Setembro Amarelo: a necessidade urgente de focar na saúde mental dos profissionais de saúde

Saúde
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A atenção especial à saúde mental dos profissionais de saúde é de extrema importância, dado que esses profissionais enfrentam desafios únicos em suas rotinas diárias. São profissionais que lidam constantemente com doenças graves e a morte de pacientes, o que pode ter um impacto profundo em seu bem-estar emocional e psicológico.  

Um estudo de 2023 da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) revelou que, durante a pandemia de COVID-19, 86% dos profissionais de saúde sofreram com Síndrome de Burnout e 81% enfrentaram estresse. Além disso, foram frequentemente relatados problemas como má qualidade do sono, sintomas depressivos e dores corporais. Os dados apresentados no artigo já publicado destacam uma alta prevalência de sintomas musculoesqueléticos: 64% reportaram dores no pescoço, 62% nos ombros, 58% na coluna torácica e 61% na lombar. 

O próprio dia a dia desses profissionais – longas horas em pé, manuseios de pacientes, ritmo de trabalho intenso, entre outros – e a rotina exaustiva durante a pandemia exacerbou essas questões, sublinhando a necessidade de suporte e estratégias eficazes para promover o bem-estar mental desses profissionais.  

Por isso, a gestão eficiente das escalas continua sendo um dos desafios prementes enfrentados pelo setor médico. Com a diversidade de necessidades e expectativas dos profissionais de saúde, é crucial encontrar um equilíbrio entre a operacionalização eficaz e o bem-estar dos médicos e enfermeiros, independentemente do tipo de contrato que possuam.  

 “A necessidade de cobrir plantões médicos e atender às crescentes demandas por cuidados de saúde implica não apenas em garantir a presença necessária nos turnos, mas também em considerar as preferências individuais dos colaboradores. Soluções que permitam aos colaboradores participarem na definição de seus horários ganham relevância”, ressalta José Pedro Fernandes, Vice-Presidente da Sisqual WFM. 

“A visibilidade e a gestão de tempo oferecidas pelo WFM são inestimáveis. A utilização deste tipo de soluções tecnológicas permite que as equipes de RH e os colaboradores planejem eficazmente as escalas, garantindo uma distribuição justa das tarefas e evitando desequilíbrios de jornada que podem levar ao esgotamento e à insatisfação”, pontua. 

Além disso, segundo Fernandes, uma gestão adequada do horário melhora a qualidade de vida dos colaboradores, proporcionando previsibilidade no trabalho, o que, por sua vez, leva ao aumento da retenção de talentos e à redução das ausências no trabalho. 

“No contexto do regime CLT, os profissionais da saúde beneficiam-se de garantias trabalhistas como férias remuneradas e contribuições previdenciárias, mas podem enfrentar limitações para ajustar escalas de trabalho, especialmente quando atendem a mais de uma instituição. Já o regime PJ oferece maior autonomia, mas com possíveis incertezas quanto aos direitos trabalhistas e à segurança financeira a longo prazo. Ambos os regimes enfrentam desafios na distribuição equitativa de folgas e na minimização do impacto nas cargas de trabalho dos profissionais. Além disso, a gestão das escalas pode se tornar complexa quando se trata de plantões e de coordenar as preferências e disponibilidades dos colaboradores, destacando a necessidade de uma ferramenta que considere esses fatores para facilitar a organização e a equidade”, completa.