O uso intenso de smartphones está cada vez mais associado a problemas ortopédicos, especialmente nas regiões do pescoço, ombros, mãos e dedos. De acordo com dados da pesquisa Global Mobile Consumer Survey, a má postura ao manusear os aparelhos pode gerar sobrecargas de até 27 kg sobre a coluna cervical, dependendo da inclinação da cabeça.
O levantamento mostra que uma inclinação de apenas 15º já impõe 12 kg de pressão adicional sobre a coluna. Em ângulos mais acentuados, como 60º — postura comum ao olhar fixamente para a tela no colo — o peso chega a 27 kg, o que equivale a carregar uma criança de 8 anos sobre o pescoço por várias horas ao dia.
Além da pressão na região cervical, o uso contínuo de dispositivos móveis compromete também os ombros e membros superiores. A posição fixa para segurar o aparelho e os movimentos repetitivos de digitação podem causar dores musculares, tendinites e fadiga visual, especialmente entre usuários que passam longos períodos conectados.
Para evitar esses efeitos, especialistas recomendam ajustes simples na rotina. Entre as orientações, estão: usar o celular na altura dos olhos para evitar a flexão do pescoço, utilizar suportes para telas, priorizar o uso do computador em contextos prolongados e fazer pausas regulares — idealmente a cada duas horas. Também é importante manter os pés apoiados no chão ao usar qualquer dispositivo, o que favorece a postura correta.
Com o uso cada vez mais frequente de tecnologias móveis, a conscientização sobre os impactos ergonômicos se torna essencial para preservar a saúde musculoesquelética da população. Pequenas mudanças de hábito podem evitar consequências mais graves no futuro.
Uso excessivo do celular sobrecarrega pescoço e ombros e pode causar danos ortopédicos, alerta pesquisa
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