Anistia neste momento é estimular impunidade, diz ministro Paulo Pimenta

Política
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O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, falou contra anistiar envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro e o que tratou como suas derivações, a exemplo do ataque ao STF na última quarta-feira, 13. "Anistia nesse momento é estimular impunidade. E a impunidade é o fermento do terror que assistimos nesta semana. Sou contra qualquer debate sobre anistia aos envolvidos no 8 de janeiro", afirmou.

"Quem atenta contra a democracia não vai contar com nenhum tipo de impunidade nesse País", continuou o ministro. Ele falou a jornalistas durante evento paralelo ao G20, no Rio de Janeiro.

Investigações

Pimenta disse que as investigações sobre o ataque ao STF estão caminhando rápido e que, no momento, o mais importante é saber se o responsável, que morreu, tinha "conexões". "Ele possivelmente tinha uma retaguarda", sugeriu o ministro por mais de uma vez.

O homem, disse Pimenta, teria agido de forma premeditada, o que estaria sendo corroborado por uma série de descobertas recentes dos investigadores, como o aluguel de um trailer na praça dos três poderes; artefatos enterrados nas proximidades; a bomba deixadas em uma das gavetas de seu quarto; as inscrições no espelho da casa; e postagens em redes sociais.

"Por isso não temos que tratar como fato isolado, mas como parte do momento do País", afirmou. Ele mencionou que o investigado da vez esteve acampado em frente a quartéis em janeiro.

O ministro disse descartar a tese de suicídio, no que citou as imagens de câmeras de seguranças e disse que o Brasil terá de tratar desse tipo de episódio cada vez mais como atos de terrorismo.

Lula

Questionado sobre o fato de Lula não estar comentando o episódio, Pimenta disse que o Presidente "está falando" por meio da Polícia Federal e outros órgãos. Ele garantiu que a agenda de Lula não vai mudar em função do atentado, até como demonstração de que essas investidas não vão perturbar a vida democrática.

Na avaliação do ministro, um dos objetivos do ataque era trazer instabilidade à realização do G20 e a chegada de outros líderes ao Brasil.

Inquéritos

Ele também afirmou que os inquéritos sobre atos antidemocráticos estão "se encaminhando para conclusão" e disse que, possivelmente, as investigações vão apontar as ligações com financiadores.

Contas públicas

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, garantiu que os ajustes na conta do governo serão realizados e disse que o presidente Lula está conversando com todos os ministros da Esplanada sobre os ajustes pretendidos nos gastos públicos.

Pimenta disse que Lula é governante experiente e entende ser importante fazer ajustes para manter o atual ritmo de crescimento do PIB e preservar os empregos gerados nos primeiros dois anos do governo.

"Os ajustes que têm de ser feitos serão feitos", disse Paulo Pimenta a jornalistas durante o G20, no Rio de Janeiro. Questionado sobre uma data para o anúncio, ele não deu detalhes, mas sugeriu que vai acontecer em breve.

Trump

Questionado sobre possíveis ruídos nas relações entre Brasil e Estados Unidos após a eleição de Donald Trump, Pimenta minimizou e disse que Lula já governou o Brasil em paralelo a diversos presidentes americanos sem maiores problemas.

"Não vejo problema nenhum com Trump, é uma relação de Estado. Vamos manter a relação que temos com os Estados Unidos. O importante é conversar", disse.

Em seguida, porém, Pimenta afirmou que o Brasil busca novos parceiros econômicos e que membros do governo terão uma profusão de reuniões bilaterais durante o G20. Nesse ponto, ele citou especificamente a Arábia Saudita e Emirados Árabes, mas disse que haverá encontros com autoridades de países cujas relações com o Brasil são mais tradicionais, como os próprios EUA e a França.

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O braço das Forças Armadas do Iêmen ligado ao movimento houthi anunciou neste domingo, 27, que promoverá uma escalada nas suas operações militares contra Israel, diante do aumento da crise humanitária em Gaza. Segundo os iemenitas, a nova fase inclui o bombardeio a navios de empresas que negociam com os israelenses.

"As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem imediatamente qualquer relação com os portos do inimigo israelense a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente do destino, serão alvos em qualquer lugar que esteja ao alcance de nossos mísseis e drones", afirmou em comunicado o porta-voz das Forças Armadas iemenitas, Yahya Saree.

De acordo com Saree, o Iêmen tem "uma responsabilidade religiosa, moral e humanitária" para com os palestinos de Gaza, que têm sofrido "massacres horríveis, brutais e sem precedentes na história contemporânea" por parte do regime de Benjamin Nethanyahu.

As operações militares, segundo o porta-voz,"cessarão imediatamente após o fim da agressão contra Gaza e a suspensão do bloqueio" de Israel à região palestina ocupada.

"As Forças Armadas do Iêmen apelam a todos os países: se quiserem evitar essa escalada, pressionem o inimigo para interromper sua agressão e suspender o bloqueio à Faixa de Gaza", afirmou Saree.

* Conteúdo traduzido com auxílio de inteligência artificial, revisado e editado pela redação da Broadcast

A Rússia abriu neste domingo, 27, uma ligação aérea regular entre Moscou (capital russa) e Pyongyang (capital da Coreia do Norte), em um movimento que reflete os laços cada vez mais estreitos entre os dois países. O primeiro voo operado pela companhia aérea russa Nordwind decolou do aeroporto Sheremetyevo, de Moscou, transportando mais de 400 passageiros. O Ministério dos Transportes da Rússia disse que haverá um voo por mês para atender à demanda.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que visitou o novo resort de praia Wonsan-Kalma, da Coreia do Norte, no início deste mês, para se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un, prometeu incentivar os turistas russos a visitar o complexo.

O resort, que pode acomodar quase 20 mil pessoas, está no centro do impulso de Kim para aumentar o turismo a fim de melhorar a economia de seu país. A Coreia do Norte vem aliviando lentamente as restrições impostas durante a pandemia e reabrindo suas fronteiras em fases. Mas o país não disse se retomaria totalmente o turismo internacional.

Voos regulares entre a cidade portuária oriental da Rússia de Vladivostok e Pyongyang foram reabertos em 2023 após uma pausa causada pela pandemia de coronavírus. A Rússia e a Coreia do Norte expandiram significativamente os laços militares e outros nos últimos anos, com Pyongyang fornecendo armas e tropas para apoiar a ação militar da Rússia na Ucrânia.

* Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial

Rebeldes apoiados pelo Estado Islâmico atacaram uma igreja católica no leste da República do Congo neste domingo, 27, matando pelo menos 34 pessoas, de acordo com um líder da sociedade civil local. Dieudonne Duranthabo, um coordenador da sociedade civil em Komanda, na província de Ituri, disse à Associated Press que os agressores invadiram a igreja na cidade de Komanda por volta da 1h da manhã. Várias casas e lojas também foram queimadas.

"Os corpos das vítimas ainda estão no local da tragédia, e voluntários estão se preparando para enterrá-los em uma vala comum em um complexo da igreja católica", disse Duranthabo. Imagens de vídeo do local compartilhadas online pareciam mostrar estruturas em chamas e corpos no chão da igreja. Aqueles que conseguiram identificar algumas das vítimas choravam, enquanto outros ficaram em choque.

Pelo menos outras cinco pessoas foram mortas em um ataque anterior na vila vizinha de Machongani. "Eles levaram várias pessoas para o mato; nós não sabemos o seu destino ou o seu número", disse Lossa Dhekana, um líder da sociedade civil em Ituri, à AP.

Acredita-se que ambos os ataques tenham sido realizados por membros da Força Democrática Aliada (ADF, na sigla em inglês) armados com armas de fogo e facões. Esse grupo rebelde é afiliado ao Estado Islâmico. Os agressores vieram de um reduto a cerca de 12 quilômetros de Komanda e fugiram antes da chegada das forças de segurança.

Duranthabo condenou a violência no que ele chamou de "uma cidade onde todos os oficiais de segurança estão presentes". Ele pediu uma intervenção militar imediata, alertando que "o inimigo ainda está perto de nossa cidade".

Ataques

O leste do Congo sofreu ataques mortais nos últimos anos por grupos armados, incluindo o ADF e rebeldes apoiados por Ruanda. O ADF, que tem laços com o Estado Islâmico, opera na fronteira entre Uganda e Congo e frequentemente tem civis como alvo. O grupo matou dezenas de pessoas em Ituri no início deste mês em um episódio que um porta-voz das Nações Unidas descreveu como um banho de sangue.

A ADF foi formada por pequenos grupos distintos em Uganda no final dos anos 1990, após alegado descontentamento com o presidente Yoweri Museveni. Em 2002, após ofensivas militares das forças ugandenses, o grupo mudou suas atividades para o Congo e, desde então, tem sido responsável pelo assassinato de milhares de civis. Em 2019, o grupo jurou lealdade ao Estado Islâmico.

O Exército congolês (FARDC) há muito tempo tem dificuldades para conter o grupo, especialmente em meio a conflitos renovados envolvendo o movimento rebelde M23 apoiado pela vizinha Ruanda. (Com Associated Press)