Dia Mundial do Meio Ambiente: como as embalagens estão tornando a indústria cosmética mais sustentável

Meio Ambiente
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A pauta ambiental deixou de ser tendência e passou a ser requisito — não apenas por regulamentações, mas por exigência direta dos consumidores. A jornada sustentável das embalagens começa ainda na concepção do produto. Hoje, designers e engenheiros trabalham com foco em soluções que conciliam estética, funcionalidade e menor impacto ambiental. Isso inclui a escolha por materiais recicláveis, biodegradáveis ou reutilizáveis, bem como o desenvolvimento de estruturas mais simples, com menos camadas e compostas por um único tipo de material, o que facilita a reciclagem.

Além dos materiais, a própria cadeia produtiva tem se adaptado. Empresas estão investindo em fontes de energia renovável para suas fábricas e aprimorando a gestão hídrica para reduzir o desperdício de água. A busca por processos de produção mais limpos e a implementação de logística reversa são essenciais para garantir que as embalagens, após o uso, sejam coletadas e reintegradas ao ciclo produtivo, promovendo a economia circular.

Diante desse cenário de inovação, o vidro ressurge como um protagonista por se tratar de um material totalmente reciclável. Sem perda de qualidade ou pureza, a matéria-prima pode ser 100% reciclada e contribui para a redução das emissões de CO₂ reincorporada ao processo produtivo de novas embalagens. De acordo com a Abividro, cerca de 47% das embalagens de vidro no Brasil já são recicladas, resultado de uma cadeia colaborativa que envolve fabricantes, beneficiadores, cooperativas, catadores e consumidores.

 

O consumo consciente impulsiona a mudança na indústria

Esse movimento não acontece por acaso. Consumidores estão cada vez mais conscientes, buscando marcas que demonstrem compromisso com o planeta. Uma pesquisa global da WGSN indica que o consumidor de beleza está mais atento à origem e à composição das embalagens dos produtos que consome, com clara preferência por materiais recicláveis, biodegradáveis ou reutilizáveis.

Relatórios de mercado destacam que a sustentabilidade deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência, especialmente no mercado de beleza, onde a embalagem pode representar até 70% da pegada de carbono de um cosmético. Essa pressão do consumidor tem impulsionado a indústria a repensar toda a sua cadeia de valor. No ponto de venda, cresce a oferta de refis, embalagens retornáveis e soluções minimalistas que reduzem o descarte — especialmente entre marcas premium e mais engajadas com pautas ambientais.

Nesse cenário de transformação, a Wheaton, líder nacional e uma das maiores instalações do mundo especializadas no fornecimento de embalagens de vidro, tem se destacado por um conjunto de iniciativas sustentáveis. Um dos principais avanços recentes da companhia foi a neutralização de suas emissões de escopo 2, com a migração integral, em 2023, para energia elétrica proveniente de fontes hídricas certificadamente renováveis. . Essas ações integram uma estratégia ESG ampla e estruturada, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, por meio do Pacto Global. A Wheaton possui iniciativas em diversas áreas  que abrangem 13 dos 17 ODS, com metas que incluem a redução de 25% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030 2030 (tendo 2014 como ano base), a diminuição de 10% no consumo de água em m³ por tonelada de vidro fundido e a manutenção de 100% do uso de energia elétrica proveniente de fontes certificadamente renováveis.

Esse compromisso com a sustentabilidade se reflete na própria produção. A empresa produz embalagens de vidros Flint e Âmbar utilizando um percentual de cacos pós-consumo, de 15 e 40% respectivamente — além de promover o reaproveitamento de 100% do caco gerado internamente. Também investe em ecodesign por meio da linha Ecoglass, que reúne frascos com diferentes atributos sustentáveis: modelos com terminação em rosca para facilitar a refilagem e a separação dos componentes para reciclagem; frascos que servem como refis; e embalagens com design leve, desenvolvidas com até 20% menos massa vítrea, o que reduz em cerca de 15% as emissões de CO₂.

“Aqui na Wheaton, há um grande investimento em soluções para reduzir o impacto ambiental das embalagens. Mas sabemos que essa transformação só acontece de verdade quando todos participam. O consumidor tem um papel essencial nisso. O descarte correto de uma embalagem de vidro para a reciclagem, a reutilização de um frasco ou a opção por um refil — por menor que pareça — tem um peso enorme no futuro que queremos construir.” diz Karolina Cosentino - representante do comitê ESG do Grupo Wheaton