Cidades serranas registram ocupação recorde e viram destaque do inverno 2025

Turismo
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Com a chegada do inverno, o turismo interno no Brasil ganha novo fôlego, impulsionado pelas baixas temperaturas, pela retomada plena das atividades e pela valorização de destinos nacionais. Cidades serranas como Campos do Jordão (SP), Gramado (RS), Monte Verde (MG) e Domingos Martins (ES) registram taxas de ocupação hoteleira superiores a 85% neste mês de junho, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH).

O aumento é atribuído à combinação de fatores como o apelo do clima frio, a programação cultural sazonal — incluindo festivais de inverno e festas juninas —, além do câmbio ainda desfavorável para viagens internacionais, que faz muitos brasileiros optarem por roteiros nacionais. Segundo o Ministério do Turismo, mais de 7 milhões de brasileiros devem circular pelo país durante a estação, movimentando a economia local e fortalecendo pequenos negócios ligados à hospitalidade e à gastronomia regional.

Outro fator que contribui para a alta é o crescimento do turismo de experiência. Em vez de apenas visitar pontos turísticos tradicionais, os viajantes buscam vivências autênticas, como degustações de vinhos, trilhas em meio à natureza, terapias de bem-estar, roteiros históricos e hospedagens em pousadas rurais ou cabanas ecológicas. “O turista de inverno quer aconchego, boa comida, contato com a natureza e algo que fuja do óbvio”, explica Rodrigo Almeida, consultor do Sebrae na área de turismo sustentável.

Destinos menos conhecidos, como São Joaquim (SC), Carrancas (MG) e São José dos Ausentes (RS), também começam a se destacar nos roteiros de inverno, oferecendo paisagens deslumbrantes, cachoeiras congeladas, lareiras acesas e tranquilidade — tudo com preços ainda acessíveis. O desafio, apontam especialistas, está na infraestrutura e conectividade, ainda limitadas em regiões de alto potencial turístico.

Com uma demanda aquecida, o inverno de 2025 promete ser um dos mais movimentados dos últimos anos para o setor. E mais do que números, ele representa uma reconexão dos brasileiros com a riqueza e diversidade de seu próprio território — uma tendência que, cada vez mais, transforma o frio em oportunidade.

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