PSOL e PT protestam contra anistia após ataques à bomba e prisão de militares

Política
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Deputados do PSOL fizeram um ato na Câmara, nesta terça-feira, 19, em protesto contra o projeto que prevê a anistia aos condenados por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Os parlamentares carregavam cartazes com a defesa da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A mobilização estava marcada desde esta segunda, 18, após um ataque à bomba na Praça dos Três Poderes e nas imediações do Anexo IV da Câmara, ocorrido na semana passada.

A manifestação também se deu na data em que quatro militares e um policial federal foram presos em uma operação que apreendeu um plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato teve a participação dos deputados Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (RJ), Ivan Valente (SP), Luciene Cavalcante (SP), Luiza Erundina (SP), Sâmia Bomfim (SP) e Tarcísio Motta (RJ). Também marcaram presença os deputados do PT Elton Welter (PR), Erika Kokay (DF) e Rogério Correia (MG).

Os parlamentares se reuniram em frente a um busto de homenagem a Rubens Paiva, ex-deputado do PTB que foi cassado durante a ditadura militar e assassinado após ter sido preso por militares.

Os deputados também ergueram um cartaz do filme Ainda Estou Aqui (2024), que conta a história da família Paiva. Abaixo da ilustração do longa-metragem, havia uma charge com uma ironia aos oficiais, na frase "Nós também".

Bomfim já havia enviado na última quinta-feira, 14, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um requerimento para que o PL da anistia fosse arquivado.

"Seguem as demonstração de que há um grande complô, uma grande organização que envolve civis, militares, parlamentares e empresários que não se contentam com as liberdades democráticas duramente conquistadas por todos aqueles que lutaram contra a ditadura civil-militar, que não se contentam com o resultado das eleições que deram a vitória ao presidente Lula", disse a deputada, no ato de hoje.

"Essa figura não pode continuar solta", afirmou a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), ao defender a prisão de Bolsonaro.

PT: 'Contenção do golpismo exige que envolvidos sejam punidos'

A comissão executiva nacional do PT publicou uma nota em que protesta contra a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e que pede punição inclusive ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A divulgação do texto, nesta terça-feira, 19, ocorre após a prisão de quatro militares e um policial que teriam planejado assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"As estarrecedoras conclusões do inquérito da Polícia Federal sobre os planos de militares para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes apontam diretamente para o Palácio do Planalto comandado por Jair Bolsonaro, o maior interessado na conspiração golpista para impedir a posse do eleito e instaurar sua ditadura", diz.

Na sequência, a nota chama as prisões de "passo importantíssimo".

"As prisões desta manhã, determinadas pelo ministro Moraes com o respaldo do procurador-geral da República, são um passo importantíssimo para a responsabilização dos arquitetos do 8 de janeiro. A contenção do golpismo e do terrorismo da extrema direita, no entanto, exige que todos os envolvidos sejam processados e punidos pedagogicamente, a começar pelo chefe e seus cúmplices mais poderosos, civis e militares."

O partido prossegue: "Enquanto permanecerem impunes, seguirão ameaçando a democracia e a paz no Brasil. Enquanto tentarem falsear a realidade e fugir à Justiça, com a cumplicidade ativa de parlamentares e até governadores de seu espectro ideológico extremista, articulando um projeto imoral de anistia no Congresso, o país estará sujeito a atos terroristas como o que aconteceu há menos de uma semana em Brasília".

O PT diz ainda que "não existe, por definição, bolsonarista moderado nem democrata de extrema direita".

"Punição para todos os envolvidos na trama golpista e nos planos de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes! Sem Anistia!", diz o texto.

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As tensões entre China e Japão voltaram a aumentar após declarações da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, que classificou um eventual ataque chinês a Taiwan como uma "situação de crise existencial" para o Japão, o que poderia justificar o uso de força. A fala de sexta-feira no Parlamento foi interpretada como um desvio da linha tradicional de Tóquio e levou Pequim a apresentar uma "séria representação diplomática".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lin Jian afirmou que Takaichi "fez declarações errôneas sobre Taiwan, insinuando a possibilidade de intervenção militar no Estreito de Taiwan". Segundo ele, as palavras da líder japonesa "constituem uma grosseira interferência nos assuntos internos da China" e "violam gravemente o princípio de Uma Só China e os compromissos políticos assumidos por Tóquio". Lin questionou ainda: "O Japão está tentando desafiar os interesses centrais da China e obstruir a grande causa da reunificação nacional?".

A tensão aumentou após o cônsul-geral chinês em Osaka, Xue Jian, publicar - e depois apagar - uma mensagem no X. "Não temos escolha a não ser cortar aquele pescoço sujo que se lançou sobre nós. Estão prontos?", escreveu. O chefe de gabinete japonês, Minoru Kihara, classificou o comentário como "extremamente inapropriado" e informou que o governo "apresentou um forte protesto" a Pequim.

Lin reiterou que Taiwan é parte da China e que a questão da ilha é um assunto puramente interno, que não admite interferência externa. Ele também advertiu que as tentativas de Tóquio de se alinhar a políticos europeus e taiwaneses representam "um desafio à ordem internacional do pós-guerra" e "um grave dano às relações sino-japonesas".

"China será reunificada - e certamente será reunificada", disse Lin. "Exortamos o Japão a cessar imediatamente a interferência, parar de provocar e não seguir cada vez mais pelo caminho errado", concluiu o porta-voz.

*Com informações da Associated Press.

O governo de Donald Trump voltou à Suprema Corte nesta segunda-feira, 10, para tentar manter congelados os pagamentos integrais do programa federal de assistência alimentar (SNAP, na sigla em inglês) enquanto o governo dos Estados Unidos segue paralisado.

O pedido é o mais recente em uma série de disputas judiciais sobre como deve operar o programa que ajuda 42 milhões de americanos a comprar alimentos durante o shutdown. Cortes inferiores já haviam ordenado o repasse integral, e o procurador-geral D. John Sauer confirmou que o governo quer suspender essas decisões, embora tenha citado relatos de que o Congresso pode encerrar o impasse com um acordo que inclua recursos para o SNAP.

Os Estados seguem em dúvida sobre se podem - ou devem - pagar o benefício integral. No fim de semana, o governo exigiu que revertessem pagamentos feitos após decisão que autorizou o repasse total e antes de uma suspensão temporária da Suprema Corte. "O governo cruzou os braços por quase um mês, enquanto pessoas que dependem do SNAP ficaram sem benefícios", criticou a juíza Julie Rikleman, da Corte de Apelações de Boston.

A Suprema Corte manteve até agora o congelamento e deve decidir nesta terça-feira se o estende. O Congresso também pode aprovar um pacote que reabasteça os fundos e reembolse os Estados que usaram recursos próprios.

Alguns alertam para "perturbações operacionais catastróficas" caso não sejam reembolsados, enquanto outros recorrem a fundos estaduais. "Os atrasos aprofundam o sofrimento de crianças, idosos e famílias trabalhadoras", disse Diane Yentel, do Conselho Nacional de Organizações Sem Fins Lucrativos.

O governo Trump alega que a ordem para pagar o benefício integral viola a Constituição por interferir nos poderes orçamentários dos outros ramos. Em Connecticut, o governador Ned Lamont prometeu não reter os valores já pagos: "Estamos do lado das famílias que dependem deles para comer." Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou nesta segunda-feira, 10, sua conta na Truth Social para exigir que todos os controladores de tráfego aéreo voltem ao trabalho imediatamente, em meio ao shutdown do governo federal. Na publicação, Trump ameaçou punir os servidores que permanecerem afastados, afirmando que "qualquer um que não o fizer terá o salário substancialmente reduzido (docked, no termo em inglês)".

Ele também prometeu recompensar aqueles que continuaram trabalhando durante o que chamou de "paralisação democrata". Segundo ele, os controladores que foram "GRANDES PATRIOTAS e não tiraram NENHUM DIA DE FOLGA" receberão um bônus de US$ 10 mil.

Trump criticou ainda os funcionários que aderiram à paralisação. "Não estou FELIZ com vocês", escreveu. "Vocês não ajudaram os EUA contra o FALSO ATAQUE DEMOCRATA que só quis ferir nosso país."

Ele acrescentou que esses trabalhadores terão "uma marca negativa" em seus registros e que, caso queiram deixar o serviço, "não hesitem em fazê-lo, sem pagamento ou indenização de qualquer tipo".

O presidente dos EUA concluiu exaltando os que permaneceram em serviço: "Deus abençoe vocês - não conseguirei enviar seu dinheiro rápido o suficiente!", e ordenou: "A todos os outros, APRESENTEM-SE AO TRABALHO IMEDIATAMENTE."

O comentário de Trump ocorre em meio a uma crise crescente no setor aéreo dos Estados Unidos. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) reduziu o número de voos após parte dos controladores, sem salário há semanas, deixar de comparecer ao trabalho.

Segundo o Departamento de Transporte, os cortes devem chegar a 10% dos voos nos principais aeroportos até o fim da semana, e só serão revertidos quando as métricas de segurança melhorarem.