Quando Gilberto Gil completou 80 anos, em 2022, ganhou em sua homenagem, um projeto instrumental sobre a sua obra: o disco BraGILidade (Gravadora Galeão), do baterista e percussionista Leo Susi e que contou com a participação especial do próprio Gil no violão. E agora, o músico realiza uma turnê por todo o estado de São Paulo, interior e litoral. Na capital, serão dois espetáculos gratuitos, no dia 17 de julho , às 21 horas, no Teatro Arthur de Azevedo e no dia 18 de julho, também às 21 horas, no Teatro Alfredo Mesquita.
Primeiro trabalho solo do baterista Leo Susi, BraGILidade é um um dos poucos projetos dedicados à releitura das canções de Gil em versão instrumental. O Projeto BraGILidade nasceu de uma conversa entre Gilberto Gil e Leo Susi, em 2004, na cidade de Xangai - China. Em missão oficial como Ministro da Cultura, Gil visitava o país asiático, onde Leo Susi viveu. O encontro se deu por intermédio de um amigo, Roberto Mascareñas, então vice-cônsul em Xangai. Leo e Gil conversaram muito sobre música até que surgiu, por parte do baterista, a ideia de homenagear, em um projeto de música instrumental, o artista veterano.
A obra de Gil sempre teve grande influência na formação musical de Leo Susi. Sua genialidade musical, cheia de influências africanas, resulta em um repertório propício ao jazz instrumental. O disco conta com a participação de grandes músicos brasileiros e estrangeiros.
O álbum abre com “Mar de Copacabana” (Gilberto Gil), um samba rápido e energético, com a participação especial do grande Sizão Machado no contrabaixo. Logo vem “Balafon” (Gilberto Gil), com o auxílio luxuoso de ninguém menos que o mestre Gilberto Gil, tocando seu violão groovado e inigualável, com solo de piano a cargo de Paulo Calasans. Em seguida, “Procissão” (Gilberto Gil, Edy Star), com um arranjo todo especial, que remete a um mantra de regionalidade nordestina. Tem ainda a belíssima balada jazzística “Kaô” (Gilberto Gil, Rodolfo Stroeter), seguida de “Baticum” (Gilberto Gil, Chico Buarque). E, fechando, a eletrizante “Tata Engenho Novo”( tradição oral brasileira, recolhido por Mario de Andrade - domínio público), que foi inspirada na versão de Gil do disco Sol de Oslo.
Além da participação do próprio Gilberto Gil (violão), Leo Susi (Bateria e percussão) conta com os músicos Adriano Magoo (Piano, teclados, acordeon e programações), Sizão Machado (Contrabaixo), Chico Chagas (Acordeon), Gilberto Gil (Violão, Paulo Calasans (Piano solo), Damien Banzigou (Contrabaixo), Boris David Reine (Tambor da Martinica), Richard Fermino (Flauta, trombone, trompete, flugelhorn e clarone), Adriano Sambatti (Contrabaixo) Bruno Aguilar (Contrabaixo acústico), Sintia Piccin (Sax tenor), Marcelo Mariano (Contrabaixo), Marcellus Meirellis (Violão nylon), Rafael Furtado (Contrabaixo acústico).
Gilberto Gil ganha homenagem em espetáculo instrumental sobre sua obra
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