Aumento de 67% em ciberataques reforça o Brasil como um dos principais alvos de hackers

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Diretor de Cibersegurança da TIVIT indica que os principais empecilhos em empresas e startups vêm da demanda de transformação digital, que não passa pela área de TI

À medida que os hackers se utilizam de técnicas cada vez mais avançadas, os ciberataques crescem no Brasil. Uma pesquisa da Check Point Research aponta que os ataques cibernéticos cresceram 67% no segundo trimestre deste ano no país, totalizando 2.754 tentativas por semana. O percentual de crescimento é de 7% na comparação com o mesmo período de 2023.

"Atualmente, boa parte das companhias sabem que o mercado brasileiro está na mira dos hackers, mas ainda há pouca maturidade por parte delas em termos de segurança, além disso, há empresas correndo contra o tempo apenas para implementar o básico", explica Erik Nakandakare, diretor da área de Transformação Digital da TIVIT, multinacional que acelera negócios por meio da tecnologia.

A baixa preocupação das companhias em implementar mais controles de segurança em seus sistemas chega a ser um paradoxo, mesmo à medida que a necessidade de modernizar processos e implementar novas soluções – a chamada transformação digital – aumenta em quantidade exponencial, expondo dados dos seus negócios em diversos aplicativos e canais e contato com o cliente.

Segundo Thiago Tanaka, diretor da área de cibersegurança da TIVIT, muitas empresas têm expandido soluções para tornar suas operações mais eficientes, aumentando pontos de comunicação e compartilhamento de dados de suas operações, mas nem sempre essas demandas vêm acompanhadas do cuidado de garantir a segurança delas.

"Um dos principais empecilhos atualmente nas empresas e startups vem da demanda de transformação digital. Elas vêm do próprio negócio, e muitas vezes, não passam pela área de TI. E quando passam, muitos destes times não têm profissionais totalmente habilitados para fazer as devidas validações e controles quanto à proteção de dados, acesso e outras ferramentas mínimas requeridas", pontua o especialista em Cibersegurança.

Segundo uma estimativa do IDC Brasil, em 2023 o país aumentou os investimentos em segurança da informação em 12%, mas o percentual ainda é baixo – cerca de 3,5% dos orçamentos de TI. "Muitas empresas ainda enxergam a segurança na TI como um custo operacional sem retorno claro, e não parte de seu plano de continuidade dos negócios", afirma Nakandakare.

De acordo com Tanaka, a mudança nesse cenário, em muitas empresas, só acontece depois que elas sofrem algum ataque. Para o especialista em cibersegurança, hoje os ataques digitais se tornaram um negócio para os criminosos, cada vez mais sofisticados, e as empresas precisam também ver a segurança da informação como parte integral do dia-a-dia. "Ainda é muito reativo. Todas as empresas que sofrem ataques multiplicam por várias vezes o seu orçamento para segurança no ano seguinte. É como fazer o seguro do carro só após ser roubado", pondera.

Cuidado com cibersegurança é parte do processo

Do mesmo modo que os projetos de transformação digital são pensados para otimizar e modernizar processos em empresas ou startups, o cuidado com a segurança da informação precisa fazer parte deste escopo. Para Tanaka, há a necessidade de ter profissionais que façam o acompanhamento de cada processo bem de perto.

Segundo o executivo, a falta de profissionais especializados em segurança gera um gap perigoso na hora da implementação de projetos de transformação digital. "Hoje, falar de transformação digital está cada vez mais na moda, mas a preocupação com segurança continua baixa e distante do recomendável", diz Tanaka.

Além disso, até mesmo na contratação de serviços na nuvem, ainda existe muito ruído. Por exemplo, migrar aplicações e cargas de trabalho para um ambiente cloud não é garantia de que estarão protegidas, mesmo em uma infraestrutura controlada por terceiros. "A necessidade de segurança na nuvem é a mesma que no ambiente on-premise. Você precisa adquiri-la junto para usufruir deste benefício, e ainda assim, você precisa criar controles e processos, além de contar com profissionais especializados para fazer os ajustes finos dessas camadas de proteção para melhor atender o ambiente na nuvem, lembrando que envolvem processos de transformação digital e uso de AI", explica.

A importância do trabalho consultivo

Na falta de profissionais qualificados em segurança, é importante que as empresas possam recorrer a parceiros para implementar uma segurança mais robusta em seus projetos de transformação digital. Segundo Nakandakare, contar com um parceiro confiável nesses momentos é uma alternativa. “Muitos relacionamentos comerciais começam com um trabalho consultivo, na preocupação das empresas em se proteger de ataques de ransomware, por exemplo. Quando uma empresa fecha uma parceria para o desenvolvimento de um projeto de transformação digital, contamos com um time multidisciplinar, capaz de olhar e mapear as necessidades de negócio e de segurança, incluindo os processos necessários dentro do escopo do projeto”, complementa.

Um exemplo recente de como a TIVIT investe na entrega de serviços de segurança é uma oferta recém-lançada com a IBM, chamada IBM Security QRadar SIEM. O projeto foi desenvolvido pelos especialistas em cibersegurança de detecção e resposta da TIVIT em conjunto com o IBM Security, como parte de uma colaboração contínua para oferecer novas soluções que atendam aos desafios de seus clientes.

Entretanto, para Erik, essa é apenas uma parcela do trabalho. "Ao entregarmos uma aplicação ou ambiente, é fundamental que o cliente tenha consciência que a cultura de segurança é algo constante dentro do negócio. Estamos vendo, aos poucos, o aumento dessa consciência nas empresas, mas ainda é longe do ideal", finaliza.

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Módulos fazem parte do programa Mãos e Mentes Paulistanas
e são oferecidos gratuitamente durante todo o mês
 

Artesãos e manualistas da capital paulista poderão realizar, ao longo do mês de março, o ciclo completo de cursos do programa Mãos e Mentes Paulistanas voltado à qualificação empreendedora.
 

A iniciativa, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, tem como objetivo fomentar e qualificar o setor de artesanato e manualidades da cidade, oferecendo oportunidades de capacitação profissional e acesso ao mercado.
 

Os módulos, disponibilizados semanalmente, abordam temas essenciais para o sucesso dos negócios criativos, como definição de metas e objetivos, organização financeira e produtiva, precificação de produtos autorais, parcerias estratégicas e comercialização em diferentes canais de venda (online e offline).
 

Ao todo são sete módulos divididos em: Modelagem de Negócio, Desenvolvimento de Coleção, Planejamento de Futuro, Presença Digital, Planejamento Financeiro, Parcerias e Formalização e Segurança do Trabalho. Disponíveis de segunda a domingo, os módulos ficarão disponíveis, novamente, após o fim de um ciclo completo.
 

"A qualificação empreendedora é fundamental para que os artesãos fortaleçam seus negócios e ampliem suas oportunidades de mercado. A Prefeitura de São Paulo oferece capacitação gratuita e acessível, permitindo que esses profissionais aprimorem sua gestão, organizem suas finanças, expandam sua presença digital e se preparem para comercializar seus produtos de forma estratégica", declara o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart.
 

Descrição dos módulos

De 03 a 09 de março estará disponível o módulo de Segurança do Trabalho, onde artesãos e manualistas aprenderão a trabalhar com segurança e garantir processos saudáveis durante a jornada de trabalho de execução de trabalhos manuais.
 

De 10 a 16 de março, os módulos disponíveis serão Modelagem de Negócios e Planejamento de Coleção.

O primeiro apresenta ferramentas para o entendimento completo do empreendimento artesanal, possibilitando uma análise aprofundada para melhores resultados e apoio na tomada de decisão. Já o segundo módulo ensina como aplicar o conceito de coleção no artesanato, explorando técnicas para criar linhas de produtos mais coesas e estratégicas

Entre 17 e 23 de março, estarão abertos os módulos de Planejamento Financeiro e Formalização e Parcerias.
 

O primeiro módulo é onde o aluno será capacitado para organizar, construir e seguir um planejamento financeiro profissional para o seu ateliê ou marca. Além disso, também são passadas técnicas de precificação, para que o empreendedor manual saiba aplicar o preço adequado em seus produtos, com um passo a passo completo e atualizado.
 

Em "Formalização e Parcerias", o objetivo é apresentar os benefícios da formalização para o artesão e como ele pode fazer isso. Nesta etapa, o empreendedor também aprenderá a estabelecer boas parcerias para o seu negócio.

Por fim, na semana de 24 a 30 de março, ficarão disponíveis os módulos de Planejamento de Futuro e Presença Digital.
 

Planejamento de Futuro tem como foco a determinação de metas, objetivos e como alcançá-los, além de mostrar como um planejamento estratégico é a chave para o sucesso do seu negócio.

Completando, Presença Digital traz um conteúdo completo sobre como posicionar um negócio artesanal na internet e, principalmente, como vender artesanato no ambiente digital.
 

Como Participar

Para participar, é necessário realizar um cadastro na plataforma de qualificação do programa, acessível neste link. O curso está disponível de forma contínua, com novos conteúdos liberados semanalmente. Não é obrigatório concluir um módulo para acessar os seguintes, pois eles são independentes.
 

Aulas de revisão ao vivo

Também será oferecida uma monitoria online ao vivo com revisão de cada curso, com o objetivo de complementar o conteúdo, tirar dúvidas e promover a interação dos participantes.

Semanalmente as aulas de revisão acontecem às terças-feiras pelo no canal do Mãos e Mentes Paulistanas do YouTube, pelo link.

Não é necessário ser artesão ou manualista credenciado no Mãos e Mentes Paulistanas para participar do curso. Empreendedores manuais interessados em participar de outras ações do programa podem fazer o credenciamento pelo link.
 

Cursos obrigatórios para as oportunidades comerciais
Além do credenciamento no Mãos e Mentes, os cursos da qualificação empreendedora também são parte dos pré-requisitos para participação nas oportunidades de comercialização oferecidas pelo programa, como feiras e eventos de artesanato e os espaços fixos de vendas localizados em shoppings e centros comerciais.
Todos os cursos, com exceção do "Segurança do trabalho", são pré-requisitos para participação nas lojas do Programa. Já para os quiosques é necessário concluir os quatro módulos sobre "Modelagem de negócio", "Desenvolvimento de coleção", "Planejamento de futuro" e "Parcerias e formalização".

No caso das feiras de artesanato, os cursos modulares "Modelagem de negócios" e "Planejamento de coleção", cursos disponíveis nesta semana, são obrigatórios desde 1 de abril de 2024.

Por fim, além da programação semanal de feiras, o Mãos e Mentes conta também com cinco quiosques localizados nos Shoppings Center Norte, Lar Center, Anália Franco, Itaquera e Mercadão das Flores, bem como três lojas localizadas nos Shoppings Frei Caneca, Center 3 e Mais Shopping.
 

Cursos obrigatórios:
Feiras de artesanato:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
 

Quiosques:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
- Planejamento financeiro
- Parcerias e formalização

Lojas:
- Modelagem de negócio
- Planejamento de coleção
- Planejamento financeiro
- Parcerias e formalização
- Planejamento de futuro
- Presença digital
 

Programação dos módulos:

03/03 a 09/03 - Segurança do trabalho
10/03 a 16/03 - Modelagem de negócio e Planejamento de coleção
17/03 a 23/03 - Planejamento financeiro e Parcerias e formalização
24/03 a 30/03 - Planejamento de futuro e Presença digital
 

Serviço
Qualificação empreendedora - Mãos e Mentes Paulistanas
Cadastro para os módulos abertos pelo site: Link

O projeto Núcleo Conexão Cultural, patrocinado pela ISA ENERGIA BRASIL em Guarulhos, abre inscrições para curso que tem como objetivo capacitar os alunos para o uso eficiente das tecnologias digitais, desde os conceitos fundamentais da informática até a criação de páginas web funcionais e visualmente atrativas.

Iniciando com a disciplina Introdução ao Mundo Digital, os alunos exploram o ambiente virtual, compreendendo a importância da conectividade, segurança online e o impacto da tecnologia no cotidiano. Em Informática Básica, desenvolvem habilidades essenciais no uso de sistemas operacionais, editores de texto, planilhas e apresentações, fundamentais para qualquer atividade digital. O módulo de Redes Sociais foca no uso estratégico de plataformas, ensinando desde a criação e gestão de perfis até técnicas de engajamento e produção de conteúdo relevante para diferentes públicos. A disciplina de Ferramentas Digitais amplia o leque de competências, apresentando aplicativos e softwares de produtividade, colaboração e design gráfico. Em Web Design, os alunos aprendem os princípios do design de interfaces, usabilidade, estruturação de sites básicos. O curso culmina com o Projeto Final, onde os participantes aplicam os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento de um site voltado para o âmbito cultural, consolidando assim uma formação prática e completa para atuação no universo digital.

O programa terá 196 horas de formação e oferecerá 50 vagas distribuídas em duas turmas de 25 alunos. Podem se inscrever jovens a partir de 16 anos. As inscrições acontecem até 19 de março pelo link. Os selecionados passarão por entrevista no dia 20 de março, com a lista final divulgada em 21 de março. O início das aulas do projeto está marcado para 24 de março. A iniciativa ainda prevê a entrega de material (caderno e caneta) e cesta básica mensal para os alunos que estiverem frequentando as aulas.

A iniciativa é patrocinada pela ISA ENERGIA BRASIL, e é realizada pelo Instituto São Paulo de Arte e Cultura e Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O projeto Cultural Das Letras, que já implantou mais de 50 estantes literárias e beneficiou mais de 20 mil crianças pelo Brasil, oferece mais uma palestra gratuita sobre a arte de contar histórias. Durante o maior evento Literário da América Latina, a palestrante Paula Negrão entra em cena para levar ao público a importância da literatura em sala de aula, além de técnicas para encantar os jovens e estimular a imaginação. A palestra Ação Formativa Ler e Contar para Encantar acontecerá dia 13 de setembro, às 14h, na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. "Vamos ressaltar como a leitura, através da audição de boas histórias, pode auxiliar na educação e no desenvolvimento de quem as escuta", conta a Paula Negrão, narradora de histórias, mediadora de leitura e pesquisadora.

Além da palestra na Bienal, o projeto Das Letras ofereceu mês passado aos educadores das escolas EMEI Carlos Drummond e EMEF Almeida Junior, de São Paulo, oficinas com técnicas para trabalhar com a literatura em sala de aula e como construir uma narrativa criativa e lúdica, auxiliando no desenvolvimento dos alunos em sala de aula. "O DAS LETRAS é um projeto que, além de equipar espaços com estantes, livros, jogos pedagógicos e ambientações criativas, visa ampliar o conhecimento dos profissionais envolvidos na área para estimular o gosto pela leitura em tempos atuais. A palestra na Bienal será mais uma maneira de fazer esse propósito acontecer. Venham prestigiar!", convida Ana Paula Santos, da Villa7 Produções Culturais , responsável pela ação. A palestra do dia 13 de setembro será gratuita no Estande da Secretaria de Educação de São Paulo durante a Bienal. Acessível para PCDs, terá tradução em libras, também. A iniciativa faz parte da contrapartida social do projeto "Das Letras - Estante Literária", idealizado pela Vila7 Produções, em parceria com a Agroinfo. Produzido pela AH7 produções culturais e viabilizado pelo Ministério da Cultura, a palestra é uma parceria com a Secretaria de Cultura de São Paulo, com a Coordenadoria Pedagógica do núcleo da Academia Estudantil de Letras.