Câmara de SP tem maior bancada feminina de sua história

Política
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A Câmara Municipal de São Paulo deu posse à maior bancada feminina da história. Ela passou a contar com 20 mulheres, um aumento de 53,8% em relação a 2020, quando foram eleitas 13 vereadoras - recorde até então. .

A bancada feminina na Casa terá 36,3% das cadeiras, a maior proporção entre as capitais. E uma composição ideológica diversa. Das 20 vereadoras, 7 são de partidos de esquerda - PT, PSOL, Rede e PSB - 35% das eleitas. As outras 13, que compõem 65% da bancada, estão em partidos de centro, como MDB e PSD, e de direita, como o PL.

O grupo conta tanto com bolsonaristas raiz, como Sonaira Fernandes (PL) e Zoe Martinez (PL), apadrinhadas por Jair Bolsonaro (PL), quanto com representantes progressistas. Entre elas, Amanda Paschoal (PSOL), a travesti mais votada para a Câmara, eleita com o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL), e Luna Zarattini (PT).

O perfil da nova bancada evidencia que a busca por consensos será desafiadora. Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), se declara "antifeminista" e contrária ao aborto, mesmo nos casos previstos em lei. Em contrapartida, Luna Zarattini se destacou por criticar a restrição ao acesso ao aborto legal em hospitais da capital. Amanda Paschoal tem como bandeira o programa "Respeito desde a Escola", que visa promover cultura de acolhimento e respeito à diversidade. Já Zoe se posiciona contra discussões sobre identidade de gênero nas escolas.

Zoe diz que espera uma relação respeitosa na bancada, com embates só no âmbito político, e não pessoal. "Respeitarei todos os meus colegas independentemente de partido ou gênero, mas não me furtarei a defender os ideais pelos quais fui eleita." O foco de seu mandato será a educação básica, com propostas que de criação de novos Centros Educacionais Unificados e de implementação de disciplinas de educação financeira e empreendedorismo nas escolas.

Diálogo

Luna ressalta que buscará avanços em prol das mulheres, especialmente as mais pobres, negras e quilombolas. "Será necessário diálogo e conversas." Ela recorda sua atuação na CPI contra a violência e o assédio sexual: "Mesmo com uma composição diversa, nós, mulheres, chegamos a consensos sobre a necessidade de melhorar os equipamentos públicos, como as delegacias que não ficam abertas 24 horas. É possível encontrar acordos entre mulheres de diferentes partidos", completa a petista, que pretende trabalhar no combate à fome por meio de cozinhas solidárias.

Amanda Paschoal acredita que a diversidade de ideias é parte da democracia. "Enquanto a bancada feminina estiver atuando para defender os direitos de mulheres, do povo e combatendo a desigualdade, estaremos juntas." Mas ela adverte: "Mas não estarei do lado de quem quiser excluir mulheres negras, indígenas, trans e periféricas de políticas públicas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Bayer disse, em nota, que o Tribunal Federal da Austrália encerrou o último caso envolvendo o herbicida Roundup no país, finalizando todas as ações judiciais de lesões pendentes. De acordo com a empresa alemã, o tribunal atendeu ao pedido dos demandantes para descontinuar a ação coletiva contra a Monsanto, cuja conclusão de compra ocorreu em 2018, que envolvia alegações relacionadas ao produto.

A empresa ainda enfrenta processos sobre os supostos danos do Roundup nos Estados Unidos.

A ação na Austrália segue a vitória anterior da empresa no mesmo tribunal no caso McNickle, o primeiro julgamento sobre o Roundup fora dos EUA.

Segundo a nota da Bayer, o tribunal concluiu que "o peso das evidências científicas não sustenta uma ligação entre o glifosato e o LNH (linfoma não-Hodgkin)".

O glifosato é um ingrediente ativo do herbicida.

Em relação aos processos nos Estados Unidos, a Bayer destacou que "continuará sua estratégia multifacetada para conter significativamente os litígios do Roundup".

Segundo a companhia, nos últimos 22 julgamentos, 15 foram favoráveis.

A Bayer também disse que "considerará acordos se forem do interesse da empresa e também avaliará continuamente quaisquer outros meios possíveis para conter os riscos legais".

The Vivienne, drag queen conhecida por ter vencido a primeira edição britânica do reality show RuPaul's Drag Race, em 2019, morreu neste domingo, 5, aos 32 anos de idade. A informação foi confirmada em um comunicado do perfil oficial do programa nas redes sociais. A causa da morte não foi informada.

"Estamos profundamente tristes ao saber da morte de The Vivienne. Seu talento, humor e dedicação à arte drag foi uma inspiração. Sua falta será sentida, mas seu legado viverá como exemplo de criatividade e autenticidade", diz a nota.

James Lee Williams nasceu em 12 de abril de 1992, em Liverpool, no Reino Unido, onde fez seus primeiros shows como drag queen anos depois. Além do reality que venceu, também participou de outros programas como o RuPaul's Drag Race All Stars, em 2022, e o Dancing On Ice, em 2023.

"Meu primeiro trabalho como drag queen foi na [casa de shows] Pink, em Liverpool. Lembro que ganhei uma garrafa de bebida e 25 libras para ficar na porta. Foi lá que o nome Vivienne foi dado a mim por Tammy Pax, porque eu era conhecida por usar roupas de Vivienne Westwood", explicou em entrevista à Vada Magazine em 2015.

Um alto funcionário do Hezbollah disse que o líder do grupo paramilitar, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense no ano passado enquanto estava dentro da sala de operações de guerra. Os novos detalhes foram divulgados neste domingo, 5.

De acordo com os relatos, uma série de ataques aéreos israelenses destruíram vários prédios nos subúrbios ao sul de Beirute em 27 de setembro de 2024, matando Nasrallah. O Ministério da Saúde libanês falou que seis pessoas morreram.

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O atual líder do Hezbollah, Naim Kassem, alertou neste sábado que seus combatentes poderiam atacar Israel se suas tropas não deixassem o sul do país até o final do mês.

O ministro da defesa israelense, Israel Katz, deu declarações parecidas caso os militantes do Hezbollah não seguissem para o norte do Rio Litani.