Um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostra que a prevalência de autismo cresceu no país, chegando a 1 a cada 31 crianças entre 4 e 8 anos. A pesquisa utiliza os dados mais recentes do monitoramento nacional, de 2022.
Na edição anterior, com informações de 2020, a prevalência era de 1 a cada 36 crianças. O número tem crescido sucessivamente: em 2018, por exemplo, era 1 diagnóstico a cada 44. O levantamento é um dos principais sobre o número de casos do transtorno no público infantil nos EUA e no mundo
É cada vez mais comum ouvir falar sobre o aumento de diagnósticos de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), tanto entre adultos quanto entre crianças. De acordo com dados da Answer ThePublic, o termo “autismo” e “autismo e TDAH” são pesquisados cerca de 6.600 vezes por mês, o que revela uma crescente busca por informações e suporte sobre essa condição. Décadas atrás, no entanto, o TEA era pouco compreendido, o que levava a diagnósticos errados ou à ausência deles.
Receber um diagnóstico de autismo pode ser um momento desafiador para muitas famílias, mas é apenas o ponto de partida de um percurso que pode ser transformador com o apoio adequado.
“Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e percebi o quanto eu estava despreparada. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias e para a sociedade em geral. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico”, pontua Ingrid Monte.
Com terapias personalizadas, é possível ajudar a criança a desenvolver seu pleno potencial e alcançar uma vida com mais autonomia e independência.
“O mês de abril, conhecido como Abril Azul, é dedicado à conscientização mundial sobre o autismo e reforça a importância de discutirmos esse tema. É fundamental promover a inclusão e o acesso a informações que ajudem pais, cuidadores e a sociedade a compreender melhor o TEA”, explica a Head de Marketing da Genial Care, Érika Mello.
O que é o TEA?
O Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo ao seu redor. Suas principais características incluem dificuldades na comunicação, interação social e padrões de comportamento restritos e repetitivos. Como o espectro é amplo e impacta diversas áreas, cada pessoa manifesta a condição de maneira única, o que torna o acompanhamento personalizado e multidisciplinar essencial.
Para as famílias, o diagnóstico pode gerar muitas emoções, como insegurança e ansiedade, especialmente sobre o futuro da criança. De acordo com um estudo da Genial Care em parceria com a Tismoo.me, 79% dos cuidadores de crianças com autismo expressam grande preocupação com o que está por vir após o diagnóstico.
“As apreensões podem ser relacionadas tanto ao futuro dessa criança, principalmente em relação à independência e autonomia, quanto de modo mais imediato quais terapias realizar, visto a quantidade de informação que hoje existe a disposição. É relevante, assim sendo, que a família tenha profissionais de confiança que trabalhem com práticas baseadas em evidências para melhor suporte e direcionamento nesse momento inicial.” destaca a Diretora Clínica da Genial Care, Alice Tufolo.
A importância da intervenção precoce
A intervenção precoce é um dos maiores aliados para o desenvolvimento das crianças com sinais de atraso no desenvolvimento, pois a primeira infância é o momento em que há uma maior plasticidade neuronal - capacidade do cérebro em criar novas conexões . Ela permite que profissionais capacitados, juntamente com a família, estimulem a criança a conquistar habilidades essenciais, prevenindo dificuldades futuras.
O Ministério da Saúde classifica a intervenção como precoce quando ocorre na primeira infância (de 0 a 6 anos). Nesse período, o cérebro infantil apresenta alta neuroplasticidade, o que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento quando os estímulos são adequados.
Estudos, como os publicados no Journal of Autism and Developmental Disorders, mostram que intervenções precoces podem melhorar em até 40% os resultados cognitivos e adaptativos. Crianças que recebem os cuidados e estímulos certos desde cedo têm mais chances de desenvolver habilidades fundamentais, como comunicação, interação social e independência.
“Intervenção comportamental, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e suporte educacional são fundamentais para o desenvolvimento das crianças com TEA. Essas terapias ajudam na construção de habilidades essenciais para a independência e inclusão social. Quando as intervenções são adiadas ou inexistem, as crianças podem enfrentar barreiras significativas em áreas como educação, emprego e relacionamentos”, afirma a Diretora Clínica da Genial Care, Alice Tufolo.
Alice reforça que, embora a intervenção precoce seja crucial, nunca é tarde para buscar apoio. “Desenvolvemos o potencial único de cada criança, por meio de inteligência clínica, para oferecer terapias personalizadas com resultados visíveis. Nossos especialistas caminham lado a lado com as famílias, escutando suas necessidades e fortalecendo a participação da cuidadora no desenvolvimento da criança.”, complementa.
Como escolher a clínica certa?
A escolha do suporte certo para a criança deve considerar alguns aspectos fundamentais que garantem intervenções eficazes e duradouras. Diante das diversas opções disponíveis, os pais e cuidadores precisam avaliar critérios essenciais antes de iniciar o tratamento especializado, como:
- Base científica: as metodologias escolhidas devem ser comprovadas por pesquisas científicas, como práticas baseadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Terapia Ocupacional;
- Profissionais capacitados: profissionais com graduação superior e qualificados que garantem um acompanhamento completo e eficaz;
- Envolvimento familiar: programas que orientam os pais favorecem o progresso da criança tanto em casa quanto em outros ambientes;
- Flexibilidade e acessibilidade: o suporte deve se adaptar à rotina da família, facilitando a adesão à intervenção.
Terapias multidisciplinares: uma abordagem integrada
A intervenção multidisciplinar, que envolve diferentes áreas da saúde, como Psicologia baseada na ABA, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, é essencial para melhorar a qualidade de vida e a autonomia das crianças com TEA. Essa abordagem permite um tratamento integrado que potencializa as habilidades e o bem-estar da criança, além de beneficiar toda a família.
Práticas baseadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) são altamente eficazes e recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para pessoas com desenvolvimento atípico. Essa técnica modifica comportamentos e desenvolve habilidades por meio de reforços positivos e estratégias individualizadas. A Fonoaudiologia, por sua vez, foca no desenvolvimento da comunicação e da linguagem, enquanto a Terapia Ocupacional trabalha habilidades motoras e de percepção corporal, impactando diretamente as atividades diárias da criança.
“Quando essas terapias são integradas e adaptadas às necessidades individuais, os progressos são impressionantes. Não apenas transformam a vida da criança, mas também proporcionam alívio e esperança para as famílias”, afirma a Orientadora e Terapeuta Ocupacional da Genial Care, Alessandra Peres.
Para Alessandra, investir em soluções personalizadas é essencial para garantir uma intervenção mais eficaz e menos desgastante. “A intervenção no TEA tem avançado no Brasil e no mundo, mas ainda há muitos desafios a serem superados. A integração de terapias e o uso de tecnologias que apoiam terapeutas e cuidadores podem transformar o cenário, promovendo o desenvolvimento das crianças e melhorando sua qualidade de vida. A busca pelo tratamento certo, respaldado por profissionais qualificados e uma abordagem individualizada, é fundamental para garantir o sucesso na jornada de cada criança com TEA”, finaliza.
1 a cada 31 crianças é autista: como escolher o suporte certo para o desenvolvimento da criança com TEA?
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