Não há governador ou prefeito que se diga discriminado por não ser base de Lula, diz Haddad

Política
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comporta como nos mandatos anteriores e não faz distinção político partidária na hora de atender a prefeitos ou governadores quando as demandas visam atender ao cidadão e que não há discriminação por não ser da base governista.

"Uma coisa é o Tarciso (de Freitas, governador de São Paulo) ser de um partido e o Lula ser de outro. A outra coisa é o presidente da República não entender que precisa ter uma nova linha de metrô em São Paulo. Não entender que precisa ter investimento contra enchente na cidade", disse Haddad, também mencionando demandas do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "O presidente nunca me deu um telefonema que não fosse para agilizar o atendimento a estados e municípios", declarou.

Haddad disse ter tranquilidade sobre o tratamento dado pelo Executivo aos governos regionais. "Nós somos uma República federativa e o governo central vai atender os entes federados. Você não vai encontrar um prefeito, um governador que possa dizer que está sendo discriminado por não compor a base de sustentação do governo do presidente Lula", disse.

'Pacto geracional'

Haddad reconheceu que o calendário eleitoral pesa na tomada de decisões do governo, mas disse que o seu papel enquanto estiver na função é fazer um pacto geracional para o crescimento do País, priorizando a responsabilidade fiscal. Ele diz que o governo Lula 3 já obteve muitos resultados significativos, mas que é preciso avançar mais.

"É óbvio que o calendário eleitoral importa, mas para quem está cuidando da economia do país, você está pensando em uma coisa estrutural. Você quer que um ciclo se abra de desenvolvimento no país, então evidentemente que o calendário eleitoral importa, mas o ministro da Fazenda, ele está pensando em fazer um pacto geracional", disse.

Haddad reforçou fala que fez em almoço promovido pela Febraban e disse que a responsabilidade fiscal não é projeto de governo, e sim de Estado. "Todo mundo tem que ter compromisso com isso - a oposição, a situação, o Congresso Nacional, o Judiciário. Depois de dez anos de déficit público, alguém tem que tomar uma providência para transformar a questão das finanças públicas numa política de Estado", completou.

O ministro diz que ao colocar as contas em ordem, o caminho do País está traçado. Ele defendeu a melhoria do ambiente de negócio e produtividade e o mergulho na economia verde como ferramentas para impulsionar a atividade econômica, além de citar o potencial do agronegócio brasileiro.

Ele concedeu entrevista à Rede Record nesta sexta-feira, 29. A íntegra será exibida na Record News e parte da gravação será veiculada no Jornal da Record.

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O Parlamento da Coreia do Sul destituiu neste sábado, 14, Yoon Suk Yeol do cargo de presidente do país. O motivo foi a tentativa de estabelecer a lei marcial em 3 de dezembro - o Congresso derrubou a lei marcial poucas horas após ela ter sido instituída.

Na última quinta, 11, o então presidente Yoon Suk Yeol defendeu seu decreto de lei marcial como um ato de governança e negou as acusações de rebelião.

A declaração televisionada de aconteceu veio horas antes de o principal partido liberal de oposição, o Partido Democrata, apresentar uma nova moção de impeachment contra Yoon - a que viria a ser aprovada nesta sábado, 14.

A tentativa anterior de impeachment de Yoon fracassou no último sábado, com os legisladores do partido no poder boicotando uma votação na Assembleia Nacional.

O decreto de lei marcial de Yoon em 3 de dezembro gerou caos político e protestos pedindo sua deposição. O presidente sul-coreano disse que a introdução da lei marcial tinha como objetivo defender a democracia liberal e a ordem constitucional do país diante do partido de oposição liberal, que, segundo ele, paralisou os assuntos do estado e ameaçou a constituição.

"Lutarei até o fim para impedir que as forças e os grupos criminosos responsáveis por paralisar o governo do país e perturbar a ordem constitucional da nação ameacem o futuro da República da Coreia", disse Yoon.

Yoo disse que seu decreto de lei marcial foi um ato de governança que não pode ser objeto de investigações e não equivale a uma rebelião. "A oposição agora está fazendo uma dança de facas de caos, alegando que a declaração da lei marcial constitui um ato de rebelião. Mas foi realmente?" Yoon disse.

O foco principal da investigação é descobrir se Yoon e outros altos oficiais militares e governamentais envolvidos na imposição da lei marcial cometeram rebelião. Uma condenação por rebelião acarreta uma pena máxima de morte.

O que é lei marcial?

A constituição sul-coreana permite que o presidente utilize as forças armadas para manter a ordem em situações de guerra ou emergências nacionais comparáveis. Isso inclui a suspensão de direitos civis, como liberdade de imprensa e reuniões, e limitações temporárias aos poderes de tribunais e agências governamentais.

No entanto, o parlamento tem o poder de anular a declaração com uma votação majoritária - o que ocorreu. Especialistas afirmam que Yoon ultrapassou os limites de suas atribuições legítimas, pois a constituição não permite que o presidente use o exército para suspender o parlamento. Além disso, questionaram se a situação do país realmente é comparável a uma guerra./AP.

Na quarta-feira, o gabinete de Yoon resistiu a uma tentativa da polícia de revistar o complexo.

O Parlamento sul-coreano destituiu neste sábado, 14, Yoon Suk Yeol do cargo de presidente do país. O motivo foi a tentativa de estabelecer a lei marcial em 3 de dezembro, abrindo uma crise política - o Congresso derrubou a lei marcial poucas horas após ela ter sido instituída.

Dos 300 deputados da Câmara, 204 votaram a favor da destituição do presidente por insurreição, enquanto 85 votaram contra, três se abstiveram e oito votos foram nulos, segundo os resultados anunciados pela presidência do órgão.

O presidente não se manifestou diante do resultado definido no Parlamento. Mais cedo, a KBS, emissora nacional, disse que ele estava assistindo à votação de sua residência oficial em Seul.

Agora, os poderes e deveres presidenciais de Yoon serão suspensos após as cópias de um documento sobre o impeachment serem entregues a ele e à Corte Constitucional. O primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá como líder interino, segundo a Constituição sul-coreana. Uma eleição nacional para escolher seu sucessor deve ser realizada em 60 dias.

Manifestações pelo impeachment

Essa foi a segunda votação da Assembleia Nacional sobre a moção de impeachment do presidente. No último sábado, Yoon sobreviveu a uma votação de impeachment depois que a maioria dos legisladores do partido governante boicotou a votação no plenário.

Alguns legisladores do People Power Party anunciaram suas intenções de votar pelo impeachment de Yoon em uma segunda votação, à medida que os protestos públicos contra ele se intensificavam e seu índice de aprovação despencou.

Dezenas de milhares de pessoas enfrentaram o frio cortante e saíram às ruas da capital, Seul, todas as noites nas últimas duas semanas, pedindo a deposição e prisão de Yoon. Eles gritaram slogans, cantaram, dançaram e acenaram com bastões de luz K-pop. Grupos menores de apoiadores conservadores - ainda na casa dos milhares - também se reuniram em Seul, denunciando tentativas de impeachment do presidente. Ambas as manifestações foram em grande parte pacíficas.

A imposição da lei marcial de Yoon, a primeira do tipo em mais de quatro décadas na Coreia do Sul, durou apenas seis horas, mas causou tumulto político massivo, interrompeu atividades diplomáticas e abalou os mercados financeiros. Yoon foi forçado a suspender seu decreto após o parlamento votar unanimemente para anulá-lo.

A moção de impeachment alegou que o presidente "cometeu uma rebelião que fere a paz na República da Coreia ao encenar uma série de tumultos". Segundo o pedido, a mobilização de forças militares e policiais por Yoon ameaçou a Assembleia Nacional e o público, e seu decreto de lei marcial tinha como objetivo perturbar a Constituição. /AP e NYT

Discutindo o desenrolar da situação na Síria em reunião virtual do G7, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a queda do regime brutal de Assad deve ser bem-vinda, mas que o grupo deve se manter atento ao que virá em seguida. A prioridade deve ser a segurança do povo sírio e, ao mesmo tempo, apoiar uma transição política que leve a uma governança confiável, inclusiva e não sectária em nome dos sírios.

Todos os líderes concordaram que a integridade territorial, a independência e a soberania da Síria devem ser respeitadas durante todo o processo de transição e no futuro.

Em relação à Ucrânia, o primeiro-ministro afirmou que, como Moscou não dá sinais de que vai ceder, é vital que outros líderes do G7 continuem "maximizando a dor de Putin", aumentando o apoio militar aos ucranianos e intensificando a pressão econômica, inclusive por meio de novas sanções.