Funcionários da Secom começam a ser avisados de trocas na comunicação do governo Lula

Política
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Funcionários da Secretaria de Comunicação Social (Secom), hoje comandada por Paulo Pimenta, já começaram a ser avisados sobre suas demissões. O comando da pasta será trocado. O publicitário Sidônio Palmeira, que chefiou a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, será o novo ministro da área.

O atual secretário-executivo da Secom, Ricardo Zamora, foi um dos primeiros a saber que seria trocado.

Fabrício Carbonel, secretário de Publicidade e Patrocínios, também deve ser exonerado. Os dois são muito próximos de Pimenta.

Sidônio esteve no Palácio do Planalto na segunda-feira, 6. Levou consigo duas pessoas com as quais já trabalha no ramo de marketing político e que o acompanharão na Secom: Thiago César, que deve assumir a secretaria executiva, e Paulo Brito, o provável próximo chefe de gabinete.

César foi apresentado a Zamora e teve uma conversa no estilo "passagem de bastão".

O publicitário baiano deverá voltar ao Planalto nesta terça. Pimenta teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela manhã.

A expectativa no Planalto é que esse encontro consumasse a mudança - mas até o momento não há informações sobre como foi a conversa. Depois da reunião, foram divulgadas fotos do ministro com o presidente.

O chefe do governo busca um lugar para realocar Pimenta, um aliado de longa data e petista mais poderoso do Rio Grande do Sul.

São citadas as possibilidades de ele ocupar outro ministério dentro do Palácio do Planalto - mais especificamente, a Secretaria Geral, hoje comandada por Márcio Macêdo - ou se tornar líder do governo na Câmara no lugar de José Guimarães.

Demissão dada como certa

A demissão de Pimenta é dada como certa na política desde o começo de dezembro, quando Lula disse em discurso no seminário do PT que havia problemas na comunicação do governo federal. O presidente também afirmou, na ocasião, que faria as "correções necessárias".

Lula considera que seu governo está fazendo grande quantidade de entregas e que tem bons programas sociais rodando, mas que a equipe de comunicação não está sendo capaz de comunicar isso ao eleitorado.

O resultado, por esse raciocínio, seria conviver com taxas de aprovação menores.

Esse assunto fica mais sensível conforme as eleições de 2026 se aproximam. O petista precisa estar com a popularidade em alta para se reeleger ou emplacar um sucessor. Além disso, ele ficou frustrado com o fracasso da licitação para comunicação digital do governo, processo comandado por Pimenta.

O presidente avalia que Sidônio, com larga experiência no marketing político, teria as qualificações necessárias para melhorar a imagem da gestão. Ele deverá fazer mudanças na equipe atual.

Dos principais nomes hoje no ministério, só o secretário de Produção e Divulgação Audiovisual, Ricardo Stuckert, estaria seguro no cargo. Ele é fotógrafo de Lula desde o primeiro mandato.

O secretário de Comunicação Institucional, Laércio Portela, também deve ficar no ministério, mas ainda não está claro em qual espaço. Menos conhecido do público, o jornalista José Rezende também será mantido na Secom. Ele é o responsável por escrever os discursos do presidente.

Além disso, depois das eleições para presidente da Câmara e do Senado o petista deverá promover uma reforma ministerial mais ampla.

A ideia será repactuar o apoio ao governo no Congresso e organizar seus aliados para disputar as próximas eleições.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.