Prisão de Braga Netto não deve acelerar denúncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe

Política
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A prisão do general Walter Braga Netto não altera o cronograma previsto pelo procurador-geral da República Paulo Gonet para analisar o relatório final da Polícia Federal (PF) no inquérito do golpe e, eventualmente, oferecer a denúncia contra os 40 indiciados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pessoas que acompanham o processo asseguram que as conclusões da PGR serão apresentadas no início de 2025, como estava previsto, e que a prisão do general, apesar do "peso", não acelera a análise do caso pelo procurador-geral. Gonet dispensa cautela redobrada ao caso. Além disso, o Judiciário entra em recesso depois da semana que vem.

A prisão de Braga Netto é considerada pelos investigadores a mais importante até o momento. O general fez parte do primeiro escalão do governo Bolsonaro. Ele foi ministro da Casa Civil e da Defesa e, em 2022, foi vice na chapa do ex-presidente.

Braga Netto foi preso preventivamente por tentar obstruir a investigação sobre o plano de golpe. Segundo a PF, ele tentou conseguir informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid para repassar a outros investigados e também alinhou versões com aliados.

O procurador-geral e sua equipe analisam minuciosamente o material reunido pela PF. Gonet avalia a robustez das provas e a participação de cada investigado no plano de golpe. Além do relatório final, em si, o processo tem centenas de outros documentos, como depoimentos e perícias, que somam milhares de páginas.

Com o envio da denúncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá julgar o caso ainda no primeiro semestre de 2025.

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Enviados da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (19) uma nova série de sanções contra a Rússia, que entrarão em vigor na próxima semana, no terceiro aniversário da invasão russa na Ucrânia. A medida acontece enquanto os europeus são mantidos afastados das negociações para um acordo de paz entre os países, com mediação dos Estados Unidos, para encerrar o conflito.

Quase 50 autoridades russas serão alvos das sanções, juntando-se a uma lista que já inclui o presidente russo, Vladimir Putin, vários de seus associados e dezenas de legisladores. Entre as medidas estão restrições a 13 bancos russos e três instituições financeiras. As ações contra a Rússia também mencionam proibições de viagens, congelamento de ativos, restrições comerciais e transporte marítimo ilegal de petróleo. Fonte: Associated Press.

Em entrevista à Fox News, que foi ao ar na noite da terça-feira, 18, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a participação de Elon Musk no governo e disse que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado pelo empresário, tem um papel fundamental para que os decretos da Casa Branca sejam colocadas em prática.

"Você escreve um belo decreto e assume que o que está escrito vai ser feito, mas não é. O que ele [Musk] faz, é pegar algumas pessoas muito brilhantes que estão trabalhando com ele e fazer tudo acontecer. Ele é um líder", disse Trump, que concedeu a entrevista ao lado de Musk.

O presidente americano também se defendeu das críticas de que já teria perdido o "controle do governo" para o empresário. Segundo Trump, isso não passa de uma ideia falsa propagada pela imprensa para tentar criar uma rivalidade entre os dois.

Musk também disse que irá "se afastar" de discussões sempre que houver algum tipo de conflito de interesse entre suas funções governamentais e suas empresas.

Gastos

Na entrevista, Musk e Trump ainda reforçaram a promessa de enxugar os gastos do governo americano, fazendo diversas críticas à distribuição de recursos da agência para Assuntos Internacionais Desenvolvimento (USAID, na sigla em inglês) pelo mundo e ao plano de economia verde da administração de Joe Biden. Eles prometeram uma economia de cerca de US$ 1 trilhão, que, caso não seja feita, levará os Estados Unidos falência.

"O objetivo geral é tentar tirar US$ 1 trilhão do déficit. Se o déficit não for controlado, os Estados Unidos vão à falência", disse Musk. Trump prometeu que recursos para o sistema de saúde e seguridade social, porém, serão poupados, a menos que haja irregularidades nos pagamentos.

O presidente ainda associou o excesso de gastos da administração anterior com o retorno da inflação, e disse que "não tem nada a ver" com isso.

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 18, que dá aos seus indicados políticos um controle de longo alcance sobre as agências federais que, durante décadas, operaram independentemente da influência da Casa Branca.

A ordem exige que os órgãos independentes apresentem as principais regulamentações ao escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca para análise. O escritório é dirigido por Russell Vought, um aliado de Trump.

Vought escreverá "padrões de desempenho e objetivos de gerenciamento" para os chefes de agências independentes e fornecerá atualizações para Trump sobre os cumprimentos desses requisitos. Vought também analisará e ajustará os orçamentos das agências.

"Para que o governo federal seja realmente responsável perante o povo americano, os funcionários que exercem um vasto poder executivo devem ser supervisionados e controlados pelo presidente eleito pelo povo", diz a ordem.