Messias diz que anistia pelo 8 de Janeiro é inconstitucional: 'Agressão à população'

Política
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O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse nesta quinta-feira, 31, que uma anistia aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro é "inconstitucional". Para o chefe da AGU, a discussão sobre o perdão aos crimes é uma "agressão à população brasileira". As declarações de Messias ocorreram em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Indignado" com a proposta, Messias lembrou que a AGU foi a primeira a pedir prisão dos envolvidos na depredação dos prédios públicos. "A prisão preventiva em flagrante dos envolvidos foi pedida por mim ao ministro Alexandre de Moraes", disse, citando o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF).

O advogado-geral da União afirmou que, além da prisão, trabalha para os envolvidos ressarcirem o Estado pelos danos ao patrimônio público. "Pedimos R$ 100 milhões de bloqueio de bens, tem mais de R$ 20 milhões bloqueados para ressarcir os danos. Tem que pagar cada obra que quebraram, cada cadeira do Supremo, cada luz que quebraram no Congresso e no Palácio (do Planalto)", disse.

Messias reafirmou diversas vezes durante a entrevista que o episódio se tratou de uma tentativa de golpe. "Não foram levar a família para passear na Praça dos Três Poderes. Foram tentar um golpe de Estado", afirmou.

O ministro pediu ainda que os favoráveis à anistia relembrem como estavam os prédios públicos no dia seguinte ao 8 de Janeiro. "Mijaram no tapete do Congresso Nacional, vai ficar por isso mesmo?", questionou.

Nesta terça-feira, 29, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para analisar o projeto lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esperavam aprovar o texto na Comissão de Constituição e Justiça até esta quarta-feira, 30. Se assim ocorresse, restaria apenas a votação no plenário da Casa para que o texto pudesse ir ao Senado.

Em tese, o movimento de Lira atrasa a tramitação da proposta. Uma comissão especial tem duração de pelo menos 40 sessões do plenário para proferir parecer sobre um assunto. Como mostrou o Estadão, a atual redação do projeto é considerada "muito ampla" por juristas, que veem que há brechas que podem beneficiar o próprio Bolsonaro.

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Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma ação conjunta contra redes de crime cibernético no Sudeste Asiático, no que classificaram como a "maior operação já vista" nesta categoria, segundo comunicado divulgado hoje pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

Autoridades americanas e britânicas impuseram sanções abrangentes contra 146 alvos dentro do Prince Group, uma rede com base no Camboja liderada pelo CEO Chen Zhi, que opera um império transnacional através de golpes de investimento online. O Prince Group, seus líderes, funcionários e 117 instituições consideradas subsidiárias foram designadas pelos EUA como Organização Criminosa Transnacional (TCO, em inglês).

Os reguladores também cortaram o conglomerado de serviços financeiros Huione Group do sistema financeiro dos EUA. Baseado no Camboja, o grupo é considerado crítico para lavagem de receitas de ciberataques realizados pela Coreia do Norte e pelo Prince Group no Sudeste Asiático.

As ações bilaterais de sanções foram acompanhadas pela abertura de uma acusação criminal nos EUA contra Chen Zhi, conforme a nota. Esta ação coordenada resulta da colaboração entre o FBI, o Escritório do Procurador dos EUA no distrito de Nova York e Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido (FCDO, em inglês).

Segundo o comunicado, as perdas dos EUA com golpes de investimento online aumentaram nos últimos anos, totalizando mais de US$ 16,6 bilhões. Estima-se que os americanos perderam pelo menos US$ 10 bilhões para operações de golpe baseadas no Sudeste Asiático em 2024, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast ((sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o presidente da Argentina, Javier Milei, tem o seu "apoio completo e total" para as próximas eleições de meio de mandato, em publicação na Truth Social na noite desta terça-feira, 14.

"Ótima reunião hoje com Javier Milei! Ele está fazendo as coisas certas para o seu país. Espero que o povo da Argentina entenda o quão bom trabalho ele está fazendo", escreveu o republicano. "Vamos ajudá-lo a alcançar o incrível potencial da Argentina. Ele não vai decepcioná-los. Tornem a Argentina boa de novo!".

Mais cedo, os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a linha de swap cambial fornecida pelos EUA para resgatar o peso argentino, em um momento delicado para a gestão de Milei. O ultraconservador enfrenta pressão após turbulências econômicas, escândalos de corrupção e a derrota do seu partido nas eleições provinciais de Buenos Aires enfraquecerem o apoio ao seu governo antes das eleições de meio de mandato, previstas para 26 de outubro.

O Hamas apressou-se nesta terça-feira, 14, para aliviar a pressão sobre um cessar-fogo frágil em sua guerra com Israel, devolvendo os corpos de mais reféns mortos. A medida veio após uma agência militar israelense afirmar que reduziria pela metade as entregas de ajuda humanitária a Gaza devido a preocupações de que o grupo estava entregando os restos mortais mais lentamente do que o acordado.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel confirmou que as autoridades receberam quatro reféns falecidos que a Cruz Vermelha entregou às autoridades militares israelenses dentro de Gaza. Os corpos serão levados para o Centro Nacional de Medicina Forense, onde serão identificados e as famílias notificadas.

Esta última transferência de restos mortais ocorre um dia após Israel ter recebido os corpos de outros quatro reféns mortos. Apesar do desenvolvimento, não estava claro se a agência militar israelense, conhecida como COGAT, seguirá com sua decisão de permitir a entrada em Gaza de apenas metade dos 600 caminhões de ajuda humanitária previstos no acordo.

O escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza, assolada pela fome, recebeu a notícia dos cortes pela agência militar israelense encarregada de transferir ajuda para o território, segundo a porta-voz Olga Cherevko. Autoridades dos EUA também foram notificadas, de acordo com três fontes da Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou preocupação em uma postagem nas redes sociais de que poucos reféns mortos foram devolvidos. Ele não mencionou a redução pela metade do fluxo de ajuda para o território por parte de Israel. Em resposta às preocupações, o Hamas e a Cruz Vermelha afirmaram que o nível de destruição na Faixa de Gaza dificulta o resgate dos restos mortais.

Trump também alertou o Hamas que, se "eles não se desarmarem, nós os desarmaremos".

Ainda, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, disse que 15 tecnocratas palestinos foram selecionados para administrar Gaza, com aprovação de Israel, Hamas e todas as outras facções palestinas. A agência de desenvolvimento da ONU disse que a última estimativa conjunta com a União Europeia e o Banco Mundial é que a reconstrução de Gaza exigirá 70 bilhões de dólares. (*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast