Autor de atentado segurou bomba com a mão próxima à cabeça, dizem peritos da PF

Política
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O exame necroscópico feito por peritos médicos da Polícia Federal (PF) concluiu que Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, autor do atentado a bomba próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), morreu de traumatismo cranioencefálico causado pelos explosivos que ele próprio acionou.

A tomografia apontou uma fratura extensa no lado direito do crânio. Os exames também atestaram que os dedos da mão direita foram amputados pela explosão.

Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) concluíram que essas regiões estavam próximas no momento da explosão, ou seja, Francisco Wanderley provavelmente segurou a bomba com a mão direta próximo à cabeça.

Um exame toxicológico foi feito para verificar se ele estava sob efeito de alguma substância psicotrópica no momento do atentado.

Pelo menos oito bombas improvisadas foram encontradas na casa alugada por Francisco em Ceilândia, no entorno de Brasília. A Polícia Federal identificou que elas foram montadas com pólvora e fragmentos metálicos, como porcas e arruelas, e que esse mesmo padrão foi usado nas explosões na Praça dos Três Poderes.

Esse tipo de bomba cria uma contenção que aumenta a pressão dentro do tubo. Ao ser detonado, o tubo se rompe, lançando estilhaços com grande força e alcance, o que pode causar ferimentos graves em quem estiver próximo.

A PF prepara um pedido de quebra de sigilo telemático para que seus peritos possam analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem do celular de Francisco para verificar se ele planejou o ataque sozinho. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados.

Além disso, os investigadores estão ouvindo testemunhas. O dono da loja que vendeu os fogos de artifícios, seguranças do STF, o policial militar que recebeu o chamado da ocorrência na Praça dos Três Poderes e vizinhos prestaram depoimento.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, não participaram da foto oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza lançada nesta segunda-feira, 18, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula de líderes do G20.

Os três líderes chegaram atrasados ao momento da fotografia e as demais lideranças preferiram não esperar. A foto estava prevista para ocorrer às 14h10, mas só saiu por volta das 15h30. A agenda de eventos da cúpula está atrasada desde o começo, com os cumprimentos aos líderes, que deveriam finalizar até às 10h se estendendo por quase uma hora.

Os líderes americanos e canadenses estavam em uma reunião bilateral antes da foto. Em seguida, o presidente dos EUA foi visto saindo do Museu de Arte Moderna do Rio, onde estão ocorrendo as negociações.

A aliança foi lançada oficialmente esta manhã, no momento em que Lula confirmou a adesão de 82 países. O projeto é o principal tópico da presidência brasileira no G20 no Rio e talvez o único que tenha algum avanço concreto. A Argentina foi o último país a aderir, depois que uma lista oficial com 81 nações foi divulgada pelo governo brasileiro.

Além dos países fundadores, a aliança terá 66 organismos internacionais, entre eles fundações como Gates e Rockfeller e bancos multilaterais, como BID e Banco Mundial.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira, 18, que a adesão do presidente argentino Javier Milei à Aliança Global contra a Fome é uma sinalização positiva para a manutenção da integração dos países do Mercosul. Segundo Teixeira, o presidente argentino pode estar discursando para um público interno, mas não deve abandonar os interesses de sua população, que são semelhantes aos dos brasileiros.

"Hoje, apesar de anunciar que não assinaria, ele assinou o pacto global contra a fome, o Milei. Então é um primeiro sinal positivo de adesão ao pacto global, e agora vamos ver como fica o Mercosul", disse Teixeira a jornalistas, após participação no primeiro dia da cúpula de líderes do G20, no Rio de Janeiro. "Muitas vezes, as pessoas fazem os seus discursos olhando um público interno, mas o que ele vai ter que olhar mesmo é o interesse dos argentinos, não é isso? E nesses interesses há muita conexão entre os dois países."

O ministro disse apostar ainda na habilidade política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma conciliação de interesses de Brasil, Argentina e demais países do bloco.

"Creio que o presidente Lula é muito suave também na maneira de acolher e que ele possa ajudar a continuar uma integração muito intensa com o Mercosul", afirmou Teixeira. "O Brasil sempre foi bem com seus vizinhos, nunca brigou com vizinho", concluiu.

Um novo ataque aéreo de Israel atingiu uma região densamente povoada na capital do Líbano, Beirute, matando pelo menos 5 pessoas. Enquanto os Estados Unidos avançam em uma solução para o cessar-fogo, Israel atacou pelo segundo dia consecutivo após uma pausa de mais de um mês. O governo israelense não informou qual o alvo do ataque desta segunda-feira, 18.

Ainda hoje, o Hezbollah também lançou diversos mísseis contra Israel, em resposta ao ataque deste domingo, 17, que matou o chefe de mídia do grupo, Mohammed Afif (mais detalhes abaixo).

Minutos após o ataque desta segunda, o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, postou no X (antigo Twitter), um pedido de pausa dos ataques. "Todos os países e tomadores de decisão são requisitados para cessar a agressão sangrenta e devastadora israelense sobre o Líbano e implementar resoluções internacionais, mais notavelmente a resolução 1701".

A resolução 1701 da Organização das Nações Unidas, adotada em 2006, terminou um conflito entre Israel e o Hezbollah de um mês e criou uma zona tampão no sul do Líbano. A medida, se adotada novamente, também faria com que as forças terrestres de Israel recuassem e a zona seria preenchida pelo exército libanês e as forças pacificadoras da ONU. O porta-voz do governo de Israel afirmou que a campanha militar terrestre continuará até a remoção da ameaça do Hezbollah do Líbano.

Os Estados Unidos buscam em uma solução de cessar-fogo com a retirada das tropas terrestres de Israel do Líbano e o afastamento das forças do Hezbollah da fronteira israelense. O porta-voz do parlamento do Líbano, Nabih Berri, um aliado do Hezbollah que está mediando pelo grupo, deve se encontrar com o enviado pelos Estados Unidos Amos Hochstein em Beirute nesta terça, 19. Fonte: Associated Press

Ataque do Hezbollah mata uma mulher e deixa pelo menos 12 feridos

Uma mulher morreu e pelo menos 12 pessoas ficaram feridas em um ataque de foguetes contra Israel, de acordo com múltiplos veículos da imprensa local. A ofensiva teria partido do Líbano e foi atribuída ao grupo extremista Hezbollah. Sirenes de alerta foram acionadas em várias partes do país.

Segundo autoridades israelenses, os foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa do país, mas fragmentos caíram e causaram danos em algumas regiões. Em Shfaram, no Norte, uma mulher não resistiu depois de ter ficado presa nos escombros de um edíficio de três andares, conformou relatou o jornal The Times of Israel. O diário diz que mais de 100 foguetes foram lançados em direção ao território de Israel ao longo do dia.