Hugo Motta: Questão das emendas foi acordada entre Poderes; Parlamento quer cumprimento

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, afirmou que o pagamento das emendas parlamentares foi acordado entre os Poderes e o Parlamento espera que o acordo seja cumprido. Segundo ele, o Congresso espera o "destravamento" do orçamento pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.

 

"A questão das emendas foi feito um acordo entre os Poderes onde estavam lá representados o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Poder Legislativo e o que o Parlamento quer é o cumprimento desse acordo para que o orçamento possa ser destravado", disse Motta a jornalistas durante a tradicional reunião-almoço dos parlamentares da frente da agropecuária nesta terça-feira, 3, em Brasília.

 

"Entendemos que o Congresso cumpriu a sua parte, o Executivo sancionou a lei e agora esperamos que o Judiciário, através do ministro Flávio Dino, possa fazer a liberação, o destravamento, melhor dizendo, do orçamento para que possamos ter o andamento fluindo de maneira normalizada", afirmou.

 

Na fala, o candidato voltou a ressaltar o alinhamento prévio com as pautas prioritárias da frente do agro e disse que há um "total comprometimento e sintonia" com assuntos do setor brasileiro. Motta também afirmou que, caso eleito presidente da Câmara, irá buscar uma agenda positiva ao País em sinergia com o Senado.

 

"Nós vamos buscar o próximo presidente do Senado, que deve ser o senador Davi Alcolumbre, para termos essa sinergia sendo combinada e, com isso, termos os assuntos tanto de interesse da Câmara como do Senado andando nas duas Casas", comentou. Ele afirmou que não quer "atropelar" o andamento do Senado. "Nós queremos deixar claro que a Câmara e o Senado trabalhando conjuntamente", acrescentou.

 

Para o próximo ano, entre as prioridades da frente estão a aprovação do projeto de lei da reciprocidade ambiental, que tramita em regime de urgência na Câmara o pacote anti-invasão e o projeto de lei do seguro rural, que tramita em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O pacote anti-invasão trata-se de uma série de projetos de lei, entre eles o PLP 709/23 e o 8262/2017, que endurecem as penas para quem invade propriedades privadas, com foco no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O pacote prevê também critérios mais rígidos para regularização fundiária e para agilizar a reintegração de posse das áreas, incluindo a exclusão de benefícios sociais para os invasores.

 

"O Congresso nada mais quer do que a reafirmação daquilo que nos é garantido pela nossa Constituição, nós não negociamos esses termos", disse. "Nós queremos o cumprimento da Constituição e que o poder Legislativo possa ser respeitado pelo tamanho e pela importância que tem."

 

Na coletiva à imprensa, o deputado também avaliou que a COP30 no Brasil pode ser a oportunidade para acabar com a criminalização do agro.

Em outra categoria

Representantes da diplomacia dos países do Brics participam na manhã desta terça-feira, 29, da última plenária da reunião de chanceleres do grupo, no Palácio do Itamaraty, na região central do Rio de Janeiro. Os ministros devem divulgar em seguida um comunicado conjunto, que subsidiará a Declaração Final da Cúpula de Líderes do grupo, marcada para julho, também na capital fluminense.

A reunião é a primeira agenda oficial de ministros das Relações Exteriores do Brics após a expansão do grupo, que atualmente inclui 11 países-membros e nove países parceiros.

A sessão desta manhã trata de discussões sobre "O papel do Sul global no reforço do multilateralismo".

Os trabalhos, coordenados pelo embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, têm a participação do embaixador da Índia Dammu Ravi e dos ministros de relações internacionais de outros países fundadores do grupo - Wang Yi (China), Sergey Lavrov (Rússia) e Ronald Lamola (África do Sul).

Também participam autoridades de relações exteriores de outros países: Reem Al-Hashimy (Emirados Árabes Unidos), Waleed Al-Khuraiji (Arábia Saudita), Gedion Timothewos (Etiópia), Tri Tharyat (Indonésia), Seyed Rasoul Mohajer (Irã), Ragui El Etreby (Egito), Sergey Lukashevich (Belarus), Celinda Sosa Lunda (Bolívia), Akan Rakhmetullin (Cazaquistão); Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla (Cuba); Dato' Seri Utama Haji Mohamad bin Hasan (Malásia); Yusuf Maitama Tuggar (Nigéria); Maris Sangiampongsa (Tailândia); Odongo Jeje Abubakhar (Uganda) e Furkat Sidikov (Usbequistão).

Às 14 horas, Vieira deve dar uma declaração à imprensa.

A companhia elétrica portuguesa EDP afirma que o fornecimento de eletricidade foi totalmente restabelecido nas redes de distribuição do país após um apagão que afetou Espanha e Portugal na segunda-feira, 28, segundo o CEO Miguel Stilwell dAndrade em comentários enviados por e-mail.

Ele afirma que a pane no sistema energético ibérico foi sem precedentes. "As usinas da EDP responderam de forma eficaz aos pedidos da REN e da REE, operadoras dos sistemas elétricos dos dois países, entrando rapidamente em operação para apoiar o equilíbrio da rede. Simultaneamente, a empresa garantiu a plena disponibilidade de sua infraestrutura, contribuindo com a flexibilidade necessária para estabilizar o sistema", disse Stilwell dAndrade. Fonte: Dow Jones Newswires.

O fornecimento de energia foi quase totalmente restabelecido na Espanha na manhã desta terça-feira, 29, após o apagão que deixou milhões de pessoas às escuras desde o início da tarde da véspera. A Red Elétrica, que opera o sistema de energia espanhol, informou que 99% da demanda já havia sido restabelecida.

O blecaute que também atingiu Portugal ainda não tem as causas conhecidas. Já na noite da segunda-feira, o fornecimento havia retornado à maioria do território português.

Em Madri, aplausos irromperam de varandas quando a eletricidade voltou. Fonte: Associated Press.