Macêdo sobre rumor de demissão: achava que não tinha inimigos, descobri que tenho um monte

Política
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Um dos principais cotados para perder o cargo na provável reforma ministerial do primeiro semestre do ano que vem, o ministro da Secretaria Geral, Márcio Macêdo, disse a jornalistas nesta terça-feira (17) que descobriu ter muitos inimigos. Ele afirmou que incomoda outros políticos por ter origem no "Brasil profundo". Ele nasceu em Esplanada, no norte da Bahia, e fez sua carreira política no Sergipe.

"Eu achava que não tinha inimigos. De repente, descobri que tenho um monte", disse o ministro. Ele se refere a grupos que defendem sua saída do ministério, mas não disse especificamente sobre quem estava falando. Segundo ele, não há nenhuma conversa no governo sobre reforma ministerial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o momento não autorizou nenhum de seus ministros a discutir com os partidos aliados trocas no primeiro escalão do governo. A expectativa sobre reforma ministerial vem da necessidade de um rearranjo na base de apoio do Executivo no Congresso Nacional e de reorganizar o campo lulista já visando às eleições de 2026.

Macêdo citou sua origem fora dos principais centros econômicos do Brasil e disse que deve incomodar algumas pessoas ver alguém com sua trajetória em uma posição de destaque e as contrariando. Mencionou não ter vindo do Sudeste ou do Sul.

O ministro afirmou que seu cargo é do presidente da República, que pode nomear ou exonerar alguém para o cargo quando quiser. "Eu só tenho a agradecer ao presidente Lula. Ele não me deve nada. Eu é que devo a ele lealdade e compromisso", declarou o ministro. Ele foi tesoureiro da campanha de Lula em 2022 e não se candidatou a nada naquela eleição.

As especulações sobre trocas no primeiro escalão do governo ficaram mais intensas em Brasília depois de Lula falar publicamente que seria necessário corrigir problemas na comunicação do Executivo. A fala foi entendida como sinal de que o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, será demitido.

Depois disso, políticos passaram a apostar que Pimenta poderia ser deslocado para a Secretaria Geral. Segundo essa linha de pensamento, Macêdo, que não tem mandato como deputado ou senador, seria remanejado para alguma função partidária do PT.

O ministro da Secretaria Geral também falou sobre a comunicação do governo. Segundo ele, trata-se de uma área que sempre precisa de melhoras, mas que essa não é uma tarefa apenas da pasta de Paulo Pimenta. Seria algo para todos os ministérios trabalharem.

Márcio Macêdo deu as declarações em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado dos secretários de sua pasta.

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A Bolívia e os Estados Unidos normalizarão suas relações diplomáticas e em breve trocarão embaixadores, anunciaram o novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, e o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau.

Ambos reuniram-se após a cerimônia de posse de Paz, na Bolívia, e anunciaram o início de uma nova era nas relações diplomáticas entre os dois países. "É inusitado que não tenhamos tido embaixadores. É um passo importante e espero que possamos anunciá-los muito em breve", disse Landau, o diplomata americano de mais alto escalão que viajou ao país nos últimos anos.

O último embaixador norte-americano na Bolívia foi expulso em 2008 pelo então presidente boliviano Evo Morales, que acusou suposta espionagem interna e depois retirou do país a Administração de Repressão às Drogas (DEA, na sigla em inglês) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, também na sigla em inglês).

Landau, que foi embaixador de seu país no México, anunciou ainda que Washington está disposto a cooperar em vários campos com o novo governo boliviano. "O presidente Paz expressou seu interesse em manter uma boa relação com os Estados Unidos. De forma recíproca também queremos boas relações e estou certo de que assim o faremos", afirmou.

Paz, por sua vez, abriu a possibilidade de um possível retorno à DEA. "Todas as instituições não só dos Estados Unidos, mas de países fronteiriços que queiram trabalhar com a Bolívia para fazer um país mais seguro contra ilícitos, estarão e nós estaremos vinculados a essas nações", disse em coletiva de imprensa conjunta.

Na semana passada, antes de assumir o cargo, Paz viajou aos Estados Unidos para se reunir com organizações financeiras internacionais e buscar apoio para tirar seu país da pior crise econômica em quatro décadas.

Durante o governo de Morales (2006-2019) e de Luis Arce (2020-2025), a Bolívia se desvinculou dos Estados Unidos para fazer parte da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) junto a Cuba, Nicarágua e Venezuela, cujo bloco suspendeu este país andino após as aproximações de Paz com Washington.

Um terremoto com magnitude de 6,9 atingiu o norte do Japão neste domingo, 09, seguido por vários outros tremores, segundo a Agência Meteorológica do Japão. Um aviso de tsunami de até um metro ao longo da costa da região foi emitido.

O terremoto ocorreu na costa, na região de Iwate, a uma profundidade de 16 quilômetros abaixo da superfície do mar, às 17h03, horário do Japão. Não há relatos de feridos ou danos, nem quaisquer relatos de anomalias nas duas usinas nucleares da área, até o momento. De acordo com a agência japonesa, a área estava sob risco de fortes terremotos há cerca de uma semana, especialmente nos próximos dois ou três dias.

Um tsunami de cerca de 10 centímetros foi detectado, chegando a 20 centímetros na área costeira de Kuji. Ondas de tsunami que ocorrem após terremotos podem continuar por algumas horas depois, atingindo a costa repetidamente, e aumentar com o tempo. Trens-bala na área foram temporariamente atrasados, de acordo com a operadora ferroviária JR East. Cortes de energia também ocorreram.

Apesar do alerta, um funcionário da agência afirmou que nada indica que a ocorrência se assemelhe à ocorrida em Fukushima, em março de 2011, que matou quase 20 mil pessoas, e danificou severamente uma estação nuclear. O Japão, que está localizado no "anel de fogo" do Pacífico, é um dos países mais propensos a terremotos no mundo.

A sessão de fim de semana do Senado americano para acabar com o shutdown mostrou poucos sinais de progresso neste sábado, já que o desejo do líder da maioria no Senado, John Tune, por uma votação rápida não se concretizou.

O shutdown, que já dura 39 dias, está afetando cada vez mais o país, com trabalhadores federais sem receber salários, companhias aéreas cancelando voos e benefícios de vale-alimentação atrasados para milhões de americanos.

A sessão deste sábado começou de forma conturbada, visto que o presidente Donald Trump já havia deixado claro que é improvável que ele faça concessões com os democratas, que buscam prolongar em um ano os benefícios fiscais do Obamacare. Trump disse nas redes sociais que é "o pior sistema de saúde em qualquer lugar do mundo" e sugeriu que o Congresso envie dinheiro diretamente para as pessoas adquirirem seguros.

Thune disse que a proposta de Trump não faria parte de uma solução para acabar com o shutdown, mas acrescentou que "é uma discussão que o presidente e todos nós queremos ter".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.