Páscoa com saúde: como aproveitar o chocolate sem exageros

Saúde
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A chegada da Páscoa movimenta mercados, confeitarias e, claro, os corações dos chocólatras de plantão. Os ovos de chocolate, símbolos da data, ganham versões cada vez mais criativas — recheados, gourmetizados, gigantes — e nem sempre amigáveis à saúde. Mas será que é possível aproveitar a Páscoa sem comprometer o bem-estar?

Segundo nutricionistas, a resposta é sim — desde que com equilíbrio. “O chocolate, especialmente o meio amargo ou amargo, pode oferecer benefícios à saúde se consumido com moderação. Ele contém antioxidantes e pode até ajudar no humor por estimular a liberação de serotonina”, explica a nutricionista funcional Camila Ribeiro.

O problema está no excesso

O grande desafio da Páscoa está nos excessos. Uma única fatia de ovo de chocolate recheado pode conter mais calorias e açúcar do que o recomendado para um dia inteiro. O consumo elevado pode causar desde picos glicêmicos até desconfortos gastrointestinais, especialmente em crianças.

“O açúcar em grandes quantidades sobrecarrega o fígado, altera o metabolismo e aumenta o risco de doenças crônicas como diabetes e obesidade”, alerta o endocrinologista Dr. Marcos Albuquerque.

Como manter o equilíbrio?

Para quem quer curtir a Páscoa sem culpa, especialistas sugerem algumas estratégias simples:

  • Opte por chocolates com maior teor de cacau (acima de 60%), que contêm menos açúcar e mais flavonoides antioxidantes;

  • Fique atento ao tamanho das porções. Dividir o ovo em pequenas partes ao longo dos dias é melhor do que consumir tudo de uma vez;

  • Evite chocolates com recheios ultraprocessados, como cremes artificiais ou com muitos aditivos químicos;

  • Incentive as crianças à moderação, substituindo parte dos doces por atividades lúdicas ou presentes simbólicos;

  • Inclua frutas no cardápio da Páscoa, como alternativa doce e nutritiva.

Saúde emocional também importa

A Páscoa é um momento de renovação e encontro. O chocolate, muitas vezes, está associado ao afeto e às memórias afetivas. “Proibir totalmente pode gerar mais ansiedade do que benefícios. O importante é ensinar escolhas conscientes, especialmente às crianças”, afirma Camila.

Portanto, a melhor dica é: saboreie, compartilhe e não transforme o prazer da Páscoa em culpa. Afinal, saúde também é equilíbrio — e isso vale até na hora de abrir o ovo de chocolate.