arte, conscientização e transformação urbana em prol da preservação da natureza e manutenção da biodiversidade. O papel das florestas na regulação climática e no combate ao desmatamento são discussões que permearão o encontro a fim de sensibilizar os participantes e mostrar possibilidades de transformação do espaço público. 

 

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Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.

O feriado de Páscoa (18 a 20.04), que este ano emenda com o feriado de Tiradentes (21.04), deve movimentar R$ 3,9 milhões em recursos, de acordo com sondagem realizada pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP).

Os municípios do Estado de São Paulo devem receber 2,4 milhões de turistas, o que representa 300 mil visitantes a mais do que no ano passado. A maior parte dos destinos (96%) espera receber visitantes de fora de seus limites e a taxa de ocupação hoteleira média será alta: 76,3% em média.

“O feriado prolongado é uma motivação extra para a realização de viagens. Os visitantes se sentem motivados a conhecer novos destinos e aproveitar as atrações locais, movimentando toda a cadeia do turismo, incluindo meios de hospedagens, restaurantes e comércio local”, afirma o secretário Roberto de Lucena, da Setur-SP.

Alguns destinos religiosos, como Aparecida, estarão completamente lotados, segundo a prefeitura, e municípios como Praia Grande e Batatais, com tradição na encenação da Paixão de Cristo, também esperam um grande fluxo de visitantes. Além deles, destinos de sol e praia, da Baixada Santista e o Litoral Norte devem registrar alta visitação.

O CIET ainda identificou iniciativas de sustentabilidade: 72% dos municípios turísticos têm iniciativas de conscientização ambiental, mais da metade deles (56%) possuem iniciativas para a mitigação de impactos do turismo e 67% se preocupam com o resgate ou preservação das tradições e da cultura local.

O outono chegou, trazendo consigo um clima ameno, paisagens deslumbrantes e a oportunidade perfeita para explorar o Brasil. Se você está em busca de um destino para aproveitar a estação, confira algumas sugestões:

Destinos no Brasil

  • Chapada Diamantina (Bahia): Com o início da seca, o outono é a época ideal para explorar as trilhas, cachoeiras e paisagens exuberantes da Chapada Diamantina.
  • Campos do Jordão (São Paulo): As paisagens montanhosas e o clima aconchegante de Campos do Jordão ficam ainda mais charmosos no outono. Aproveite para passear pelos parques, visitar o Museu Felícia Leirner e degustar os vinhos da região.
  • Petrópolis (Rio de Janeiro): As paisagens montanhosas e construções imperiais de Petrópolis ganham um charme especial no outono. Explore o centro histórico, visite o Museu Imperial e faça trilhas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
  • Jalapão (Tocantins): O outono é a melhor época para visitar o Jalapão, quando o clima está mais ameno e as paisagens ficam ainda mais exuberantes. Explore as dunas, cachoeiras e fervedouros da região.

Dicas para aproveitar o outono no Brasil

  • Aproveite o clima ameno para fazer atividades ao ar livre, como trilhas, caminhadas e passeios de bicicleta.
  • Experimente os sabores da estação, como castanhas, pinhão, vinho e chocolate quente.
  • Visite festivais e eventos culturais que acontecem no outono, como a Oktoberfest em Blumenau e a Festa do Divino em Paraty.
  • Aproveite a baixa temporada para encontrar preços mais acessíveis em passagens aéreas e hospedagem.

O outono é a estação perfeita para explorar o Brasil e desfrutar de paisagens deslumbrantes, clima ameno e sabores deliciosos.