Citado 98 vezes no relatório, Braga Netto é apontado pela PF como 'figura central' do golpe

Política
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O general Walter Braga Netto participou do planejamento da prisão e aprovou o plano de assassinato do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O general, segundo o relatório do inquérito da tentativa de golpe mostra que as chamadas "medidas coercitiva" previstas no plano Punhal Verde e Amarelo com o planejamento operacional para ações de Forças Especiais foi feito para ser apresentado ao general.

A conclusão da PF a respeito do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro e vice na chapa com a qual o então presidente buscava a reeleição é particularmente dura. "Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento." E chama o general de "figura central nos atos que tinham o objetivo de subverter o regime democrático no Brasil".

Até a publicação deste texto, a reportagem não havia conseguido localizar a defesa do general. Em nota publicada no sábado, dia 23, o general afirmou que nunca houve tratativas para se dar golpe de Estado no Brasil e negou a existência de um plano para assassinar autoridades.

Braga Netto é um dos personagens mais citados no relatório de 884 páginas da Operação Contragolpe os federais citam seu nome em 98 oportunidades. A operação levou ao indiciamento do ex-presidente e outros 36 acusados por três crimes - tentativa de abolição do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Segundo o relatório, as "ações operacionais para o cumprimento de medidas coercitivas (prisão, assassinato etc.) foram planejadas em reuniões que ocorreram na cidade de Brasília, nos meses de novembro e dezembro de 2022". Ainda segundo os federais, em reunião do dia 8 de novembro, pouco depois do segundo turno da eleição presidencial, os militares investigados ajustaram a elaboração do plano que seria exibido a Braga Netto.

"O documento denominado 'punhal verde amarelo' foi elaborado e impresso no dia 09/11/2022, no palácio do Planalto, pelo Secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que é um 'FE' (Força Especial), tendo inclusive comandando o Comando de Operações Especiais do Exército - COpEsp", diz o relatório.

O documento escrito por Fernandes descreve o levantamento da estrutura de segurança do ministro Moraes, os meios que deveriam ser empregados e a ação final de prisão e execução do ministro. O planejamento também estabelecia a possibilidade, dentre as ações dos kids pretos, como são conhecidos os FEs, o assassino de Lula por envenenamento ou uso de químicos e de seu vice, "com a finalidade de extinguir a chapa presidencial".

Em 12 de novembro de 2022, o relatório afirma que o então ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, e o então major Exército Rafael Martins de Oliveira (hoje tenente-coronel), ambos com formação em Forças Especiais), e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima se reuniram com general Braga Netto, na residência funcional do general, em Brasília.

Segundo os federais, eles "apresentarem o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário". Foi ali que, segundo a PF, o plano "Copa 2022" - parte integrante do plano Punhal Verde e Amarelo - para emprego dos militares denominados "kids pretos" na prisão de Moraes no dia 15 de dezembro foi aprovado.

Após a aprovação do documento, os federais afirmaram que se iniciaram "as ações clandestinas para implementação do planejamento operacional, além de condutas voltadas a orientar e financiar as manifestações que pregavam um golpe militar para manter o então presidente da República Jair Bolsonaro no poder, evidenciando a arregimentação de militares com formação em forças especial para atuarem no cenário de interesse (as manifestações)".

Além de participar do plano golpista, Braga Netto teria dado ordens para que o ex-major Ailton Gonçalves Barros direcionasse ataques pessoais - inclusive a familiares - ao então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e ao então comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior. Também deveriam elogiar o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, um dos 37 indicados no inquérito.

Braga Netto ainda teria orientado a "disseminação de notícias, com o objetivo de atingir a reputação do general Tomás Miguel Miné Ribeiro de Paiva, atual comandante do Exército, integrante do Alto-Comando do Exército (ACE), que também adotou uma posição legalista". Pelos planos dos golpistas, Braga Netto participaria como coordenador-geral do Gabinete Institucional de Gestão de Crise, que seria criado após o golpe sob a direção do general Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Os federais prosseguem afirmando que Braga Netto tinha conhecimento também na disseminação de dados falsos relacionados às urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020. Por meio da análise do material armazenado no aparelho celular de Mauro Cid, os federais encontraram um arquivo em formato docx, com o título "bolsonaro min defesa 06.11-semifinal.docx", endereçado ao general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, então ministro das Defesa.

O mesmo documento foi enviado por Cid a Braga Netto. O documento é datado de 5 de novembro de 2022. Tratava-se de uma minuta a ser assinada por um representante de partido político e que, segundo a PF, "apresenta informações sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas, novamente relacionadas às diferentes gerações de urnas eletrônicas".

Conforme captura de tela efetuada em 14 de dezembro de 2022, o general Braga Netto encaminhou uma mensagem que teria recebido de um "FE" (Forças Especiais), com a seguinte afirmação: "Meu amigo, infelizmente tenho que dizer que a culpa pelo que está acontecendo e acontecerá e do Gen Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente". Ele se referia ao fato de o então comandante do Exército ser contrário à aventura golpista.

Em resposta, Barros sugere continuar a pressionar Freire Gomes e, caso insistisse em não aderir ao golpe de Estado afirmou: "vamos oferecer a cabeça dele aos leões". Braga Netto concorda e dá a ordem: "Oferece a cabeça dele. Cagão". E demonstra seu apoio a manifestações em frente da casa do comandante do Exército. O comandante da Aeronáutica foi chamado então por Braga Netto de "traidor da Pátria". "Santa o pau no Batista Junior (...) traidor da pátria. Daí para frente. Inferniza a vida dele e da família", escreveu o general.

Por fim, Braga Netto manda "viralizar" ataques contra o general Tomás Paiva, que então comandava o Sudeste e era um dos legalistas que se opunham ao golpe no Alto-Comando do Exército (ACE). E insinuava que Paiva era "PT desde pequenininho". A campanha de que generais "melancias", ou "comunistas" foi lançada, segundo os federais, para pressionar os legalistas a aderir ao golpe.

Comandantes denunciam pressão das milícias digitais bolsonaristas

Em depoimento à PF, Freire Gomes disse que a pressão exercida por Braga Netto e pelas "milícias digitais" bolsonaristas se devia ao fato de ele ter se negado a dar o golpe. Baptista Júnior também foi ouvido pelos federais e contou que sofreu uma campanha nas redes sociais, onde era chamado de "melancia" e "traidor" e, por isso, teve de suspendê-las.

Durante as investigações da PF, os federais afirmaram que encontraram documentos "relevantes" na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto. Um deles mostraria que o militar teve acesso a trechos da delação sigilosa firmada por Mauro Cid com a PF.

Em pastas de documentos, que estavam sobre a mesa do coronel na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, foi encontrado um documento, que descreve perguntas e respostas relacionadas ao acordo de Cid com a Polícia Federal. "O conteúdo indica se tratar de respostas dadas por Cid a questionamentos feitos por alguém, possivelmente do grupo investigado, que aparenta preocupação sobre temas identificados pela Polícia Federal relacionados à tentativa de golpe de Estado", diz o documento da PF.

Ele diz ainda: "No documento ainda constam perguntas relacionadas a atuação de Forças Especiais (FE) nas ações violentas ocorridas nos dias 12/12/2022, 24/12/2022 e 08/01/2023, além do conteúdo da colaboração que estaria saindo na imprensa".

Outro documento encontrado na mesa do coronel foi uma pasta denominada "memórias importantes". Nela foi achado um esboço de ações planejadas para a denominada "Operação 142". O plano descrevia "medidas autoritárias, que demonstram a intenção dos investigados em executar um golpe de Estado para manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder: 'Anulação das eleições', 'Prorrogação dos mandatos', 'Substituição de todo TSE' e 'Preparação de novas eleições'".

Diante do documento, o veredicto da PF é duro: "O documento demonstra que Braga Netto e seu entorno, ao contrário do explicitado no documento anterior, tinha clara intenção golpista, com o objetivo de subverter o Estado Democrático de Direito, utilizando uma interpretação anômala do art. 142 da CF, de forma a tentar legitimar o golpe de Estado".

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Bombas e mísseis balísticos atingiram uma prisão ucraniana e uma instalação médica durante a noite desta terça-feira, 29, enquanto os ataques implacáveis da Rússia em áreas civis mataram pelo menos 27 pessoas em todo o país. E tudo isso ocorre a despeito da ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de punir em breve a Rússia com sanções e tarifas se continuar a guerra.

Quatro poderosas bombas planadoras russas atingiram uma prisão na região sudeste de Zaporizhzhia, na Ucrânia, disseram as autoridades. Elas mataram pelo menos 16 prisioneiros e feriram mais de 90 outros, informou o Ministério da Justiça da Ucrânia.

Na região de Dnipro, as autoridades alegaram que mísseis russos destruíram parcialmente um prédio de três andares e danificaram instalações médicas próximas, incluindo um hospital de maternidade e uma ala de hospital da cidade. Pelo menos três pessoas foram mortas, incluindo uma mulher grávida de 23 anos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os ataques russos durante a noite atingiram 73 cidades, vilas e aldeias. "Estes foram ataques conscientes e deliberados - não acidentais", acrescentou ele no Telegram.

Trump disse nesta terça-feira que está dando ao presidente russo, Vladimir Putin, 10 dias para parar a matança na Ucrânia após três anos de guerra, antecipando um prazo de 50 dias que havia dado duas semanas atrás.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em nossa Política de IA.

Apesar das alegações do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, de que não há fome extrema na Faixa de Gaza, a entrega atual de ajuda humanitária no território é insuficiente para conter a crise profunda de desnutrição, segundo cálculos do jornal israelense Haaretz.

A Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), uma organização privada apoiada por Israel e Estados Unidos que tem se ocupado da distribuição de ajuda no território desde que Tel-Aviv impôs um bloqueio de entrada, divulgou esta semana que distribuiu mais de 85 milhões de refeições desde que começou as operações há mais de 50 dias.

O número, porém, está muito aquém do necessário para que os palestinos não passem fome. Segundo cálculos feitos pelo Haaretz, se há mais de 2 milhões de palestinos em Gaza atualmente que necessitam de ao menos três refeições por dia para não serem malnutridos, seriam necessárias 353 milhões de refeições neste período.

"Mesmo que, por algum milagre, os habitantes de Gaza tivessem conseguido dividir igualmente entre si os alimentos distribuídos pela organização, cozinhá-los e extrair todas as calorias e nutrientes que continham, isso ainda seria apenas uma pequena fração dos alimentos de que precisam para sobreviver. E essa lacuna revela apenas a ponta do iceberg da matemática da fome", escreve a publicação.

O jornal destaca também a limitação dos produtos fornecidos pela fundação. De acordo com a publicação, cada pacote de ajuda, em geral, contêm quatro quilos de farinha, três de macarrão, um pote de tahine, quatro quilos de grão-de-bico e lentilhas, uma garrafa de óleo, um quilo de sal e dois quilos de arroz. Alimentos que requerem cozimento.

"Mas isso é uma missão impossível em Gaza hoje, onde quase ninguém tem uma cozinha funcionando, ou mesmo gás para cozinhar", ressalta o jornal. "Além disso, há uma grave escassez de água limpa, que também é necessária para cozinhar esses alimentos. E isso sem mencionar o óbvio: as dificuldades de guardar e armazenar alimentos por alguns dias em meio a repetidos voos e deslocamentos."

Outro problema é logístico. A GHF concentra as distribuições em apenas quatro centros. Isso obriga os palestinos a se deslocarem até os locais, contrariando os padrões de distribuição humanitária que costuma ir até os necessitados. Segundo o Haaretz, esses locais funcionam por um período curto de tempo, geralmente 15 minutos, que é tempo que leva para os alimentos acabarem. Além disso, os horários não são definidos e avisados com antecedência, forçando as pessoas a esperarem.

Essa dinâmica cria uma situação perigosa nos centros de distribuição, com aglomeração de pessoas famintas, disputando pacotes limitados de ajuda. Testemunhas e profissionais de saúde afirmam que as forças israelenses mataram centenas de pessoas ao abrir fogo contra palestinos que tentavam chegar a esses centros de distribuição ou ao se aglomerarem ao redor dos caminhões de ajuda que chegavam. O Exército israelense afirma ter disparado tiros de advertência para dispersar as ameaças.

A investigação do jornal israelense também aponta que, os palestinos que conseguem sobreviver aos tumultos em frente aos centros de distribuição saem coletando os pacotes que consegue carregar, sem que haja uma distribuição igualitária - e que priorizasse grupos vulneráveis como crianças, mulheres e pessoas com alguma necessidade especial.

Em meio a isso, há relatos de quem esteja lucrando com os pacotes de ajuda que consegue coletar. Alguns homens que conseguem pegar alimentos - alguns deles mais caros como atum, queijo e óleo - vendem em locais distantes dos centros. Quanto mais longe da distribuição, mais caro.

Por fim, o jornal denuncia a falta de variedade nos alimentos distribuídos. Não há alimentos especializados para pessoas com doença celíaca, doença cardíaca ou doença renal. E, mais grave ainda, há uma grande escassez de fórmulas infantis.

Mortes por fome

Indo contra todos os relatórios internacionais e as imagens de bebês esqueléticos em Gaza, o premiê Netanyahu afirmou que ninguém em Gaza está passando fome: "Não há política de fome em Gaza, e não há fome em Gaza. Permitimos que a ajuda humanitária chegue a Gaza durante toda a guerra - caso contrário, não haveria moradores em Gaza."

Mas Netanyahu viu seu maior aliado, o presidente Donald Trump, discordar da afirmação, observando as imagens de pessoas famintas: "Essas crianças parecem estar com muita fome", disse.

Na segunda à noite, Netanyahu foi dúbio e emitiu um comunicado no qual reconheceu que a situação no território palestino é "difícil" e disse que Israel está trabalhando para aumentar o fluxo de ajuda humanitária em Gaza.

A Organização Mundial da Saúde informou no domingo, 27, que houve 63 mortes relacionadas à desnutrição em Gaza neste mês, incluindo 24 crianças menores de 5 anos - um aumento em relação ao total de 11 mortes nos seis meses anteriores do ano.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, eleva o número ainda mais, relatando 82 mortes neste mês por causas relacionadas à desnutrição: 24 crianças e 58 adultos. Na segunda-feira, o Ministério informou que 14 mortes foram registradas em 24 horas.

Após pressão internacional, Israel anunciou, no fim de semana, pausas diárias nos ataques aéreos e para permitir a entrada de ajuda estrangeira em Gaza. Mas a população local afirma que pouco ou nada mudou em campo. A ONU descreveu a medida como um aumento de uma semana na ajuda humanitária, e Israel não informou quanto tempo essas medidas durariam.

O Exército israelense afirma que mais de 95 mil caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza desde o início da guerra. Isso representa uma média de 146 caminhões por dia, bem abaixo dos 500 a 600 caminhões por dia que a ONU considera necessários.

Além disso, Israel também autorizou o envio de ajuda pelo ar, o que é um risco aos palestinos já que os produtos podem cair em cima das pessoas ou até se perderem no mar.

"Essa ajuda, entregue dessa forma, é um insulto ao povo palestino", disse Hasan Al-Zalaan, que estava no local de um lançamento aéreo enquanto alguns brigavam pelos suprimentos e latas amassadas de grão-de-bico que estavam espalhados pelo chão.

Israel afirma que o grupo terrorista Hamas é a razão pela qual a ajuda humanitária não chega aos palestinos em Gaza e acusa seus combatentes de desviarem ajuda para apoiar seu domínio no território. A ONU nega que o saque de ajuda humanitária seja sistemático e que diminua ou cesse completamente quando uma quantidade suficiente de ajuda é permitida entrar em Gaza.

A ONU diz que entregar a ajuda permitida em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil. Quando ela chega, é deixada dentro da fronteira com Gaza, e a organização precisa obter permissão militar israelense para enviar caminhões para buscá-la. Mas a ONU afirma que os militares negaram ou impediram pouco mais da metade dos pedidos de movimentação de seus caminhões nos últimos três meses.

Se a ONU conseguir recolher a ajuda, multidões famintas e gangues armadas invadem os comboios e saqueiam suprimentos. A polícia civil comandada pelo Hamas já forneceu segurança em algumas rotas, mas isso parou depois que Israel os atacou com ataques aéreos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça, 29, que "nunca discuti com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer o reconhecimento da Palestina pelo Reino Unido" e negou qualquer conversa nesse sentido. "Nunca discutimos a decisão do Reino Unido de reconhecer o Estado palestino, a menos que Israel atue em Gaza", disse.

Em coletiva a bordo do Air Force One, Trump também destacou os esforços internacionais para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. "Muito dinheiro está sendo enviado à Gaza para comida por vários países, como os EUA", afirmou. Segundo ele, "Israel quer garantir que a distribuição de comida em Gaza seja feita da maneira correta".

O presidente contou ainda que falou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, há 2 dias, e que os EUA "mandaram dinheiro para Israel para levar comida até Gaza". Questionado se é possível confiar em Israel para cumprir essa missão, respondeu: "Sim, Israel quer fazer isso. Israel não quer o Hamas roubando comida".