Deputados bolsonaristas batem boca com governistas em comissão na Câmara

Política
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A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados teve momentos de tensão nesta quarta-feira, 11, marcada por uma confusão generalizada entre parlamentares. A disputa se intensificou quando deputados da base do governo e bolsonaristas entraram em confronto verbal. Apesar de serem minoria no colegiado, os bolsonaristas conseguiram paralisar os trabalhos.

No centro da confusão estavam os deputados Marco Feliciano (PL-SP), Hélio Lopes (PL-RJ) e Gilvan da Federal (PL-ES), que interromperam aos gritos a presidente da comissão, Daiana Santos (PCdoB-RS), pouco antes do início da ordem do dia. A tentativa de restaurar a ordem incluiu a concessão de palavra a Feliciano, mas a gritaria continuou.

Parlamentares bolsonaristas exigiam direito de resposta após serem mencionados em discursos de colegas. Houve ameaças feitas por governistas de levar o incidente ao Conselho de Ética. Essa não foi a primeira vez que o grupo tentou obstruir os trabalhos na comissão e tampouco é inédita a confusão no colegiado.

Em junho, nesse mesmo colegiado, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) passou mal e precisou ser levada a uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) após uma sessão tumultuada. Ela começou a passar mal quando discursava sobre uma matéria a qual qera era relatora na comissão. Ela tem 90 anos.

Ainda nesse mesmo dia, Delegado Éder Mauro (PL-PA) não aguentou a provocação de um militante de esquerda e partiu para cima dele. O deputado deu um empurrão e um assessor dele deu um tapa na cara do ativista.

Um dos pontos de maior atrito na sessão desta quarta-feira ocorreu quando os bolsonaristas tentaram, sem sucesso, convocar a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo. Eles queriam explicações sobre a exibição de um filme com conteúdo sexual em uma escola no Acre, mas foram derrotados na votação.

Outras pautas da sessão incluíram medidas de equidade na saúde para a população negra durante crises sanitárias, ações de proteção às vítimas de crimes de racismo, a criação de um protocolo nacional antirracista e alterações na política urbana para incluir questões de gênero, raça e etnia.

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O ex-presidente do Uruguai, José Mujica, de 89 anos, declarou que o câncer de esôfago que trata desde abril do ano passado se espalhou para o fígado. Em entrevista ao jornal uruguaio Búsqueda, o político apontou que não existe uma expectativa do corpo médico para uma melhora em seu estado de saúde.

"Estou morrendo", declarou Mujica ao jornal uruguaio, em uma entrevista realizada na chácara do ex-presidente em Rincón del Cerro, zona rural da capital Montevidéu.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cancelou sua ida a Roma, na Itália, que seria sua última visita ao exterior durante a presidência, devido aos incêndios na Califórnia. O democrata deveria partir na tarde desta quinta-feira para ter reuniões com o presidente italiano, Sergio Mattarella, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, o Papa Francisco, além de um encontro pessoal com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em um comunicado que a decisão de cancelamento foi tomada após a visita de Biden a Los Angeles, onde se encontrou com a polícia, bombeiros e equipes de emergência e aprovou a declaração de Grande Desastre para a Califórnia.

A medida permite que o financiamento federal seja disponibilizado para moradia temporária e reparos residenciais, bem como empréstimos de baixo custo para cobrir perdas de propriedade não seguradas.

A viagem seria uma conclusão da presidência de Biden e uma oportunidade final de demonstrar a força das alianças norte-americanas antes de deixar o cargo em 20 de janeiro, quando o presidente eleito, Donald Trump, assumirá o posto. Fonte: Associated Press.

Incêndios devastadores estão assolando a área de Los Angeles, alimentados pelos fortes ventos e fazendo com que os moradores fujam das casas em chamas. Milhares de bombeiros estão lutando contra pelo menos três incêndios separados nesta quarta-feira, 8, desde a costa do Pacífico até Pasadena.

Com um número estimado de 1.000 estruturas destruídas e as chamas ainda se espalhando, o incêndio é o mais destrutivo da história de Los Angeles, de acordo com as estatísticas mantidas pela Wildfire Alliance, uma parceria entre o corpo de bombeiros da cidade e a MySafe:LA.

Através da rede social Truth, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o governador Gavin Newscum se recusou a assinar a declaração de restauração da água apresentada a ele, que teria permitido que milhões de galões de água, provenientes do excesso de chuva e do derretimento da neve do Norte, fluíssem diariamente para muitas partes da Califórnia.

"Agora o preço final está sendo pago. Exigirei que esse governador incompetente permita que a água doce, limpa e bonita flua para a Califórnia!", escreveu Trump.

*Com informações da Associated Press