CPI das Apostas, comissão da Voepass e paraísos fiscais são destaques da pauta do Congresso

Política
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Na semana após a realização da Cúpula dos Parlamentares do G20, a P20, representantes do Congresso Nacional voltam a se reunir para audiências públicas e reuniões deliberativas nas comissões permanentes das Casas.

 

Durante a P20, realizada entre os dias 6 e 8 de novembro, não houve expediente na Câmara. No Senado, por ora, não houve suspensão expressa do expediente, mas o andamento de comissões da Casa foi comprometido pela presença de senadores em painéis e reuniões do evento.

 

Na segunda-feira, 11, está prevista reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulações de jogos e de apostas esportivas. Em razão do P20, os trabalhos do grupo foram interrompidos na semana passada. O adiamento das reuniões rendeu críticas do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), relator do colegiado. O apresentador se queixou do excesso de dias sem atividade no Congresso.

 

"Aqui, a gente quase não trabalha: é recesso parlamentar, é eleição, é segundo turno, segunda ninguém vem, sexta ninguém vem. Então, o que é que vai ter? Me desculpem o desabafo", disse o senador na reunião da CPI em 30 de outubro.

 

A comissão externa da Câmara dedicada a apurar o acidente do voo 2283 da Voepass se reunirá na terça-feira, 12.

 

Estão confirmadas as presenças de Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça de São Paulo, e Luana Lima Duarte Vieira Leal, procuradora do Ministério Público do Trabalho em Campinas. O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, também consta na relação de convidados, mas ainda não confirmou presença.

 

Nas comissões do Congresso, a modalidade de "convite" não é de comparecimento obrigatório, distinguindo-se da "convocação", de cumprimento compulsório.

 

No mesmo dia, a Câmara também contará com reunião da Comissão de Administração e Serviço Público. Na pauta do colegiado, consta um projeto de lei de autoria do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

 

O texto proíbe ocupantes de cargo comissionado ou emprego efetivo no governo federal de manter contas bancárias em "paraísos fiscais", como são chamadas as nações que exigem pouca ou nenhuma transparência sobre a origem de recursos financeiros.

 

As contas bancárias abertas em paraísos fiscais são chamadas de "offshores" e, apesar de não se consistirem em ilícito por si só, estão associadas a práticas criminosas, como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

 

O projeto de Ivan Valente é relatado por Sâmia Bomfim (PSOL-SP), colega de partido e de bancada estadual do autor.

 

O parecer da relatora é pela aprovação do projeto, que está pronto para votação no colegiado.

 

Se aprovado na comissão, o texto seguirá para apreciação do plenário da Casa.

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Um motorista matou 35 pessoas e feriu outras 43 no sul da China na noite de segunda-feira, 11, depois de conduzir seu carro contra uma multidão de pessoas que praticavam exercícios em um complexo esportivo. De acordo com a polícia local, o homem de 62 anos relatou às autoridades estar triste com seu acordo de divórcio.

A polícia deteve o homem, que foi identificado apenas pelo sobrenome Fan, logo após o ataque na cidade de Zhuhai. Ele foi encontrado inconsciente no carro e recebeu atendimento médico por ferimentos considerados autoinflingidos pelas autoridades. Ele estava insatisfeito com a divisão de bens financeiros em seu divórcio, de acordo com uma investigação preliminar, disse a polícia.

A cidade está sediando a exposição anual de aviação do Exército de Libertação Popular, e as buscas sobre o ocorrido foram fortemente censuradas para o público. Por quase 24 horas após o ataque, não ficou claro qual foi o número de mortos ou feridos.

Na terça-feira de manhã, uma busca na plataforma de mídia social chinesa Weibo pelo centro esportivo revelou apenas algumas postagens, com apenas algumas se referindo ao fato de que algo havia acontecido, sem fotos ou detalhes. Notícias da imprensa chinesa da segunda-feira à noite sobre o incidente foram retirados.

Fora dos controles, no entanto, vídeos circularam na plataforma de mídia social X. Em vários deles, dezenas de pessoas podiam ser vistas deitadas na pista do complexo esportivo, que é usado regularmente por centenas de moradores para correr, jogar futebol ou dançar.

Em um dos vídeos, compartilhado pelo blogueiro de notícias e dissidente Li Ying, uma mulher diz: "meu pé está quebrado." Esse mesmo vídeo mostrava um bombeiro tentando reanimar uma pessoa, enquanto outras eram instruídas a sair.

A polícia montou barricadas na entrada do complexo esportivo na terça-feira, impedindo a entrada de pessoas. No entanto, membros do público deixaram flores na praça próxima ao centro esportivo.

O líder chinês Xi Jinping pediu a punição "severa" do perpetrador de acordo com a lei, em uma declaração na terça-feira à noite.

Ele também apelou a todos os governos locais para "fortalecerem a prevenção e o controle de riscos na fonte, impedirem rigorosamente a ocorrência de casos extremos e resolverem conflitos e disputas em tempo hábil", de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.

Série de ataques

As autoridades chinesas pareciam estar controlando rigorosamente as informações sobre o incidente. Os censores da internet tendem a tomar cuidado extra para limpar as mídias sociais antes e durante grandes eventos, como a exposição de aviação ou a reunião anual do Congresso Nacional do Povo.

A China tem testemunhado uma série de ataques em que os suspeitos parecem ter como alvo membros do público aleatoriamente.

Em outubro, um homem foi detido após supostamente atacar crianças com uma faca em uma escola em Pequim. Cinco pessoas ficaram feridas. Em setembro, três pessoas foram mortas em um ataque com faca em um supermercado de Xangai , e outras 15 ficaram feridas. A polícia disse na época que o suspeito tinha disputas financeiras pessoais e veio a Xangai para "desabafar sua raiva".

Em maio, duas pessoas foram mortas e 21 ficaram feridas em um ataque com faca em um hospital na província de Yunnan.

O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu nesta terça-feira, 12, no Palácio do Eliseu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, na primeira visita do novo líder da aliança à França desde que assumiu o cargo. Ambos discutiram a necessidade de um maior investimento na defesa e de uma cooperação transatlântica robusta para garantir a segurança duradoura da aliança, segundo comunicado emitido pela Otan.

"Quanto mais gastamos em defesa, mais reduzimos o risco de conflitos futuros", disse Rutte.

Rutte e Macron também discutiram a necessidade de mais apoio à Ucrânia antes do que poderá ser o seu inverno mais rigoroso, à medida que a Rússia visa sua infraestrutura energética, segundo a publicação.

Rutte elogiou a França por treinar e equipar toda uma brigada ucraniana, a Brigada Anne de Kiev, e pela sua promessa de enviar caças Mirage no início do próximo ano. "A França forneceu armas de artilharia avançadas, sistemas de defesa aérea, mísseis de cruzeiro e veículos blindados", disse ele.

O secretário-geral também levantou preocupações sobre o aprofundamento dos laços militares entre a Rússia, a China, o Irã e a Coreia do Norte, que representam uma ameaça à segurança europeia e à paz global.

O democrata Ruben Gallego foi eleito como o primeiro senador latino do Estado do Arizona nos Estados Unidos, após vencer a corrida contra Kari Lake, impedindo que os republicanos aumentassem ainda mais a maioria no Senado. Com a vitória de Gallego, o Partido Republicano fica com 53 cadeiras de 100 membros do Senado.

"Gracias, Arizona!", escreveu na plataforma X, antigo Twitter. Ele substituirá Kyrsten Sinema, que deixou o Partido Democrata há dois anos depois de antagonizar a ala mais à esquerda do partido.

Gallego prometeu trabalhar para consertar falhas do sistema de imigração dos Estados Unidos, além de continuar a lutar pelos veteranos de guerra e pelos direitos reprodutivos das mulheres.