Malafaia diz que autor do atentado em Brasília tinha 'problemas mentais e emocionais'

Política
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O pastor evangélico Silas Malafaia publicou um vídeo ontem, 14, comentando sobre o atentado a bombas em Brasília (DF) no início da noite de quarta, 13, cujo autor das explosões, Francisco Wanderley Luiz, foi a única vítima.

Na gravação, Malafaia se referiu a ele como "homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas" na capital e afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenta criar "cortina de fumaça" sobre os próprios atos jurídicos, segundo o pastor, "ilegais e injustos".

"Eu não vou deixar passar o ditador da toga Alexandre de Moraes com uma narrativa para tentar tirar proveito, para jogar uma cortina de fumaça nos seus atos ilegais, injustos, sobre a questão do homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas em Brasília", disse.

Com a voz elevada, tom de rotina neste tipo de comunicação publicada pelo pastor, Malafaia ainda diz que repudia "qualquer baderna, perseguição ou quebra-quebra, seja da direita ou da esquerda", e que a "narrativa" de Moraes é de que o ataque promovido pelo homem é "fruto do discurso de ódio" e que uma anistia aos presos do 8 de Janeiro "vai gerar mais agressividade".

"Se o senhor tem direito de mostrar e de falar isso, eu tenho direito de dizer isso aqui: não é seu discurso de ódio, (mas) suas atitudes de ódio, de perseguição política, vão gerar mais agressividade", afirmou o pastor.

Como mostrou o Estadão, a Polícia Federal (PF) relatou que a ex-mulher de Tiü França, como era conhecido o homem de 59 anos que morreu na Praça dos Três Poderes após a sequência de explosões, disse que o alvo do ataque seria Moraes. As investigações vão confirmar se os ataques, de fato, se endereçavam ao ministro, afirmou a corporação.

Moraes afirmou na quarta, que as explosões são resultado do ódio político que se instalou no País nos últimos anos e defendeu que não haja anistia aos envolvidos na invasão do 8 de Janeiro. O ministro disse ser necessário que haja pacificação, mas que ela não virá por meio de perdão aos criminosos.

O catarinense, que morava em Rio do Sul (SC) e estava em Brasília havia três meses, deixou sinais de que o ataque foi premeditado. Em agosto, Wanderley Luiz visitou o STF e tirou uma selfie no plenário da Corte, registro no qual escreveu "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", acrescentando: "Ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo".

Na casa que homem alugou na Ceilândia, no entorno de Brasília, também foram encontrados mais explosivos pela Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). Além dos artefatos, uma mensagem foi deixada no espelho pelo homem, endereçada à Debora Rodrigues, mulher flagrada escrevendo "Perdeu, mané" na Estátua da Justiça durante os ataques golpistas de 8 de Janeiro.

"Debora Rodrigues, por favor não desperdice batom! Isso é para deixar as mulheres bonitas! Estátua de merda se usa TNT", diz a frase no espelho. O homem chegou a arremessar um artefato contra a obra, localizada em frente ao prédio do STF, mas não houve explosão no momento. Instantes seguintes, ele explodiu outro artefato junto a si mesmo, e caiu.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press