PF indicia Bolsonaro, Braga Netto, Heleno e mais 34 por golpe de Estado

Política
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A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, o ex-chefe do GSI general Augusto Heleno e mais 34 investigados na Operações Tempus Veritatis e Contragolpe.

A PF atribui ao ex-chefe do Executivo, militares de alta patentee aliados os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Somadas, as penas máximas previstas para esses delitos chegam a 30 anos de prisão.

Os indiciados são:

- Ailton Gonçalves Moraes Barros

- Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva

- Alexandre Rodrigues Ramagem

- Almir Garnier Santos

- Amauri Feres Saad

- Anderson Gustavo Torres

- Anderson Lima De Moura

- Angelo Martins Denicoli

- Augusto Heleno Ribeiro Pereira

- Bernardo Romao Correa Netto

- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

- Carlos Giovani Delevati Pasini

- Cleverson Ney Magalhães

- Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira

- Fabrício Moreira De Bastos

- Filipe Garcia Martins

- Fernando Cerimedo

- Giancarlo Gomes Rodrigues

- Guilherme Marques De Almeida

- Hélio Ferreira Lima

- Jair Messias Bolsonaro

- José Eduardo De Oliveira E Silva

- Laercio Vergilio

- Marcelo Bormevet

- Marcelo Costa Câmara

- Mario Fernandes

- Mauro Cesar Barbosa Cid

- Nilton Diniz Rodrigues

- Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho

- Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira

- Rafael Martins De Oliveira

- Ronald Ferreira De Araujo Junior

- Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros

- Tércio Arnaud Tomaz

- Valdemar Costa Neto

- Walter Souza Braga Netto

- Wladimir Matos Soares

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo, 9, que "a ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e Caribe", em um sinal indireto às ameaças promovidas pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela. Ele afirmou que "democracias não combatem o crime violando o direito internacional".

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"A ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e Caribe. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais. Somos região de paz e queremos permanecer em paz. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional", declarou.

Segundo Lula, a "democracia também sucumbe quando o crime corrompe as instituições, esvaziam espaços públicos e destroem famílias e desestruturam negócios". O presidente brasileiro disse que garantir "segurança é dever do Estado e direito humano fundamental" e que "não existe solução mágica para acabar com a criminalidade". O presidente defendeu "reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas".

Lula citou a última reunião da cúpula Celac-União Europeia, há dois anos, em Bruxelas. Disse que, naquela época, "vivíamos um momento de relançamento dessa histórica parceria", mas, "deste então, experimentamos situações de retrocessos".

O petista criticou a falta de integração entre os países latinoamericanos. Afirmou que "voltamos a ser uma reunião dividida" e com ameaças envolvendo o "extremismo político".

"A América Latina e o Caribe vivem uma profunda crise em seu projeto de integração. Voltamos a ser uma região dividida, mais voltada para fora do que para si própria. A intolerância cria força e vem impedindo que diferentes pontos de vista possam se sentar na mesma mesa. Voltamos a viver com a ameaça do extremismo político, da manipulação da informação e do crime organizado. Projetos pessoais de apego ao poder muitas vezes solapam a democracia", afirmou.

Em seu discurso, Lula também citou a realização da COP30, em Belém, e mencionou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Disse que o fundo "é solução inovadora para que nossas florestas valham mais em pé do que derrubadas" e que a "transição energética é inevitável".

O petista também lamentou o tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, e manifestou suas condolências às vítimas da tragédia climática dos últimos dias.