Boulos diz que SP teve déficit ano passado; Nunes fala em 'caixa saudável'

Política
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O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) questionou, durante o debate da TV Globo contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), quanto o Executivo municipal tem em caixa.

Nunes afirmou que a Prefeitura tem um "caixa saudável", mas que está comprometido com os pagamentos. "Temos hoje, na Prefeitura de São Paulo, um caixa saudável. Tudo que a gente tem está empenhado ou comprometido para os pagamentos. O saldo hoje deve estar, em torno, de R$ 22 bilhões. Não quer dizer que está com o dinheiro livre. Resolvi a saúde financeira para cuidar da saúde das pessoas. O orçamento em 2017 eram R$ 10 bilhões, esse ano serão R$ 21 bilhões".

Boulos rebateu Nunes, dizendo que a Prefeitura teve déficit de R$ 5 bilhões em 2023. "Você fala em saúde financeira, é importante dizer que você fez déficit de R$ 5 bilhões no ano passado. Mais importante do que isso, hoje a cidade tem mais de R$ 22 bilhões no caixa, mas por que esse dinheiro não foi, de verdade, para a saúde das pessoas?".

Nunes projetou, então, que fará 25 UBSs e 15 UPAs em um possível novo mandato. Boulos o rebateu, dizendo que parte desses equipamentos foram feitos na gestão de João Doria.

"Primeiro, das UPAs que ele fala que fez, três foram do Doria. Acho que ele se vê como continuidade do governo do Doria, então é natural que se coloque dessa maneira", disparou Boulos.

O candidato do PSOL voltou a falar de seu projeto que, segundo ele, terá ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Poupatempo da Saúde. "Decidi fazer o Poupatempo da Saúde para que isso melhore na realidade, não só no discurso e propaganda do Nunes. Poupatempo da Saúde terei ajuda do presidente Lula, que já se comprometeu a trazer recursos federais para isso".

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.