Conheça cinco sintomas da Hiperplasia Benigna da Próstata, doença que atinge mais da metade da população masculina acima dos 50 anos

Saúde
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Médico urologista alerta para importância de tratamento para garantir a qualidade de vida do paciente; doença não tem nenhuma relação com o câncer de próstata, mas se não for tratada pode evoluir para quadros mais graves

A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é a doença da próstata mais comum na população masculina e atinge milhões de homens em todo o mundo. Ela se caracteriza pelo aumento da glândula, o que pode causar uma compressão e estreitamento da uretra, dificultando assim o ato de urinar e impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a doença afeta mais 50% dos homens acima de 50 anos e é ainda mais comum com o avanço da idade, chegando a 80% da população com mais de 90 anos.
 

Segundo o médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência médica em urologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada, apesar de ser uma condição bastante comum, muitas pessoas ainda não reconhecem os sintomas. "Geralmente os sinais surgem aos poucos e vão ficando mais frequentes com o passar do tempo, mas por uma questão cultural alguns pacientes acabam naturalizando essa condição, pois acreditam que é normal e que faz parte do envelhecimento", explica.


Entre os principais sintomas, ele destaca a redução da pressão ou interrupções do jato urinário, dificuldade de iniciar a micção, aumento do número de micções noturnas, dificuldade de esvaziar totalmente a bexiga e a incontinência urinária.


"A qualquer sinal, os homens devem procurar um médico urologista para fazer uma avaliação e iniciar o tratamento mais adequado para o seu caso. Mesmo não tendo nenhuma relação com o câncer de próstata, a HBP pode evoluir para quadros mais graves se não for tratada. Entre as complicações mais comuns, estão a infecção urinária, a formação de pedras na bexiga, podendo levar até à insuficiência renal", alerta Ruimário Coelho.


Novas tecnologias no tratamento da HBP

O tratamento da HBP vai desde o acompanhamento clínico com exames regulares e medicamentos para controlar os sintomas, até procedimentos cirúrgicos, que estão cada vez menos invasivos, graças ao desenvolvimento de novas tecnologias.


Entre as inovações mais recentes está a enucleação endoscópica da próstata com Holmium Laser (HoLEP), que tem se tornado o 'padrão-ouro' do tratamento da HBP. "Com o auxílio de uma microcâmera, o cirurgião consegue retirar com precisão o tecido aumentado com a ajuda do laser, tornando a cirurgia muito mais assertiva e reduzindo o risco de complicações", explica Ruimário Coelho, um dos expoentes da técnica no país.
 

Entre as vantagens da nova tecnologia está a rápida recuperação no pós-operatório, com o procedimento feito de forma ambulatorial, sem a necessidade de internações prolongadas. Assim, os riscos de infecção também diminuem e o paciente consegue retomar suas atividades cotidianas em menos tempo do que nos métodos tradicionais. Além da enucleação endoscópica da próstata, no Brasil, as cirurgias minimamente invasivas mais difundidas são o Rezum, o UroLift e iTind,