Rio: PF mira empresários e políticos que compram votos para se manter no poder na Baixada

Política
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A Polícia Federal deflagrou (PF) nesta sexta-feira, 13, a Operação Têmis contra suposta organização criminosa que atua há anos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, movimentando quantias milionárias para comprar votos e financiar campanhas.

 

Entre os alvos da ofensiva estão: o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (atual secretário de transportes do Rio); Wilson Reis, atual prefeito da cidade; e Divair Alves de Oliveira Jr, o vereador Júnior Reis. Na casa deste último, a PF apreendeu R$ 23 mil em espécie.

 

A reportagem busca contato com os investigados. O espaço está aberto para manifestações.

 

Não é a primeira vez que o clã Reis é alvo da PF neste ano. Integrantes da família são investigados como integrantes de um braço do esquema de fraudes em cartões de vacinação da covid-19 - o qual levou ao primeiro indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Neste caso, a PF também imputou crime ao deputado federal Gutemberg Reis, irmão de Washington.

 

Agentes foram às ruas para cumprir 22 mandados de busca e apreensão em São João do Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

As investigações tiveram início em outubro, quando a PF prendeu em flagrante um homem com R$ 1,9 milhão em espécie que seria usado para compra de votos.

 

Segundo a PF, o preso integra uma organização criminosa, junto de políticos e empresários, que opera em Duque de Caxias e São João de Meriti.

O inquérito mostrou que o grupo "movimentou cifras milionárias para financiar, ilicitamente, campanhas de candidatos a cargos políticos".

 

A PF vê indícios de que empresas contratadas pelo poder público eram utilizadas para favorecer agentes políticos em suas campanhas, para manter a hegemonia do grupo nos municípios. A ofensiva apura supostos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

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O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou que teve uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira passada e que combinaram um encontro na Casa Branca na próxima terça-feira, 6 de maio. Segundo o líder canadense, o foco das negociações serão tanto as pressões comerciais imediatas quanto o relacionamento econômico e de segurança futuro.

"Trump não mencionou o 51º Estado na ligação", disse Carney, em referência às falas do republicano de tornar o país-vizinho como mais um estado americano. "Não espero um acordo imediato na reunião em Washington. Espero conversas difíceis, mas construtivas, com Trump", acrescentou, ao classificar Trump como "um bom negociador".