Sesc Belenzinho apresenta Elefante, espetáculo que reflete sobre o envelhecimento
No elenco, entre outros, está a atriz Chandelly Braz e o ator Igor Angelkorte, que também assina a direção da montagem carioca
Incitando questionamentos sobre a morte e o envelhecimento, o espetáculo Elefante, da carioca Probástica Companhia de Teatro, faz breve temporada no Sesc Belenzinho. As apresentações acontecem nos dias 26, 27 e 28 de abril e dias 1, 3, 4 e 5 de maio, com sessões às sextas e sábados, às 19h, domingos e feriado, às 17h. As sessões dos dias 3, 4 e 5/5 contam com interpretação em libras, audiodescrição e um tour tátil, 30 minutos antes do espetáculo.
Com dramaturgia de Walter Daguerre, indicado ao Prêmio Shell (2006), o enredo questiona o significado de envelhecer, aborda a forma como lidamos com as pessoas idosas que estão ao nosso lado e reflete sobre como entendemos o nosso próprio envelhecimento. A direção é assinada por Igor Angelkorte, que também integra o elenco ao lado de Chandelly Braz, Fernando Bohrer, Lívia Paiva, Renato Livera e Samuel Toledo.
"O que seria da humanidade se pudéssemos viver para sempre?" A partir desta provocação, a peça Elefante aborda uma sociedade em que, pela primeira vez na história, uma geração consegue manter-se jovem e saudável por tempo indeterminado. Nessa sociedade distopia, neurótica, excessivamente preocupada com a estética e conservadora, aos 30 anos, todos os membros passam a tomar um medicamento conhecido apenas como Pílula e assim permanecem jovens e com saúde plena por séculos. O conflito se estabelece quando um dos personagens rompe com a cultura estabelecida e decide parar de tomar a Pílula. Ele se retira do convívio familiar e vai morar no único país onde as pessoas ainda envelhecem.
A peça se utiliza da ficção científica como instrumento lúdico de questionamento do valor da morte e do envelhecimento hoje em dia. Trata-se de uma história que reflete a dificuldade da humanidade em se relacionar com a própria finitude, a forma com a qual lidamos com o envelhecimento e o adoecimento provocado pela busca pela juventude eterna.
Elefante fez duas temporadas no Rio de Janeiro e participou de importantes festivais brasileiros como o FIT em São José do Rio Preto (SP) e o Cena Contemporânea em Brasília (DF), entre outros. No Nordeste, circulou pelas capitais Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
A temporada de Elefante no Sesc Belenzinho integra a ação Tabu: Sexo, Drogas e Rock'n Roll, que propõe, em eventos, atividades ou espetáculos, uma quebra nos estereótipos e uma reflexão sobre o envelhecimento sob a ótica desses três eixos e sobre como eles conversam atualmente com a situação dos idosos.
Probástica Cia. de Teatro – Fundada, em 2011, pelos atores Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e Samuel Toledo, a Probástica Cia pesquisa a construção de dramaturgias originais por meio do trabalho colaborativo em improvisos que investiguem a relação da cena com o tema em questão. Também faz parte de sua pesquisa a busca pela teatralidade em espaços não convencionais e o desdobramento da relação entre a ficção e o real. Dessa pesquisa resultaram três espetáculos: [des]conhecidos, Elefante e Uma Praça Entre Dois Prédios, Próximo de Um Chaveiro, Grafites na Parede e Uma Árvore, sendo esta última indicada ao Prémio Shell 2017 de Melhor Iluminação.
Sesc Belenzinho apresenta Elefante, espetáculo que reflete sobre o envelhecimento
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