OMS adota IA para reforçar alerta precoce de ameaças à saúde

Saúde
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a incorporação de novas fontes de dados e o uso de Inteligência Artificial na atualização de seu Sistema de Inteligência de Fonte Aberta para Epidemias (EIOS), usado para a detecção precoce de ameaças globais à saúde pública.

"Hoje não estamos apenas comemorando o lançamento de uma nova versão do sistema, mas estamos entrando em uma nova fase de colaboração, inovação e resposta global às ameaças à saúde... A versão 2.0 do sistema EIOS é a nossa ponte para o futuro: mais aberta, mais ágil e mais inclusiva", disse Chikwe Ihekweazu, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS.

Essa nova versão permitirá que os especialistas em saúde pública de todo o mundo melhorem sua preparação para identificar "rapidamente" novas ameaças à saúde e monitorar as ameaças em andamento, inclusive aquelas relacionadas a conflitos, mudanças climáticas e patógenos novos ou reemergentes.

Os principais recursos novos incluem um design "reconstruído" para processar mais fontes, acomodar mais usuários e permitir que novas funções sejam adicionadas mais rapidamente, bem como a inclusão do processamento de fontes adicionais, como canais de rádio, que são transcritos e traduzidos automaticamente.

Essa interface "mais simples e multilíngue" pode ser traduzida para vários idiomas, tornando-a mais acessível para quem não fala inglês, e uma nova visualização de painel ajuda os usuários a encontrar e compartilhar os relatórios mais relevantes com mais rapidez.

A implementação de ferramentas orientadas por Inteligência Artificial (IA) permitirá uma melhor análise automatizada e detecção de sinais. Além disso, usuários de diferentes países e organizações poderão rastrear e monitorar eventos juntos com mais facilidade.

"Melhores dados, melhores análises, melhores decisões. Temos o prazer de lançar o EIOS 2.0 no Centro da OMS em Berlim. Isso será um marco na aceleração da detecção, análise e resposta às ameaças à saúde", disse a Ministra da Saúde da Alemanha, Nina Warken.

A Comissária Europeia para Preparação, Gerenciamento de Crises e Igualdade, Hadja Lahbib, disse que o atual cenário de segurança da saúde exige colaboração para uma preparação e resposta eficazes.

"A detecção precoce de ameaças à saúde pública é essencial para evitar que doenças novas e emergentes se tornem endêmicas ou se transformem em pandemias", acrescentou Lahbib.

Para apoiar os estados-membros e as organizações durante a implementação da versão 2.0, a OMS lançou orientações atualizadas, webinars multilíngues e clínicas de ajuda, além de um curso de treinamento on-line desenvolvido em colaboração com a Academia da OMS.

Essa iniciativa, sediada no Centro de Inteligência Epidêmica e Pandêmica da OMS em Berlim, Alemanha, e lançada em 2017, é usada por mais de 110 estados-membros e 30 organizações em todo o mundo, e seu uso é gratuito.