Com a chegada do mês de julho, cidades como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte enfrentam um dos períodos mais críticos do ano em relação à qualidade do ar e umidade relativa, fatores que impactam diretamente a saúde respiratória da população. A combinação entre o tempo seco, a poluição e as baixas temperaturas favorece o aumento de casos de alergias, crises de asma, bronquite, rinite e infecções pulmonares.
De acordo com dados da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), os níveis de poluentes atmosféricos têm se mantido acima do ideal em diversas regiões da capital paulista, especialmente nos horários de pico do trânsito. O cenário é agravado pela escassez de chuvas, que reduz a dispersão de partículas no ar.
“Julho costuma ser um mês crítico, pois temos um clima frio, seco e poluído ao mesmo tempo. Isso provoca um ambiente ideal para o agravamento de doenças respiratórias, sobretudo em crianças e idosos”, alerta o pneumologista Dr. Marcos Tinoco, do Hospital São Camilo. Ele destaca a importância de manter os ambientes arejados, evitar exposição prolongada ao ar livre em dias de má qualidade do ar e reforçar a hidratação.
Para proteger a saúde, os especialistas recomendam uso de umidificadores ou bacias com água nos cômodos da casa, lavagem constante das mãos, e, quando possível, a utilização de máscaras em locais fechados ou com grande concentração de pessoas. Em alguns casos, é indicado o uso preventivo de medicamentos antialérgicos ou broncodilatadores, com orientação médica.
Escolas e creches também registram aumento de faltas por sintomas gripais e alergias nesta época do ano. A rede pública de saúde tem intensificado a orientação às famílias para procurar atendimento médico ao surgirem sintomas como tosse persistente, chiado no peito, coriza e febre, evitando a automedicação.
A previsão dos institutos meteorológicos é de que a baixa umidade se mantenha nas próximas semanas, o que reforça a importância da prevenção. “A saúde respiratória precisa ser prioridade no inverno. Pequenas atitudes no dia a dia ajudam a evitar complicações sérias e internações desnecessárias”, conclui Dr. Tinoco.
Com baixa umidade e ar poluído, julho exige atenção redobrada à saúde respiratória nas grandes cidades
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