Sebastião Melo se reelege e impõe derrota ao PT em Porto Alegre

Política
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O prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (MDB) foi reeleito neste domingo, 27, com 61% após disputa contra a deputada federal Maria do Rosário, que fez campanha com sinalizações ao centro e tentativas de se desvincular das gestões do PT. Ela foi ministra dos Direitos Humanos do governo de Dilma Rousseff e atualmente exerce mandato na Câmara.

Sua campanha, no entanto, teve participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva limitada a inserções esporádicas em peças televisivas. Também não abordou sua experiência no Executivo e buscou sinalizar, por exemplo, o compromisso com o equilíbrio das contas públicas.

Diante das pesquisas divulgadas às vésperas do pleito que indicavam vantagem ampla do atual mandatário, a parlamentar gravou vídeo em que recebe ligação da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, e recebe apoio dela e do petista, que não foi à capital gaúcha nenhuma vez nessas eleições.

"Eu e o presidente Lula estaremos aqui torcendo muito por você. Temos fé de que no domingo, dia 27, a população de Porto Alegre vai dar um presente ao presidente Lula, que é seu aniversário", disse Janja. O gesto, no entanto, não foi o bastante para evitar a derrota.

Melo, por sua vez, teve apoio de Jair Bolsonaro, mas preferiu não expô-lo na campanha. Sua vice, a tenente-coronel Betina Worm (PL), é representante do grupo do ex-presidente, mas teve pouca participação na campanha.

A estratégia é a mesma utilizada pelo prefeito em 2020, quando foi eleito ao cargo pela primeira vez. Ele justifica o afastamento da imagem de Bolsonaro e da agenda de costumes, cara aos adeptos da direita, pela ampla coligação partidária que carrega. Neste ano, teve apoio de oito legendas.

Os comportamentos de Melo e de Maria do Rosário favoreceram as discussões sobre a gestão da cidade. As enchentes ocorridas em abril durante as fortes chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul foram um dos principais temas. Mais de 13 mil moradores de Porto Alegre ficaram desabrigados.

A candidata de oposição tentou, em peças de campanha e nos debates, responsabilizar a administração municipal pelas cheias. O prefeito disse se tratar de efeitos de eventos meteorológicos atípicos e defendeu a realização de novas obras de drenagem para evitar novos desastres.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.