Cerimônia de posse teve Nunes emocionado, novos secretários e papo com Bolsonaro

Política
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB) se emocionou ao discursar no ato realizado no Theatro Municipal que marcou o início de seu segundo mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. Após empossar 29 secretários e secretários-executivos, entre nomes novos e reconduzidos, Nunes relembrou como foi crescer na periferia da Zona Sul e pediu aos auxiliares que tenham humanidade no dia a dia para ajudar quem mais precisa. A cerimônia marcou a posse formal do próprio prefeito, dos vereadores e secretários e ocorreu após o evento da Câmara Municipal.

"O coração desse prefeito tem um endereço e esse endereço é a periferia de São Paulo. Quanto mais a gente faz pela periferia, mais a gente faz pela cidade inteira", disse Nunes, que cresceu no Parque Santo Antônio, no extremo-sul, mas atualmente mora em Interlagos. Ao falar sobre a importância do Executivo estar próximo da população, ele parafraseou Milton Nascimento: "A Prefeitura tem que estar onde o povo está", acrescentou o chefe do Executivo.

Em linha com o discurso do prefeito, que teve como um dos lemas na campanha ser "cria da periferia", a abertura da solenidade ficou por conta orquestra sinfônica Heliópolis, com repertório que trouxe canções de Chico Buarque e Adoniran Barbosa, como "Saudosa Maloca" e "Trem das Onze".

A cerimônia foi marcada pela ausência de padrinhos e caciques políticos que apoiaram o prefeito. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de férias no exterior, enviou um vídeo em que reafirma a parceria com Nunes, enquanto Jair Bolsonaro (PL) ligou para o prefeito enquanto o mandatário se deslocava do Legislativo para o Theatro Municipal.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) chegou a ter uma cadeira reservada pelo cerimonial, mas também não compareceu. Por outro lado, Nunes citou nominalmente os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do Podemos, Renata Abreu.

Um vídeo exibido mencionou que Nunes chegou à Prefeitura como vice de Bruno Covas, ex-prefeito morto em 2021, e citou o passado do prefeito como militante do MDB e sua atuação pela abertura democrática nos anos 1980. O prefeito saudou Tomás Covas, filho de Bruno, a quem chamou de "meu querido filhinho, irmãozinho". "Tenho certeza que seu paizão está aqui junto com a gente", disse Nunes. Tomás segue como coordenador de Políticas para a Juventude.

Entre os secretários nomeados estão três ex-prefeitos: Orlando Morando, de São Bernardo do Campo, assumiu a pasta de Segurança Urbana; Rogério Lins (Podemos), de Osasco, é o novo secretário de Esporte; e Rodrigo Ashiuchi (PL), de Suzano, comandará a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Ao tomar posse, ele prestou continência para o vice-prefeito, Ricardo de Mello Araújo (PL).

A nomeação de ex-mandatários era uma prática comum de João Doria, que largou a Prefeitura para se candidatar a governador. Auxiliares de Nunes, porém, negam que ele tenha a pretensão de fazer o mesmo e dizem que os ex-prefeitos foram escolhidos por terem experiência administrativa. Conforme apurou o Estadão, outros ex-prefeitos devem ser escolhidos nas próximas semanas para comandar subprefeituras.

O bolsonarismo não teve peso na solenidade, que foi dominada pela militância emedebista. O secretário mais ovacionado foi Totó Parente (MDB), que chega para chefiar a Secretaria de Cultura e Economia Criativa após passagem pelo Ministério do Planejamento. Enrico Misasi (MDB), que assume a Casa Civil, também foi festejado.

Veja os secretários que formam equipe de Nunes no segundo mandato:

1.Edson Aparecido, secretário de Governo

2.Enrico Misasi, secretário de Casa Civil

3.Eunice Prudente, secretária da Justiça

4.Luis Felipe Vidal Arellano, secretário de Fazenda

5.Marcos Monteiro, secretário de Infraestrutura Urbana e Obras

6.Luiz Carlos Zamarco, secretário de Saúde

7.Eliana Gomes, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social

8.Celso Caldeira, secretário de Transporte e Mobilidade Urbana

9.Rogério Lins, secretário de Esportes e Lazer

10.Fernando Padula, secretário de Educação

11.Totó Parente, secretário de Cultura

12.Sidney Cruz, secretário de Habitação

13.Rodrigo Ashiuchi, secretária do Verde e Meio Ambiente

14.Rodrigo Goulart, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho

15.Orlando Morando, secretário de Segurança Urbana

16.Fabrício Cobra, secretário de Subprefeituras

17.Silvia Greco, secretária da Pessoa com Deficiência

18.Regina Santana, secretária de Direitos Humanos

19.Bete França, secretária de Urbanismo e Licenciamento

20.Milton Vieira, secretário de Inovação e Tecnologia

21.Ângela Gandra, secretária de Relações Internacionais

22.Marcela Arruda, secretária de Gestão

23.Rui Alves, secretário de Turismo

24.Fábio Portela, secretário especial de Comunicação

25.Luciana Nardi, procuradora-Geral do Município

26.Daniel Falcão, controlador-geral do Município

27.José Renato Nalini, secretário-executivo de Mudanças Climáticas

28.Clodoaldo Pelissioni, secretário-executivo de Planejamento e Eficiência

29.Gilmar Pereira, secretário-executivo de Mobilidade e Trânsito

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press