Janeiro branco: a importância de falar sobre saúde mental nas escolas

Saúde
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Problemas de saúde mental podem prejudicar o aprendizado. Como identificar problemas e cuidar dos alunos?

O mês de janeiro é dedicado à conscientização sobre a saúde mental (Lei nº 14.556). Por ser o primeiro mês do ano, este é um período marcado por emoções, reflexões e estabelecimento de metas. Inspirado nisso, o Janeiro Branco é um convite para que, enquanto sociedade, seja possível cultivar a cultura do cuidado, por meio de hábitos e ambientes saudáveis e da constante valorização da vida. 

 

Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que quase um bilhão de pessoas no mundo sofrem com algum transtorno mental, sendo 14% deles crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. Nos últimos anos, sobretudo no cenário pós-pandemia, os índices de casos de depressão e ansiedade aumentaram 25%. 

 

No entanto, em meio a tudo isso, ainda existem muitos tabus e dificuldades na forma de como abordar esse assunto. 

 

"Se a vida emocional dos estudantes é parte fundamental da sua formação, a conversa sobre saúde mental não pode ficar fora das escolas. A instituição de ensino é cenário importante para socialização de crianças e adolescentes e o lugar onde muitas delas passam a maior parte do seu tempo", avalia Cláudia Ayres Paschoalin, diretora geral do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP). 

 

Segundo a diretora, por ser um espaço de coletividade, a escola é um ambiente propício para trabalhar o tema da saúde mental. "Por isso, precisa ser um espaço que se fundamente em uma educação humana, comprometida com a formação de cidadãos e abraçando todos os estudantes e suas particularidades", afirma Cláudia. 

 

A diretora do Colégio Marista Glória cita 7 sugestões para abordar esse aspecto dentro do ambiente estudantil:

 

1. Educação sobre saúde mental

 

Integre programas de educação sobre saúde mental no currículo escolar para aumentar a conscientização e reduzir o estigma. Inclua temas como gestão do estresse, resiliência, autoestima e habilidades interpessoais.

 

2. Aconselhamento e apoio

 

Ofereça serviços de aconselhamento psicopedagógico na escola, com profissionais treinados. Crie espaços seguros para que os estudantes possam compartilhar preocupações e buscar apoio.

 

3. Formação para professores

 

Forneça treinamento para educadores identificarem sinais de problemas de saúde mental. Ensine estratégias para lidar com situações delicadas e encaminhar alunos apropriadamente.

 

4. Ambiente positivo

 

Fomente um ambiente escolar positivo e inclusivo para todos. Incentive a gentileza, respeito e empatia entre os alunos.

 

5. Programas de prevenção

 

Desenvolva programas de prevenção focados em temas como bullying, cyberbullying e abuso. Realize campanhas de conscientização sobre saúde mental.

 

6. Incentivo à participação dos pais

 

Envolver os pais em programas de conscientização e atividades relacionadas à saúde mental. Fornecer recursos para que os pais possam apoiar seus filhos em casa.

 

7. Flexibilidade acadêmica

 

Promova uma abordagem mais flexível nas exigências acadêmicas, reconhecendo a diversidade de ritmos e estilos de aprendizagem.