Ao STF, Rivaldo Barbosa nega culpa pelo assassinato de Marielle: 'Não mato uma formiga'

Política
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O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, acusado de ser um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, prestou depoimento nesta quinta-feira, 24, ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Barbosa é o terceiro dos cinco réus no crime a prestar depoimento. Na segunda e terça-feira, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) foi ouvido. No dia seguinte, foi a vez de seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão. Os policiais Paulo Pereira e Robson Fonseca ainda serão ouvidos.

 

Assim como fizeram os depoentes anteriores, o ex-delegado negou envolvimento com o crime e elogiou a parlamentar, afirmando que era grato a Marielle "por tudo que ela proporcionou para o profissional Rivaldo, para a Polícia Civil e para a sociedade como um todo".

 

"Eu não mato nem uma formiga, vou matar uma pessoa?", acrescentou.

 

O réu chamou a vereadora do PSOL de "pessoa sensacional" e disse que a conheceu por intermédio do hoje deputado federal Marcelo Freixo (PT-RJ), quando ele era vereador. Marielle trabalhou no gabinete de Freixo antes de ser eleita para a Câmara Municipal e fazia a ponte entre Freixo e Barbosa - o vereador encaminhava para encontros com o então delegado pessoas que tiveram parentes assassinados e buscavam informações sobre as investigações.

 

Barbosa negou conhecer os irmãos Brazão, afirmando nunca ter falado com eles em sua vida: "nunca tive uma relação política, religiosa, espiritual ou transcendental com eles". Também negou contato com Ronnie Lessa, que o apontou como mentor do crime em delação premiada à Polícia Federal (PF).

 

Acusações de obstrução

 

A PF concluiu, em março deste ano, a principal etapa da investigação sobre os assassinatos de Marielle e Anderson. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil pelo crime. Todos estão presos preventivamente desde março.

 

De acordo com as diligências, a Polícia Civil, sob comando de Barbosa, agiu para obstruir as investigações dentro da própria Delegacia de Homicídios do Rio. O inquérito aponta que a investigação foi sabotada desde o início, "mediante ajuste prévio dos autores intelectuais com o então responsável pela apuração de todos os homicídios ocorridos no Rio de Janeiro".

 

A PF alega que os policiais foram negligentes em quatro situações: na hora de recolher as imagens das câmeras de segurança do local do crime; no desaparecimento do celular apreendido do suposto responsável por clonar o veículo usado na execução; na ausência de informações substanciais acerca da busca e apreensão realizada em empresa de sócio dos Brazão; e o no bojo da Operação Nevoeiro, que teria sido sabotada para "proteger contraventores".

 

A execução de Marielle teria sido motivada pela disputa em torno da exploração imobiliária em áreas controladas por milícias, especialmente em comunidades de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Segundo a PF, os irmãos Brazão estão entre os mandantes do crime e teriam ligação com milicianos interessados na grilagem de terras para fins comerciais. A vereadora do PSOL e seu grupo se opunham a essa prática e defendiam o uso social dessas áreas.

 

Segundo o inquérito, os irmãos foram os "autores intelectuais" do crime, enquanto Barbosa planejou "meticulosamente" a ação. O delegado assumiu o comando da Polícia Civil um dia antes do assassinato e, no dia seguinte, recebeu as famílias das vítimas, solidarizou-se com elas e afirmou que solucionar o caso seria "questão de honra".

 

"Apesar de não o ter idealizado, ele foi o responsável por ter o controle do domínio final do fato, ao ter total ingerência sobre as mazelas inerentes à marcha da execução, sobretudo com a imposição de condições e exigências", diz a investigação. Os três negam participação nos assassinatos.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que não pretende aliviar as sanções que o país impõe sobre a Rússia antes da obtenção de um acordo de paz.

"Temos sanções sobre a Rússia", disse o presidente norte-americano, durante a primeira reunião de membros do gabinete de seu segundo mandato nesta quarta-feira, 26. "Primeiro preciso ver um acordo com a Rússia antes de falar sobre afrouxamento das sanções."

Os pilotos de um voo da Southwest Airlines que tentavam pousar no Aeroporto Midway, em Chicago nos Estados Unidos, foram forçados a subir de volta ao céu para evitar outra aeronave que cruzava a pista na manhã de terça-feira, 25.

Um vídeo da câmera do aeroporto postado no X mostra o avião da Southwest se aproximando da pista pouco antes das 9h, horário local, antes de arremeter abruptamente. Um jato menor é visto cruzando a pista que a aeronave de passageiros deveria usar.

O voo Southwest 2504 pousou com segurança "depois que a tripulação realizou uma arremetida preventiva para evitar um possível conflito com outra aeronave que entrou na pista", disse um porta-voz da companhia aérea em um e-mail. "A tripulação seguiu os procedimentos de segurança, e o voo pousou sem incidentes."

"Suas instruções foram para aguardar"

Uma gravação de áudio da comunicação entre o jato menor e a torre de controle registrou o piloto errando as instruções de um funcionário da torre de solo, que repetiu que o piloto deveria "aguardar antes" da pista. Cerca de 30 segundos depois, a torre ordenou que o piloto "mantivesse sua posição." Em seguida, o controlador disse: "FlexJet560, suas instruções foram para aguardar antes da pista 31 central".

Separadamente, uma gravação da comunicação entre a tripulação da Southwest e outro funcionário da torre de controle capturou o piloto relatando: "Southwest 2504 arremetendo" e seguindo as instruções para subir de volta a 3.000 pés. Segundos depois, o piloto perguntou à torre: "Southwest 2504, como isso aconteceu?"

O segundo avião, descrito como um jato executivo, entrou na pista sem autorização, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A Flexjet, dona da aeronave, afirmou estar ciente do ocorrido em Chicago.

"Flexjet segue os mais altos padrões de segurança e estamos conduzindo uma investigação minuciosa", disse um porta-voz em comunicado. "Qualquer ação necessária para garantir os mais altos padrões de segurança será tomada." Tanto a FAA quanto o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) afirmaram estar investigando o incidente.

"A tripulação estava distraída?"

O voo da Southwest partiu de Omaha, Nebraska, com destino ao Aeroporto Midway, segundo o site FlightAware. O áudio do controle de tráfego aéreo deixa claro que o jato executivo não seguiu a instrução clara de não cruzar a pista, afirmou Jeff Guzzetti, ex-membro do NTSB e ex-investigador da FAA.

Guzzetti classificou o caso como uma "incursão de pista muito grave", mas acrescentou: "no entanto, o céu não está caindo, pois o ano passado registrou o menor número de incursões graves em uma década". Em 2023, ocorreram 22 desses eventos, mas apenas sete em 2024, segundo dados da FAA. Diversos fatores podem contribuir para esses incidentes, disse Guzzetti: "A tripulação estava distraída? O controlador estava sobrecarregado?"

O Secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou na tarde de terça-feira no X que, enquanto NTSB e FAA investigam, uma coisa está clara: "É imperativo que os pilotos sigam as instruções dos controladores de tráfego aéreo. Se não o fizerem, suas licenças serão revogadas".

John Goglia, ex-membro do NTSB, disse que o quase acidente mostrou que "o sistema funcionou exatamente como foi projetado". Isso porque o piloto da Southwest percebeu que o outro avião não pararia a tempo, afirmou.

Os investigadores provavelmente examinarão fatores como a equipe presente na torre de controle e se as instruções foram claras. "Essas coisas acontecem", disse ele, mencionando possíveis falhas de comunicação, como um piloto ouvindo errado as instruções.

Nas últimas semanas, quatro grandes desastres aéreos ocorreram na América do Norte, incluindo:

- 6 de fevereiro: Queda de um avião comercial no Alasca, matando todas as 10 pessoas a bordo.

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- 31 de janeiro: Queda de um jato de transporte médico em um bairro da Filadélfia, matando sete pessoas, incluindo uma criança paciente, sua mãe e quatro tripulantes.

- 17 de fevereiro: Um voo da Delta tombou e pousou de cabeça para baixo no Aeroporto Pearson, em Toronto, deixando 21 feridos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca na sexta-feira.

O republicano fez os comentários durante abertura de seu primeiro encontro de gabinete do seu segundo mandato, que conta com a presença do empresário Elon Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) em meio a polêmicas e críticas sobre métodos para reduzir as despesas do governo federal.

Trump afirmou ainda que a Europa está disposta a ampliar a ajuda à Ucrânia.

Mais cedo, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o acordo de extração de minerais entre EUA e Ucrânia deve ser assinado até sexta-feira e que o evento será um grande passo para o acordo de paz.