Estima-se que entre 25-35% da população pediátrica, em geral, apresente a condição, com impactos importantes para o seu desenvolvimento.
A partir do dia 13 de maio acontece a II Semana de Atenção ao Distúrbio Alimentar Pediátrico (DAP), promovida pelo Comitê de Alimentação e seus Distúrbios do Departamento de Motricidade Orofacial e pelo Comitê de Disfagia Infantil do Departamento de Disfagia, ambos integrantes da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), com o apoio da Associação Brasileira de Motricidade Orofacial (ABRAMO). A Campanha tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre o Distúrbio Alimentar Pediátrico, um problema que pode ser confundido com Seletividade Alimentar ou a criança ser nomeada "chata para comer". Além disso, a ação busca fortalecer a atuação fonoaudiológica nas equipes interdisciplinares para um melhor atendimento do público impactado pela DAP, como, crianças, pais e cuidadores em geral.
Entendendo o Distúrbio Alimentar Pediátrico (DAP)
"O DAP é caracterizado pela ingestão oral prejudicada, não apropriada para a idade da criança, por mais de duas semanas, associada a problemas médicos, nutricionais, habilidades para comer e disfunção psicossocial. Com o objetivo de unificar todas as áreas que podem estar implicadas, o termo foi adotado para abordar uma condição multifacetada", explica a Dra. Camila Lucia Etges, Vice Coordenadora do Comitê de Disfagia Infantil, do Departamento de Disfagia da SBFa.
As dificuldades alimentares estão estimadas entre 25-35% da população pediátrica geral. Já para as crianças com desenvolvimento neurotípico, esse distúrbio pode representar até 80%, por isso, se faz necessário aprender a identificar os sinais e causas comuns da condição.
Identificando Sinais Comuns e Causas:
Entre os sinais comuns do DAP estão:
- a recusa de alimentos apropriados à idade,
- dificuldade na aceitação de texturas dos alimentos,
- dificuldades de sucção, deglutição e mastigação, além de dor ou incômodo ao se alimentar.
As causas podem variar desde questões orgânicas, transtorno do processamento sensorial, inabilidade oral e transtornos do neurodesenvolvimento.
Considerando esses fatores, as consequências do DAP vão desde déficits nutricionais até dificuldades nas relações familiares e sociais, afetando o desenvolvimento global da criança. O ambiente em que estão inseridos, com pais estressados e ansiosos, e famílias em geral sob pressão, também desempenha um papel crucial.
"Nesse cenário, o profissional fonoaudiólogo desempenha um papel fundamental no tratamento do Distúrbio Alimentar Pediátrico, atuando na melhora de condições do processo alimentar e promovendo uma deglutição (ato de engolir) e mastigação segura e efetiva. Sua atuação envolve ajustes nos alimentos, utensílios e postura durante as refeições, além de fornecer suporte e orientação à criança e à família", conclui a Dra. Gabriele Ramos de Luccas, Vice Coordenadora do Comitê da Alimentação e seus Distúrbios, do Departamento de Motricidade Orofacial da SBFa.
Por isso, a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia promoverá uma série de conteúdos em seus canais de mídia sociais, voltados tanto para a população quanto para profissionais, visando conscientizar o maior número de pessoas acerca dos sintomas, implicações e tratamentos do DAP. Afinal, se alimentar com segurança deve ser um direito de todos.
Campanha chama atenção para o Distúrbio Alimentar Pediátrico
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