PSOL pedirá a governo extinção do grupo de elite do Exército Kids Pretos

Política
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Parlamentares do PSOL vão pedir ao governo a extinção dos Kids Pretos, um grupo da elite militar que faz parte do Comando de Operações Especiais (Copesp) do Exército Brasileiro e que atua em missões sigilosas e de alto risco. A informação foi divulgada pela CNN e confirmada pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com a assessoria da bancada do partido na Câmara.

A alcunha Kids Pretos para essa elite militar se dá porque o grupo usa gorros pretos nas operações especiais.

A iniciativa do pedido é do deputado Chico Alencar. A ideia é enviar um ofício ao Ministério da Defesa na segunda-feira, 16. Junto, o PSOL também planeja protocolar um requerimento para obter detalhes sobre as atividades dos batalhões especiais da Força Armada. Os textos estão sendo redigidos neste final de semana.

Segundo a Polícia Federal, integrantes do Kids Pretos teriam sido designados a matar por envenenamento o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice, Geraldo Alckmin, e a armar artefatos explosivos para tirar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Mais cedo, ex-ministro de Jair Bolsonaro e general da reserva Walter Braga Netto foi preso preventivamente pela PF.

Contra ele, pesa a acusação de articulação do plano que culminaria em um golpe de Estado, depois que Bolsonaro perdeu a eleição presidencial para Lula, em novembro de 2022.

Para a Procuradoria-Geral da União (PGR), a detenção de Braga Neto evitaria interferências na investigação.

O PSOL já havia enviado ao STF no mês passado pedidos de prisão preventiva de Bolsonaro e de Braga Netto.

Os membros da Copesp foram alvos da Operação Contragolpe, também deflagrada pela PF há quase um mês. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes. Alguns membros do Kids Pretos já foram presos, como Hélio Ferreira Lima, Mario Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo.

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O Irã criticou a reunião do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), avaliando que o encontro representou uma interferência injustificada no engajamento construtivo em andamento entre o país e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "(A reunião) serve apenas a um propósito: continuar a política fracassada e ilegal de pressão máxima contra o Irã", disse o embaixador do Irã nas Nações Unidas, Sa'eed Iravani, em uma declaração divulgada nesta quinta-feira, 13.

O Conselho de Segurança realizou, na quarta-feira, uma reunião privada sobre o Irã, solicitada pela. França, Grécia, Panamá, República da Coreia, Reino Unido e EUA. Os países citaram apreensão sobre o aumento da produção de urânio altamente enriquecido pelo Irã.

"As questões levantadas para esta reunião são puramente técnicas e se enquadram exclusivamente no mandato da AIEA. Essas questões foram discutidas na semana passada no conselho de governadores da AIEA em Viena. Não há base legítima para o envolvimento do Conselho de Segurança", avaliou o representante iraniano em documento.

Iravani elogiou a postura de membros do Conselho que aderem a uma abordagem imparcial e baseada em princípios e em fatos, rejeitando qualquer tentativa de explorar este órgão para fins políticos.

"As atividades nucleares do Irã são inteiramente pacíficas", afirmou Iravani, acrescentando que o país não violou o Plano de Ação Conjunto Global (Jcpoa, na sigla em inglês), que impôs restrições ao programa nuclear iraniano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13.

"Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.

Na ocasião, Putin disse que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.

Segundo o Kremlin, tropas ucranianas estão em total isolamento em Kursk e a atual proposta do cessar-fogo não deixa claro como a situação se desdobrará na região e em outros locais.

O presidente russo disse que, caso os EUA e a Rússia concordem em estabelecer uma cooperação energética, um gasoduto para a Europa pode ser fornecido.

"Será benéfico para a Europa, graças ao gás russo barato", defendeu Putin.

A Rússia e a Bielorrússia consideraram as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no contexto do conflito com a Ucrânia como "hostis e desestabilizadoras", segundo uma declaração em conjunta dos países lida pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. "A Rússia e a Bielorrússia estão prontas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta às ações da Otan", menciona o comunicado. De acordo com o informativo, planos para implantar mísseis americanos na Europa desestabilizam a situação.