Em agosto, Museu da Língua Portuguesa promove mais uma edição da Feira Luz Criativa e é grátis aos fins de semana

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Instituição ainda realiza sarau, batalha de rimas, cinema ao ar livre, apresentações artísticas, visitas temáticas, jogos e brincadeiras

Uma feira com moda, gastronomia, música e artesanato é a principal atração de agosto do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Gratuita, ela vai acontecer no mesmo mês em que o Museu também realiza batalha de rimas, sarau, clube de leitura, apresentações artísticas e visitas temáticas. Outra novidade é a disponibilização de jogos e brincadeiras, aos domingos, para todas as idades em três espaços diferentes do Museu.   

Além disso, a entrada para o Museu aos fins de semana será gratuita ao longo deste período. Ou seja, o público não pagará nada tanto no sábado, como já ocorre desde a sua reabertura, quanto no domingo. Mas, atenção: a gratuidade no domingo será válida somente até 31 de agosto.    

Correalizada com o coletivo Paratodes e a feira MUVUCA, a Feira Luz Criativa vai acontecer no Saguão B e Pátio B no dia 3 de agosto (sábado), das 10h às 17h, com entrada gratuita. Cerca de 30 expositores, das áreas da moda e da gastronomia, estarão espalhados pelo espaço vendendo roupas e acessórios, além de comidas saborosas. O Samba da Bênção Paraty e o DJ Meu Caro Vinho vão ficar responsáveis pela música e prometem transformar o Pátio B em uma pista de dança. Mais informações neste link (clique aqui).  

O projeto Domingo no Museu, que já ocorre, ganha mais atrativos a partir deste mês. Das 12h às 15h, jogos e brincadeiras para todos os públicos estarão disponíveis no Saguão B, Pátio B e Calçada aos domingos. O responsável por esta atividade recreativa-educativa será o coletivo Aqui que a gente brinca!, que oferecerá um espaço para a primeira infância, jogos de tabuleiro e brincadeiras coletivas. No último domingo do mês, uma apresentação artística é somada a essa programação.  

Mais atrações  
Com mediação da socióloga e especialista em literatura infantil Luciana Bento, o 5º encontro do Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa vai debater quatro livros infantojuvenis: Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado; Tenka, preta pretinha, de Lia Zatz; Os mil cabelos de Ritinha, de Paloma Monteiro; e Manual de penteados para crianças negras, de Joana Gabriela Mendes e Mari Santos. Em agosto, o clube de leitura vai acontecer no dia 10 (sábado), das 14h30 às 16h30, no Saguão B. Haverá tradução em Libras e sorteio de livros.  

No mesmo dia, a 5ª edição da Feira de Troca de Livros do Museu ocupa o Pátio B, das 14h às 17h. A cada edição desta atividade, as pessoas são estimuladas a trocar com o Museu até oito livros em bom estado: sendo quatro livros por outros quatro livros da instituição e quatro livros por quatro ingressos (válidos até 29 de dezembro de 2024). Caso a pessoa queira doar mais livros ao Museu, não há limite, desde que respeitadas as categorias literárias indicadas. Também podem trocar livros entre si. A atividade ainda promove mediação de leitura com o Núcleo Educativo, oficina de marca-páginas e conta com um espaço infantil.   

O Núcleo Educativo também promove uma série de ações neste mês. Nos dias 10 (sábado) e 11 (domingo), às 10h e às 13h, realiza a visita temática Quem Civiliza Quem?, em sintonia com o Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto. A atividade visa refletir de que forma as cosmovisões indígenas interferem no português falado no Brasil a partir de um mergulho no acervo encontrado na exposição principal do Museu. Os grupos para esta visita são formados perto da bilheteria do Pátio A 15 minutos antes de seu início. Não precisa reservar e nem pagar para participar.  

Os educadores e educadoras também promovem aos fins de semana visitas pelo prédio da Estação da Luz, sede do Museu. Neste mês, alguns desses passeios vão integrar a programação da Jornada do Patrimônio, quando edifícios históricos e icônicos de São Paulo são ocupados com atividades. Isso vai acontecer nos dias 3 (sábado) e 4 (domingo), às 11h e às 15h, com o público acessando a ala histórica do prédio. Nos dias 17 (sábado) e 18 (domingo), às 11h, o título da visita será Entre Rios e Trilhos: presenças indígenas no Guaré e na região da Luz. Os grupos são formados 15 minutos antes do início do passeio, perto da bilheteria do Pátio A.  

O 6º Sarau Africanizar no Museu invade o Saguão Central da Estação da Luz no dia 17 (sábado), das 12h às 14h. O evento, que destaca manifestações afro-brasileiras, tem curadoria do Samba D’Ketu. Nesta edição, haverá roda de capoeira com o mestre Brancão, discotecagem com o DJ Pedrinho e dança com o Grupo de Dança dos orixás Ọkan àiyé.  

No dia 20 (terça-feira), o espetáculo Palavra Brinquedo é a atração do projeto É Hora de História, das 10h às 11h, no Saguão B. Nesta performance, contadores e musicistas propõem jogos interativos, tendo como inspiração poetas como Manoel de Barros, Haroldo de Campos e Adriana Falcão.  

Dentro da programação do projeto Domingo no Museu, no dia 25, é a vez do espetáculo Fantasmas da SP Antiga, da Cia. Mapinguary. A trilha sonora da peça é executada ao vivo, relembrando alguns compositores nascidos na capital paulista. A apresentação acontece das 11h às 12h, no Saguão B do Museu.   

Já tradicional na programação 2024 do Museu, o Luz na Tela, o cinema ao ar livre da instituição, acontece no dia 29 (quinta-feira). Na quinta edição, o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, clássico do Cinema Novo dirigido por Glauber Rocha, será exibido. A sessão começará às 19h, no Pátio B, com distribuição gratuita de pipoca.  

Para fechar a programação do mês, no dia 31 (sábado), estão programadas mais uma edição da Plataforma Conexões e uma Batalha de Rimas. No projeto Plataforma Conexões, que abre espaço neste ano para novos artistas com trabalhos com o tema Línguas africanas no Brasil, os musicistas e percussionistas Dessa Ferreira e Idowu Akinruli realizam o show musical Todos os Tempos com percussões afro-indígenas e do povo iorubá, da Nigéria. A performance começa às 12h no Saguão Central da Estação da Luz.  

Já uma Batalha de Rimas vai reunir jovens entre 13 e 24 anos que residem nos bairros do Bom Retiro, Campos Elíseos, Luz e Santa Efigênia, área em que está localizado o Museu. Ao longo de agosto, eles vão participar de oficinas de rap oferecidas pelo Núcleo Educativo do Museu. O resultado desses encontros poderá ser conferido pelo público em geral, no Pátio B, das 14h às 15h30.  

Exposições  
Quem vier ao Museu ainda tem acesso à sua exposição principal e à mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil.   

A exposição principal aborda a diversidade da língua portuguesa falada no território brasileiro por meio de experiências audiovisuais, imersivas e interativas. Um dos destaques é o Falares, que destaca a variedade de falantes do português no país. Em telões de tamanho real, pessoas de diversos cantos do Brasil fazem comentários sobre suas origens, profissões e, claro, a relação com a língua portuguesa.  

Já a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil enaltece a presença do iorubá, fon, quicongo e outras línguas de África presentes no português falado no Brasil. Para este projeto, o curador Tiganá Santana selecionou uma série de vídeos que apresentam as diversas manifestações afro-brasileiras em nossa cultura. Em um deles, é possível assistir a performances do grupo Ilú Obá De Min e da Orkestra Rumpilezz.  

A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.    

SERVIÇO  
Feira Luz Criativa 
Dia 3 de agosto (sábado), das 10h às 17h 
No Saguão B e Pátio B 
Grátis  

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"Fábulas Fabulosas" aborda temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e relação com mundo digital; obra será lançada dia 22 de junho em São Paulo

Num mundo onde as telas disputam cada minuto da atenção infantil, como resgatar o encanto das histórias que se lêem (e se vivem) com os cinco sentidos? Essa é a proposta de "Fábulas Fabulosas" (60 págs., 2025), da escritora, jornalista e artista Titila Tornaghi, obra que conta com uma história ("O Ladrão do Tempo") finalista do Prêmio UBE de Literatura Infantil 2024. O livro é mais do que um livro, trata-se de um convite à experiência: uma coletânea de contos, poemas e atividades manuais que abordam com humor e sensibilidade temas urgentes como consumo consciente, alimentação saudável e nossa relação com a tecnologia.

A obra será lançada na Bienal do Rio de Janeiro. No dia 18 de junho, a autora estará no espaço do coletivo Escreva, Garota em sessão de autógrafos das 13h às 15h, e no dia 19, às 11h, no estande da editora Arpillera. Já a participação na Feira do Livro de São Paulo será no dia 22 de junho, das 12h às 14h. E na Flip, o lançamento está confirmado para 30 de julho, das 13h às 17h. Ambos no espaço do Escreva, Garota.

A autora traz para a literatura infantil a mesma versatilidade que marcou sua carreira. Nascida no bairro do Leme, no Rio de Janeiro, Titila (que como jornalista assina Cecilia Tornaghi) começou no programa Viva o Gordo ao lado de Jô Soares, rodou o Brasil com teatro independente e, após se mudar para os EUA em 1994, construiu uma sólida trajetória no jornalismo econômico – passou 13 anos na Bloomberg TV e comandou revistas como Latin Finance e Americas Quarterly. Agora, ao lançar "Fábulas Fabulosas", completa um círculo: "É o retorno da Titila à superfície, querendo compartilhar com as crianças de hoje a alegria que é ler e brincar de fazer coisas".

Celebração da imaginação infantil

"A imaginação é um bem precioso, e precisa de espaço para se desenvolver, precisa de tempo livre, sem telas. Precisa até de um pouquinho de solidão!", reflete a autora, cuja trajetória atravessa palcos, redações e agora as páginas coloridas da literatura infantil. Entre as pérolas do livro estão "O Ladrão de Tempo" – uma fábula moderna sobre celulares que "sequestram" horas de brincadeira –, "João, o Rei do Fogão" (história inspirada em suas próprias aventuras culinárias como mãe) e "O Lixinho Sonhador", versão revisada de seu primeiro livro infantil, que fala de reciclagem com poesia.

O projeto é profundamente pessoal: "'Fábulas' é um presente para a minha menina interior", confessa Titila. A obra funciona como uma espécie de álbum de memórias criativas, reunindo textos escritos ao longo de três décadas – desde os anos 1990, quando viajava com o grupo teatral Lanavevá, até seu período como jornalista em Nova York. As ilustrações e atividades propostas (como criar brinquedos com material reciclado ou inventar histórias a partir de sons) homenageiam publicações que marcaram sua infância nos anos 1960/70: "A Revista Recreio na primeira versão, lançada em 1969, foi sem dúvida uma das minhas maiores influências, ao me apresentar a autores como Ruth Rocha e Ana Maria Machado".

O livro chama atenção pela abordagem que combina entretenimento e reflexão. Em "Memórias de uma Lagarta" (baseado na primeira peça que interpretou no teatro) e "Os Trigêmeos" (sobre irmãos com personalidades vibrantes), a autora prova que é possível falar de autoconhecimento e diversidade sem didatismo.

Escritora, que também é roteirista, transporta seus ambientes de trabalho para dentro de uma trama recheada de amor e segundas chances

“De inimigos a amantes”, em poucas palavras, é o que define o cerne de “O Roteiro do Amor” (Verus Editora), quinto livro da escritora e roteirista Ray Tavares, que traz para dentro das páginas da obra dois universos muito familiares para ela: a literatura e o audiovisual. O livro foi o destaque da quinta caixa do Clube de Romance da Verus e, posteriormente, estará disponível  para venda nas principais livrarias e marketplaces.

Verônica Nakamura, protagonista de “O Roteiro do Amor”, é uma autora que não abre mão de nenhuma cena da sua história. Em seu caminho, porém, aparece um roteirista arrogante que topa o trabalho aparentemente impossível de fazer o filme baseado no seu mais recente livro. Será que passar um mês morando juntos vai amolecer o coração dos dois?

 

Foi muito gostoso poder fazer um romance entre uma autora e um roteirista, mundos que a primeira vista podem parecer similares, mas que são tão diferentes. Pude explorar um pouco as delícias e os perrengues de ambas as carreiras!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Prestes a dar fim à tentativa de fazer a adaptação, em caráter de última tentativa para não perder o investimento, a produtora contrata Daniel Ortega, um roteirista experiente e arrogante que promete fazer o filme acontecer. Para isso, ele vai viver um mês na cidade em que a história se passa. Mas Verônica jamais deixaria que um roteirista cínico, que não entende nada de histórias de amor, fizesse o trabalho sozinho. Assim, eles viajam juntos para uma mansão em Atibaia, onde vão precisar deixar as diferenças de lado se quiserem que ‘A trilha do coração’ ganhe as telas.

Entre sessões compartilhadas de escrita, alfinetadas e drinques na piscina, Verônica começa a conhecer um outro lado de Daniel, mais suave e interessante. Mas será que ela está pronta para sair do roteiro que criou para o próprio coração?

 

Estamos acostumados a consumir romances sobre os bastidores da literatura e do audiovisual norte-americano; eu quis trazer uma visão brasileiras dessas indústrias, e, quem sabe, inspirar mais autores a ambientarem suas histórias no Brasil, e, quem sabe, se interessarem em trabalhar na área!” – Ray Tavares, roteirista e escritora

 

Neste, que é seu livro mais “adulto”, Ray busca atingir públicos mais maduros com diálogos e cenas mais picantes. “Acredito que o público que lê meus livros cresceu, amadureceu e, com isso, minha escrita pode seguir esse mesmo rumo”, esclarece a autora. “O Roteiro do Amor”, diferente de seus lançamentos anteriores, feitos pela Galera Record, agora, é lançado pela Verus, selo romântico do Grupo Editorial Record.

 

 

Serviço:

Livro: O Roteiro do Amor

Autora: Ray Tavares (@rayctjay)

Páginas: 294