Nunes vence nas 20 zonas eleitorais conquistadas por Marçal no 1º turno

Política
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O prefeito reeleito de São Paulo Ricardo Nunes (PMDB) venceu o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em 54 das 57 zonas eleitorais - no primeiro turno, ele havia vencido em 17 zonas, contra 20 de Boulos. Nunes conquistou as vinte zonas eleitorais em que Pablo Marçal (PRTB) liderou no primeiro turno - nelas, seu pior resultado foi em Teotônio Vilela, onde, mesmo assim, obteve cerca de 56% dos votos. A maior diferença foi na Mooca e no Tatuapé, onde o prefeito alcançou mais de 68% dos votos.

A vitória de Nunes nas zonas vencidas anteriormente por Marçal mostra que a estratégia de Boulos de conquistar parcela dos votos do influenciador não deu certo. O deputado federal chegou a participar de uma live na qual foi sabatinado pelo candidato derrotado do PRTB no primeiro turno das eleições municipais. Durante quase uma hora, ele fez vários acenos para o eleitorado do influenciador, citando propostas de Marçal que incluiu em seu programa de governo, como a criação de escolas olímpicas e a introdução de educação financeira na rede municipal.

Dias antes, ao divulgar a "Carta ao povo de São Paulo", Boulos também já havia reconhecido que a esquerda deixou de dialogar com uma parcela do eleitorado que busca "encontrar sua própria forma de ganhar a vida" e afirmou que, se eleito, teria uma política específica voltada para "a periferia que quer empreender".

Nunes, por sua vez, recusou-se a participar da sabatina proposta pelo candidato derrotado do PRTBl, mantendo-se coerente com a posição que assumiu logo após o primeiro turno, quando disse que não precisava do apoio do influenciador. "Não quero conversar com ele. Preciso dos eleitores do Pablo Marçal. Preciso que os eleitores dele entendam que estamos em uma batalha contra a extrema esquerda. É um eleitor de direita e represento o centro e a direita. As questões que Marçal coloca, eu já estou fazendo, como, por exemplo, curso profissionalizante e ensino financeiro", afirmou.

A vitória reforça a tese defendida por representantes de sua campanha de que a presença de Marçal havia fragmentado o apoio dos eleitores de direita, que se organizariam mais uma vez em torno do prefeito no segundo turno.

Além de manter a liderança na zona sul, onde obteve seu melhor resultado na primeira rodada de votação, o prefeito reeleito bateu Boulos em 17 das zonas em que o candidato do PSOL havia sido vencedor: Perus, Jaraguá, Santa Ifigênia, Vila Mariana, Perdizes, Pinheiros, Rio Pequeno, Morumbi, Campo Limpo, Jardim São Luís, Capão Redondo, Jardim Helena, Itaim Paulista, Guaianases, Conjunto José Bonifácio, Cidade Tiradentes e São Mateus. O deputado manteve a vitória apenas em três zonas que já conquistara: Bela Vista, Valo Velho e Piraporinha.

Batalha

O eleitorado das periferias foi o principal campo de batalha entre Nunes e Boulos. São regiões que tradicionalmente concentram eleitores que mais mudam de espectro político de uma eleição para outra, ou seja, onde o jogo "está aberto", tanto à direita quanto à esquerda.

Durante a campanha do primeiro turno, Nunes depositou suas fichas na imagem de candidato "criado na periferia", explorando sua trajetória pessoal para se aproximar do eleitorado de baixa renda. Boulos, por sua vez, foi o que mais realizou agendas de rua, 56, duas delas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No segundo turno, o prefeito liderou nas pesquisas entre os paulistanos que ganham até dois salários mínimos por mês e recebeu apoio de uma parcela de eleitores que votaram no presidente Lula em 2022. Boulos apostava justamente nesse segmento para reduzir a diferença em relação ao prefeito. A aposta de Nunes para conquistar esse eleitorado foi destacar obras e programas realizados por sua administração e passar a mensagem de que ele tem experiência de gestão em contraponto a Boulos, que nunca ocupou cargo no Executivo.

De olho nos votos da periferia, tanto Nunes quanto Boulos encerraram suas campanhas no sábado com caminhadas em Heliópolis, maior favela de São Paulo. O prefeito cumprimentou apoiadores e moradores da região, parou em uma pequena loja de roupas e conversou rapidamente com as vendedoras.

Boulos terminou sua caminhada próximo à Estrada das Lágrimas. A ausência da vice na chapa, Marta Suplicy (PT), chamou a atenção. Um dos motivos da escolha da petista, ex-prefeita da capital, foi justamente sua popularidade entre os moradores das regiões periféricas da cidade.

Nunes também conduziu, no sábado, uma carreata pela zona leste da capital, região em que não obteve vitória em nenhum distrito no primeiro turno. Ali, atribuiu o baixo desempenho à presença na primeira etapa de Pablo Marçal (PRTB) o que, segundo o prefeito, "fragmentou o apoio dos eleitores de direita" na área. Boulos, por sua vez, fechou o dia com uma caminhada pela Avenida Paulista.

Inversão

Nunes iniciou o segundo turno precisando lidar com o apagão causado pelas chuvas em São Paulo, explorado por Boulos, que associou o problema à falta de podas de árvores, responsabilidade da Prefeitura, e acusou o prefeito de ser leniente com a Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na cidade.

O prefeito cancelou diversos eventos de campanha e inverteu o jogo ao conseguir transformar a crise em um dos principais temas de sua campanha, evitando que o candidato do PSOL explorasse o episódio sozinho no horário eleitoral gratuito e também nos debates realizados. Vestindo o colete da Defesa Civil, Nunes usou seu tempo de TV e rádio para destacar as ações da Prefeitura no enfrentamento à crise climática e energética. Ao mesmo tempo, endureceu o discurso contra a Enel e jogou no colo do governo federal e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a responsabilidade pelos maus serviços prestados pela concessionária.

Superada a crise, o prefeito voltou ao script adotado desde o início da campanha: investiu na sua gestão como vitrine, reforçando em seus programas eleitorais as realizações do mandato, e em Tarcísio de Freitas (Republicanos) como cabo eleitoral. O governador, além da interlocução com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), promoveu encontro entre o emedebista e outros 35 prefeitos de cidades da região metropolitana do Estado.

A reunião, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, teve como objetivo reforçar o apoio dos chefes de poderes executivos municipais a Nunes no segundo turno e contou com a presença dos prefeitos de Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista estiveram no encontro. Apenas os prefeitos de Diadema, Mauá e São Bernardo do Campo, cidades do Grande ABC, não compareceram.

Diferentemente do primeiro turno, Nunes viveu os últimos dias de campanha em harmonia com o bolsonarismo. Na terça-feira, participou de eventos com o ex-presidente e realizou o ato intitulado "Arrancada para a vitória", que teve clima de festa, demonstrações de otimismo e menções de aliados a uma vitória nas urnas contra Boulos, apesar do discurso oficial de cautela para não perder o foco na reta final nem cantar vitória antes da hora.

Cabos eleitorais

Já Boulos deu início à campanha de segundo turno em agenda de rua, com uma caminhada pela Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, onde Nunes teve melhor desempenho na primeira etapa. O candidato também mobilizou políticos e lideranças de esquerda em uma força-tarefa para conquistar votos nas periferias.

A estratégia incluiu o uso de vereadores recém-eleitos como cabos eleitorais nos bairros, com o objetivo de disputar o eleitorado desses territórios com Nunes. O candidato insistiu no discurso de que sua candidatura representava a "mudança", enquanto a de Nunes simbolizava a "continuidade".

Uma participação maior de Lula na campanha era vista como estratégica para Boulos ampliar seus votos nas periferias. Regiões como São Miguel Paulista e Sapopemba, na zona leste, além de Grajaú e Cidade Ademar, na zona sul, foram conquistadas por seus adversários no primeiro turno, apesar de historicamente serem redutos da esquerda.

Mas, primeiro o presidente cancelou, por conta das chuvas, duas caminhadas que faria com Boulos no dia 19, anunciando que participaria de agendas com Boulos no dia 25, após retornar da Cúpula do Brics, na Rússia. Porém, após sofrer acidente no banheiro do Palácio do Planalto, que resultou em cinco pontos na região da nuca, Lula acatou a recomendação dos médicos de não fazer viagens de avião e não participou presencialmente da campanha no segundo turno, para a qual apenas gravou vídeos de apoio ao candidato do PSOL.

O vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), que no primeiro turno apoiou a candidatura da deputada federal Tabata Amaral, de sua sigla, esteve em São Paulo participando de eventos com Boulos. Tabata, no entanto, se recusou a estar presente em compromissos com o deputado.

Na última semana de campanha, Boulos tentou articular uma virada com o lançamento da "Carta ao povo de São Paulo", na qual afirmava que seu eventual governo seria de "diálogo e construção conjunta, sem amarras a qualquer tipo de sectarismo". Ele também afirmou que rodaria a cidade para conversar com as pessoas e dormir na casa de eleitores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Departamento de Educação dos Estados Unidos demitiu quase metade da sua equipe. O anúncio desta terça-feira, 11, em meio ao corte de funcionários do governo federal promovido por Donald Trump, é um prelúdio dos planos do presidente para desmontar a agência.

O departamento, que começou o ano com 4,1 mil funcionários, anunciou a demissão de 1,3 mil nesta terça. Além disso, 572 aceitaram o desligamento voluntário oferecido pelo governo nas últimas semanas e outros 63 em estágio probatório foram dispensados. Isso significa que, em apenas dois meses de governo, a agência perdeu metade da sua força de trabalho.

A pasta da educação está na mira de Trump desde a campanha, quando prometeu fechar o departamento que, nas suas palavras, teria sido tomado por "radicais, fanáticos e marxistas". O presidente diz querer que a secretária Linda McMahon "se coloque fora do emprego" e feche a agência.

A tarefa seria complexa e provavelmente exigiria uma ação do Congresso dos EUA. Mas a imprensa americana antecipou na semana passada que Donald Trump estava disposto a desmantelar a agência. A informação se baseia no projeto de decreto que ordenava Linda a desmontar o próprio departamento.

Segundo o rascunho do texto, a secretária deveria se encarregar de "tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação".

Logo após ter o nome confirmado pelo Senado, na semana passada, Linda McMahon avisou em memorando que os funcionários deveriam se preparar para cortes profundos. Ela disse que a "missão final" do Departamento de Educação era eliminar o inchaço burocrático e transferir a autoridade da agência para os Estados.

Ao anunciar as demissões, Linda disse que os cortes refletem o compromisso da agência com a "eficiência, a prestação de contas e a garantia de que os recursos serão destinados" aos estudantes, pais e professores. Os trabalhadores atingidos serão colocados em licença administrativa no final da próxima semana.

Criado em 1979, sob a presidência do democrata Jimmy Carter, o Departamento de Educação distribui bilhões de dólares para escolas e universidades e gerencia a carteira de empréstimos estudantis. Além das atribuições financeiras, a pasta exerce papel regulador importante nos serviços que atendem aos estudantes, especialmente os mais vulneráveis. (Com agências internacionais).

Forças de segurança do Paquistão entraram em conflito nesta quarta-feira, 12, com centenas de militantes separatistas enquanto tentavam libertar cerca de 300 pessoas sequestradas em um trem no sudoeste do país. Os reféns estão cercados por militantes com vestes carregadas com explosivos.

Ao menos 27 militantes foram mortos e 150 de 450 pessoas que estavam no trem foram libertadas. A composição foi capturada ao entrar em um túnel em Bolan, na Província do Baluquistão, na terça-feira, 11.

Um grupo independentista da região assumiu a autoria do ataque e demonstrou disposição em negociar a troca dos reféns pela libertação de prisioneiros. O governo do Paquistão não se manifestou sobre a possibilidade de diálogo com os militantes. Fonte: Associated Press.

O governo da Ucrânia aceitou nesta terça, 11, uma proposta de cessar-fogo de 30 dias feita pelos EUA, após quase nove horas de negociação intermediada pela Arábia Saudita. A equipe de diplomatas americanos, liderada pelo secretário de Estado Marco Rubio e pelo conselheiro de Segurança Nacional Michael Waltz, prometeu levar o plano para a Rússia.

"Agora, a bola está com Moscou. Vamos dizer a eles que isso é o que está sobre a mesa. A Ucrânia está disposta a parar de atirar e começar a conversar. Cabe à Rússia dizer sim ou não", disse Rubio. "Se eles disserem não, infelizmente, saberemos quem está impedindo a paz neste caso."

Ucranianos e americanos deram poucos detalhes do acordo, que não parece ir além da trégua de 30 dias. Em contrapartida, os EUA prometeram restabelecer a ajuda militar e o compartilhamento de dados de inteligência com a Ucrânia, que tinham sido suspensos pelo presidente Donald Trump na semana passada.

Autoridades americanas esperam que o acordo leve a negociações para acabar de vez com a guerra. O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, deve viajar a Moscou nos próximos dias para propor o cessar-fogo a Putin. "Se conseguirmos que a Rússia aceite, será ótimo. Se não conseguirmos, muitas pessoas serão mortas", disse Trump, que prometeu telefonar para o russo nos próximos dias.

Proposta

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, publicou um vídeo nas redes sociais explicando o que foi negociado. Segundo ele, o governo ucraniano chegou com uma proposta de três pontos: cessar-fogo no Mar Negro e nos céus do país, troca de prisioneiros de guerra e retorno das crianças ucranianas que foram levadas para a Rússia.

Zelenski afirmou que os americanos foram além e propuseram uma trégua de 30 dias também na linha de combate, o que foi prontamente aceito. Ele pediu ainda que a Casa Branca atue para convencer o presidente russo, Vladimir Putin, a aceitar o cessar-fogo.

No comunicado final da cúpula realizada na cidade de Jeddah, EUA e Ucrânia também concordaram em assinar "o mais rápido possível" um acordo para que os americanos possam explorar recursos minerais ucranianos. De acordo com Rubio, o tratado que concede o direito de exploração não entrou na discussão de ontem, mas será firmado em breve.

Trump estaria pronto para convidar Zelenski a voltar à Casa Branca para a assinatura do acordo, segundo assessores do presidente americano - 12 dias após os dois protagonizarem um bate-boca no Salão Oval, durante uma visita que deveria sacramentar o acerto. O governo americano acredita que as reservas de terras raras, titânio e lítio, estimadas em US$ 500 bilhões, poderiam servir de compensação pela ajuda dos EUA.

"Essa joint venture (entre Ucrânia e EUA) tem o objetivo de expandir a economia ucraniana e garantir a prosperidade e a segurança no longo prazo", diz o comunicado em conjunto. O texto acrescenta que EUA e Ucrânia também discutiram os esforços de ajuda humanitária durante um cessar-fogo e a troca de prisioneiros de guerra - eles não mencionaram, porém, o retorno das crianças sequestradas pelos russos, como queria Zelenski.

Garantias

Questionado ontem se o relacionamento entre Zelenski e Trump estaria "de volta aos trilhos", Rubio se irritou. "O que está de volta aos trilhos é a paz", disse. "Isso é coisa séria. Isso não é Meninas Malvadas (comédia com a atriz Lindsay Lohan, de 2004). Não se trata de um episódio de um programa de TV. Isso é muito sério."

Antes das conversas de ontem, a Ucrânia vinha insistindo que qualquer cessar-fogo incluísse garantias de segurança, até então um dos pontos de atrito com o governo Trump. A Casa Branca rejeitou enviar tropas para dissuadir Putin de retomar os combates.

O acordo de minerais, alegam os americanos, seria a maior garantia de segurança que Zelenski teria, já que a Rússia não ousaria atacar os interesses dos EUA no país. Na declaração conjunta de ontem, no entanto, não havia nenhuma menção às garantias de segurança exigidas pela Ucrânia.

Embora o acordo de ontem não tenha se aprofundado nas garantias de segurança, Waltz disse que elas fizeram parte das conversas em Jeddah. "Entramos em detalhes substanciais sobre como essa guerra terminará de forma permanente, que tipo de garantias eles terão para sua segurança e prosperidade no longo prazo", afirmou o americano.

O corte no compartilhamento de informações de inteligência dos EUA prejudicou os soldados ucranianos, principalmente na região de Kursk, na Rússia, onde as tropas russas estão avançando rapidamente, de acordo com comandantes militares da Ucrânia.

Reação

O Kremlin não comentou diretamente o que foi anunciado na Arábia Saudita, mas a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou à agência estatal de notícias Tass que autoridades russas e americanas podem entrar em contato nos próximos dias.

Mais cedo, ontem, Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, falando antes do anúncio da proposta de cessar-fogo, disse que os sinais de Washington estavam fazendo com que muitos comemorassem cedo demais. "É preciso esperar pelo melhor, mas estar preparado para o pior, e devemos estar sempre prontos para defender nossos interesses", afirmou.

Anteriormente, a Rússia afirmou que estava pronta para interromper as hostilidades sob a condição de que a Ucrânia desista de sua tentativa de se juntar à Otan e reconheça as regiões que Moscou ocupa como russas.

A Ucrânia, por sua vez, não deve aceitar nenhum acordo que limite sua capacidade de rearmamento, que a force a reconhecer as regiões ocupadas por Moscou como parte da Rússia ou que interfira na política interna ucraniana - apesar das declarações de funcionários do governo americano de que é provável que os ucranianos tenham de ceder algum território.

O fim da guerra é uma promessa de campanha de Trump. Desde seu retorno à Casa Branca, em janeiro, ele tem se reaproximado de Putin. Como parte de sua agenda, o presidente americano abriu negociações com o Kremlin sem incluir ucranianos ou europeus, provocando uma mobilização da Europa em defesa da Ucrânia.

Apoio europeu

Os países europeus se reuniram em caráter de emergência, na semana passada, para aprovar um plano de mais de US$ 800 bilhões em gastos militares para sua defesa. À frente do esforço estão França e Reino Unido, que se disseram dispostos a enviar tropas para garantir a segurança da Ucrânia.

Ontem, o presidente francês, Emmanuel Macron, celebrou a notícia de que a Ucrânia aceitou um cessar-fogo. "A França e seus parceiros continuam comprometidos com uma paz sólida e duradoura, apoiada por sólidas garantias de segurança para a Ucrânia", escreveu Macron em mensagem no X.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também elogiou o avanço nas negociações. "Saúdo calorosamente o acordo. Agora, a Rússia precisa concordar com o cessar-fogo e com o fim dos combates", afirmou o premiê.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, emitiram uma declaração conjunta comemorando a possibilidade de trégua.

"Esse pode ser um passo na direção de uma paz abrangente, justa e duradoura para a Ucrânia", disseram. "A UE está pronta para desempenhar seu papel nas próximas negociações de paz." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.