Bolsonaro publica vídeo com risadas após divulgação de relatório da PF

Política
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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) republicou na terça-feira, 26, um vídeo nas redes sociais em que aparece tomando caldo de cana em um bar e rindo. A postagem ocorreu logo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornar público o relatório da Polícia Federal que aponta o ex-chefe do Executivo como líder de uma tentativa de golpe de Estado.

 

Na gravação, publicada originalmente em um dos perfis dele três dias atrás, Bolsonaro aparece sentado no balcão de um boteco, com a camisa do Santos, quando um homem pergunta: "E aí presidente, como é que está o caldo de cana?."

 

O ex-presidente responde: "De graça, está excelente."

 

Em seguida, ele dá uma risada descontraída para a câmera, enquanto a cena é acompanhada de textos exibindo "hahaha" espalhados pela tela.

 

Bolsonaro, que chegou a Brasília na segunda-feira, 25, admitiu que um estado de sítio foi considerado durante o fim de seu mandato, mas negou participação em qualquer plano de golpe.

 

Ele classificou as acusações como "coisa séria" e afirmou que uma ruptura institucional não seria liderada por "um general da reserva e meia dúzia de oficiais".

 

O que diz o relatório da PF sobre tentativa de golpe

 

Segundo a PF, a investigação mostrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro "planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade".

 

O relatório da PF aponta ainda que Bolsonaro tinha apoio de oficiais de alta patente, mas enfrentou resistência dos comandantes do Exército e da Aeronáutica. A investigação levou ao indiciamento de 25 militares, incluindo sete generais.

 

O caso agora está com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode oferecer ou não uma denúncia ou ainda solicitar novas diligências.

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O Irã apoiou o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah do Líbano, o principal parceiro militante de Teerã no Oriente Médio. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, elogiou o cessar-fogo em uma declaração na manhã desta quarta-feira, 27.

Baghaei disse que o Irã ainda busca um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas, na Faixa de Gaza, mas abandonou a demanda de que ocorresse simultaneamente ao cessar-fogo no Líbano.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã também pediu que o Tribunal Penal Internacional (TPI) julgue os "criminosos do regime de ocupação", referindo-se a Israel.

O TPI emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant. Fonte: Associated Press

As forças navais egípcias resgataram cinco pessoas na terça-feira, 26, e recuperaram quatro corpos, um dia após o naufrágio de um iate turístico que transportava 44 passageiros na cidade costeira de Marsa Alam, no Mar Vermelho. O iate afundou devido ao mau tempo, informaram as autoridades. Até agora são 33 sobreviventes, enquanto sete pessoas continuam desaparecidas.

O Sea Story, um liveaboard (embarcação projetada para viagens prolongadas no mar), enviou um sinal de socorro depois que uma grande onda atingiu a embarcação, fazendo-a virar, de acordo com relatos de sobreviventes.

Alguns passageiros estavam dentro das cabines quando o barco virou em questão de minutos, segundo os depoimentos.

Uma operação de resgate, ainda em andamento, foi iniciada, e 28 pessoas foram resgatadas na segunda-feira, 25.

Na terça-feira, o governador da região do Mar Vermelho, Amr Hanafy, informou que os cinco sobreviventes são dois belgas, um egípcio, um cidadão suíço e um finlandês. Ele também disse que os quatro corpos ainda não foram identificados.

A embarcação transportava 13 egípcios, incluindo membros da tripulação, e 31 estrangeiros dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Polônia, Bélgica, Suíça, Finlândia, China, Eslováquia, Espanha e Irlanda.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou na terça-feira que três alemães continuam desaparecidos, enquanto outros três foram resgatados. Enquanto isso, Pawel Wronski, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, afirmou que dois cidadãos poloneses, um homem e uma mulher, também estão desaparecidos, e que suas famílias foram notificadas.

Turbulências e ondas altas

Os liveaboards geralmente partem para excursões de vários dias. O Sea Story deixou o porto de Ghalib, em Marsa Alam, no domingo, com previsão de chegar a Hurghada cinco dias depois.

Ele naufragou a 46 milhas náuticas de Marsa Alam, segundo o governador.

As autoridades informaram que o barco não apresentava problemas técnicos, possuía todas as autorizações necessárias para a viagem e passou pela última inspeção de segurança naval em março.

De acordo com o site do operador da embarcação, Dive Pro Liveaboard, o Sea Story foi construído em 2022 e tem capacidade para 36 passageiros.

No sábado, a Autoridade Meteorológica do Egito alertou sobre turbulências e ondas altas, recomendando evitar atividades marítimas no domingo e na segunda-feira.

Marsa Alam é famosa por suas praias intocadas, uma grande variedade de vida marinha e frequentes tubarões, especialmente o curioso tubarão galha-branca oceânico, atraindo entusiastas de mergulho de todo o mundo. No entanto, alguns dos pontos de mergulho são desafiadores, com fortes correntes, e exigem certificação avançada.

O exército egípcio também está envolvido na coordenação da operação de resgate./AP

Os presidentes de Estados Unidos, Joe Biden, e França, Emmanuel Macron, afirmaram que os dois países trabalharão conjuntamente para assegurar o cumprimento do acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Líbano.

"O anúncio de hoje irá cessar os combates no Líbano e proteger Israel da ameaça do Hezbollah e de outras organizações terroristas que operam a partir do Líbano", afirmam, em comunicado conjunto divulgado nesta terça, 26.

Biden e Macron se disseram empenhados em evitar que o conflito se converta em um novo ciclo de violência na região. "Os Estados Unidos e a França também se comprometem a liderar e apoiar os esforços internacionais para o reforço da capacidade das Forças Armadas Libanesas, bem como o desenvolvimento econômico em todo o Líbano, para promover a estabilidade e a prosperidade na região", ressaltam.