SUS pode avançar no combate à meningite e encefalite com incorporação de teste rápido

Saúde
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Com recomendação de inclusão da testagem feita pela CONITEC, luta contra as doenças ganha mais rapidez e precisão na prevenção de surtos, avalia executivo da QIAGEN

O plano de combate à meningite no Brasil ganha um novo capítulo com o recente anúncio da CONITEC – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde – órgão responsável por analisar e recomendar a inclusão de medicamentos, procedimentos e equipamentos no SUS. A solução diagnóstica indicada é o Teste PCR multiplex direto rápido, que traz benefícios aos pacientes e ao sistema em vários aspectos, conforme avalia Allan Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos Sindrômicos da QIAGEN, multinacional responsável por trazer esse tipo de exame ao país.

Segundo ele, essa recomendação foi um avanço para os diagnósticos brasileiros, já que a meningite e a encefalite são graves doenças que podem ter consequências letais ou deixar sequelas por toda a vida de uma pessoa que manifesta tal doença. “O rápido diagnóstico do agente causador é crucial para um eficiente manejo clínico do paciente, seja com administração do antibiótico ou antiviral correto, assim como outras iniciativas que vão melhorar o tratamento, reduzir internações desnecessárias e o tempo de permanência desses pacientes no hospital”, aponta.

 

Quando estará disponível

O executivo destaca que o processo de recomendação da incorporação da tecnologia envolveu uma consulta pública para a sociedade civil, que incluiu setores especializados como as organizações científicas, laboratórios, entidades profissionais, universidades, institutos de pesquisa, representantes do setor regulado, associações de pacientes e o público em geral.

“Consideramos a recomendação um avanço, já que a maioria dos testes aprovados pela CONITEC são introduzidos e disponibilizados pelo SUS, seguindo para serem disponibilizados pelos planos de saúde por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entretanto, nem sempre o teste fica acessível à população em um curto espaço de tempo, pois os laboratórios centrais e hospitais públicos e privados precisam realizar seus processos internos de adequação, aquisição e licitação para obter a tecnologia”, informa Munford.

Munford lembra que a tecnologia da QIAGEN é uma das duas comtempladas na recomendação da CONITEC, feita a partir da solicitação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), que representa os médicos patologistas clínicos e significou importante chancela de credibilidade da solução.

 

O que são os novos testes para meningite e encefalite

O Teste PCR multiplex direto rápido, como o QIAstat-Dx, é um painel de teste sindrômico para meningites da QIAGEN aprovado há mais de um ano pela Anvisa. A partir de resultados rápidos e precisos, fornecidos em cerca de 1 hora, o teste identifica até 15 diferentes agentes como responsáveis pelos quadros da doença – entre fungos, vírus e bactérias, sendo esses dois últimos os mais comuns.

“É uma ferramenta laboratorial que funciona por meio de uma metodologia de PCR em tempo real. A testagem é feita com a coleta do líquido cefalorraquidiano em um procedimento de punção na lombar. Após uma etapa de manipulação, a amostra já pode seguir para avaliação”, explica Munford.

O executivo acredita que esses testes são um verdadeiro divisor de águas, pois são doenças que em casos bacterianos, principalmente, ou matam ou deixam sequelas. “Quando falamos de emergências médicas, uma ação rápida, baseada em evidências, faz toda a diferença”, lembra.

 

Plano Nacional para derrotar as meningites até 2030

Alinhado aos objetivos regionais e mundiais definidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde do Brasil está trabalhando em um plano nacional para derrotar as meningites até 2030. Os principais objetivos são o de reforçar as ações para eliminar epidemias, reduzir as mortes provocadas pela doença, prevenir as sequelas e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes.

“Uma em cada cinco pessoas infectadas fica com uma deficiência permanente após a infecção, o que impacta gravemente o bem-estar das famílias afetadas. Por isso, contar com um plano nacional que inclui a prevenção por meio de vacinas cada vez mais eficazes e acessíveis, assim como diagnósticos mais rápidos e precisos, vai nos permitir mudar totalmente o cenário das meningites no Brasil”, conclui o executivo da QIAGEN.