Sesc Casa Verde tem show de Lýryca e programação de literatura e infantil no projeto Agosto Indígena

Cultura
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A escritora Auritha Tabajara também apresenta uma série de atividades envolvendo intervenções, contação de história e curso

Por meio de atividades como apresentações, exibições de filmes, vivências coletivas, bate-papos, contações de histórias, cursos, entre outras, o Agosto Indígena convida todos os públicos para um exercício coletivo de valorização da pluralidade dos Povos Indígenas. 

 

Esta edição do Agosto Indígena é dedicada aos processos de educação de diversas culturas originárias no Brasil, fundadas em relações comunitárias, visando incitar as oportunidades do aprendizado coletivo. Ainda que existam especificidades em cada grupo, as centenas de etnias indígenas revelam que a educação só pode ser alcançada por meio de um compromisso com o respeito e com a valorização da diferença. 

 

Para o Diretor Regional do Sesc São Paulo, Luiz Galina, "Oportunizar esses processos de aprendizagem é uma ação que vai ao encontro da proposta socioeducativa do Sesc, instituição comprometida com a promoção da educação em um sentido amplo, incluindo saberes relacionados às artes, ao esporte, ao lazer, entre outras esferas de saber e atuação. Em diálogo com formas diversas de compreender e se relacionar com o mundo, esses saberes têm o potencial de gestar horizontes sociais e climáticos fundamentados na continuidade da vida, e não em sua exaustão".  

 

Ao visibilizar a potência do tema da Educação no Agosto Indígena, o Sesc São Paulo contribui para promover uma reflexão sobre os processos de aprendizagem, confluindo para uma sociedade equitativa, que prioriza o bem-viver e o respeito às diferenças.  

 

Sesc Casa Verde tem uma série de atividades do Agosto Indígena com a escritora Auritha Tabajara. Para crianças, a Unidade traz a intervenção Grafismos Indígenas: Pintura Corporal  (Dias 11 e 18/8, domingos, às 15h. Dia 25/8, domingo, às 15h30); a intervenção Histórias, Estéticas e Cores Curumins (Dia 18/8, domingo, às 13h30); e a contação de histórias Minha Avó Me Contou e Eu Gosto de Contar (Dia 11/8, domingo, às 14h. Dia 25/8, domingo, às 14h30). A escritora ainda ministra o curso Etno-Oficina Tabajara de Cordel - O Fazer Literário Indígena (Dias 15 e 22/8, quintas, às 14h30).

 

Auritha é escritora brasileira, poeta, palestrante, oficineira e contadora de histórias, conhecida por ser a primeira cordelista indígena do Brasil. Neta de Francisca Gomes, uma das maiores contadoras de história do povo Tabajara. A autora segue os passos da avó e também promove contação de histórias para manter viva a cultura oral de seus ancestrais.

 

Recentemente, em 2022, lançou sua primeira "etno-oficina" de cordel Tabajara. Em 2021, participou do projeto Bibliotecas Online, aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Em palestras, além de contar histórias ancestrais, fala sobre a importância da presença feminina indígena na literatura. É autora da obra Coração na Aldeia, Pés no mundo publicada pelo selo Uk'a Editorial em 2018.

 

Na música, Lýryca (Dia 17/8, sábado, às 16h) apresenta o show Colheyta, que faz referência aos sonhos ancestrais indígenas, uma experiência que reflete a riqueza cultural e a resiliência das raízes, das sabedorias originárias.

 

A rapper é uma multiartivista e agente da cultura Hip Hop desde 2014. Do Grajaú, a artista mostra composições de uma narrativa que parte desse território de resistência com intenção do afastamento das invenções coloniais, além de valorizar o pertencimento indígena. Em sua trajetória de produção cultural, idealizou e co-fundou alguns projetos como o Projeto Pé na Porta, Festival Expresso Hip-Hop e projeto O Não-Lugar, Retomadas Indígenas.

 

Veja a programação completa abaixo:

 

 

Crianças

Intervenção

Grafismos Indígenas: Pintura Corporal,  com a escritora Auritha Tabajara

Dias 11 e 18/8, domingos, às 15h. Dia 25/8, domingo, às 15h30. Sala 4 - Ludicidade. Até 12 anos. Grátis (Entrega de senhas 15 minutos antes)

https://www.sescsp.org.br/programacao/grafismos-indigenas-pintura-corporal/

 

As simbologias, sentidos, significados da cultura e história de povos indígenas representados através de seus grafismos. Nesta intervenção, Auritha Tabajara apresenta este universo e seus significados enquanto faz alguns dos grafismos nos participantes, utilizando o Urucum, como é tradicionalmente feito pelo povo Tabajara.

Contação de história

Minha Avó Me Contou e Eu Gosto de Contar, com a escritora Auritha Tabajara

Dia 11/8, domingo, às 14h. Dia 25/8, domingo, às 14h30.  Espaço de Leitura.  Livre. Tradução em Libras

https://www.sescsp.org.br/programacao/minha-avo-me-contou-e-eu-gosto-de-contar-5/

 

Por meio da oralidade, Auritha Tabajara conta histórias ancestrais do seu povo que lhe são passadas por sua avó Francisca Gomes. A autora vem mostrar a importância de se perceber a oralidade como um gênero literário importante para seu povo, bem como para os povos não indígenas. Entre cantos, brincadeiras corporais e dança representativa do povo Tabajara, vamos ouvir histórias orais dos povos indígenas que sempre habitaram o Brasil e têm muito a nos dizer.

 

Curso

Etno-Oficina Tabajara de Cordel - O Fazer Literário Indígena de Auritha Tabajara

Dias 15 e 22/8, quintas, às 14h30. Sala 4 - Ludicidade. A partir de 8 anos. Livre. Inscrição na Central de Atendimento a partir de 06/08

https://www.sescsp.org.br/programacao/etno-oficina-tabajara-de-cordel-o-fazer-literario-indigena-de-auritha-tabajara-2/

 

Por meio da oralidade ancestral, Auritha apresentará sua história de vida, de seu povo e de suas lutas e será guia na criação de cordéis dos participantes. A oficina tem caráter formativo de imersão na cosmologia da primeira cordelista indígena – Auritha Tabajara, filha do povo Tabajara do Ceará. Por meio da oralidade ancestral, Auritha apresentará sua história de vida, de seu povo e de luta. Contará sobre a importância do cordel na sua trajetória de vida até se tornar leitura obrigatória nas escolas públicas pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará com sua primeira publicação – "Magistério Indígena em versos e poesias" (2007). Proporcionará aos/às participantes da oficina uma imersão na criação poética denominada "Coração na aldeia, pés no mundo" (2018) e será guia na criação de cordéis.

 

Intervenção

Histórias, Estéticas e Cores Curumins com a escritora Auritha Tabajara

Dia 18/8, domingo, às 13h30.  Espaço de Leitura. Até 12 anos. Livre

https://www.sescsp.org.br/programacao/historias-esteticas-e-cores-curumins/

 

Entre som das maracas e dinâmicas brincantes, o público é envolvido na história e cultura indígena de Curumim Tabajara – Criança Brincando bem como viaja entre as explanações das xilogravuras e da construção das histórias de "Coração na aldeia, pés no mundo", que traz declamações, representação estéticas, cores e curuminices.

 

Show

Lýryca

Dia 17/8, sábado, às 16h. Arena. Todas as idades. Livre

https://www.sescsp.org.br/programacao/lyryca-2/

 

Lyryca apresenta o show Colheyta, que faz referência aos sonhos ancestrais indígenas, uma experiência que reflete a riqueza cultural e a resiliência das raízes e das sabedorias originárias. A rapper é uma multiartivista e agente da cultura Hip Hop desde 2014. Do Grajaú, a artista mostra composições de uma narrativa que parte desse território de resistência com intenção do afastamento das invenções coloniais, além de valorizar o pertencimento indígena. Em sua trajetória de produção cultural, idealizou e co-fundou alguns projetos como o Projeto Pé na Porta, Festival Expresso Hip-Hop e projeto O Não-Lugar, Retomadas Indígenas.

 

Sesc Casa Verde

Horários de funcionamento: terça a sexta-feira, 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, 10h às 18h

Endereço: Avenida Casa Verde, 327, São Paulo – SP

Bilheteria: terça a sexta, 10h às 18h30; sábados, domingos e feriados, 10h às 17h30.

Bicicletário: necessário uso de corrente e cadeado. 28 vagas.         

Estacionamento: entrada pela Rua Soror Angélica, 751.

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.