Kajuru reclama de excesso de dias sem atividade no Congresso: 'A gente quase não trabalha'

Política
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O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) criticou o excesso de dias sem atividade no Congresso Nacional e afirmou que os trabalhos no Senado têm sido prejudicados com a não realização de sessões. O parlamentar reclamou que a realização da Cúpula dos Parlamentares do G-20, a P-20, entre os dias 6 e 8 de novembro, afetará os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, presidida por ele.

"Aqui, a gente quase não trabalha: é recesso parlamentar, é eleição, é segundo turno, segunda ninguém vem, sexta ninguém vem. Então, o que é que vai ter? Me desculpem o desabafo", disse Kajuru na reunião da CPI nesta quarta-feira, 30.

Para o senador e ex-comentarista esportivo, a dinâmica do Senado, liberando os parlamentares para o cumprimento de outros compromissos, tem atrapalhado o andamento da comissão e o trabalho do senador Romário (PL-RJ), relator do colegiado.

"O que tem a delegação do G-20 com a gente aqui? Eles não têm outro lugar para ir, não?", afirmou Kajuru, que é vice-líder do governo Lula na Casa. "Presidente Lula, eu sou seu vice-líder, mas eu sou bocudo mesmo."

Durante a P-20, não haverá expediente na Câmara. No Senado, por ora, não houve suspensão expressa do expediente, mas o andamento de comissões da Casa estará comprometido pela presença de senadores em painéis e reuniões do evento. O tema da cúpula será "Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável".

Neste ano, especialmente, os trabalhos do Legislativo federal também foram comprometidos pela realização das eleições municipais. As duas Casas liberaram seus membros para o cumprimento de agendas nos Estados.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, indicou nesta terça-feira, 26, que o país pode responder reciprocamente a eventuais tarifas alfandegárias impostas pela equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Na segunda-feira, o republicano ameaçou taxar produtos mexicanos caso o vizinho ao sul não aja para conter a passagem de imigrantes pela fronteira e o tráfico de drogas.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça, Sheinbaum apresentou uma carta aberta endereçada a Trump.

No documento, a líder mexicana argumenta que essas questões não serão resolvidas na base da ameaça comercial.

"A uma tarifa, virá outra em resposta e assim será até que coloquemos empresas comuns em risco", advertiu ela.

Sheinbaum acrescentou que tarifas são inaceitáveis e elevariam a inflação nos dois países, além de causar perdas de empregos.

"Considero que o diálogo é o melhor caminho para o entendimento, a paz e prosperidade entre nossas nações, espero que nossas equipes possam se encontrar logo", disse a presidente do México.

O vice primeiro-ministro da Itália, Antonio Tajani, disse que não se pode colocar o grupo terrorista Hamas e Israel "no mesmo nível" de discussões e que é preciso respeitar os civis, em coletiva de imprensa da reunião do G7, nesta terça-feira, 26.

Na ocasião, ele informou que um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah está perto de ser alcançado e que a Itália deve participar das negociações, ao lado dos Estados Unidos e da França.

Na ocasião, ele disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não iria para um país onde ele pode ser preso, após o Tribunal Penal Internacional emitir um mandado de prisão pelo líder.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que teve uma "conversa construtiva" por telefone com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, após o republicano ameaçar impor tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México. Em vídeo publicado no X, antigo Twitter, pela CPAC TV, ele informa que é preciso "seguir em frente de maneira construtiva", em conversa com repórteres.

Trudeau afirmou que existem desafios na relação entre os dois países, mas que eles podem ser trabalhados juntos.

"Nós sabemos que essa é uma relação que precisa de trabalho e é o que vamos fazer", pontuou o primeiro-ministro.