Oposição acusa governo de fazer uso político de ato sobre o 8 de Janeiro

Política
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A oposição ao governo acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar o ato em memória aos dois anos do 8 de Janeiro como "palanque político". Nas palavras do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, o evento foi "uma ode ao crime impossível de tentativa de golpe". Já o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) descreveu a solenidade como "teatro" e afirmou que Lula tenta se "vitimizar".

Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que pediu maior "equilíbrio" entre os três Poderes, o que ocorreu foi um evento "midiático".

Nessa mesma linha, outros parlamentares de oposição condenaram o que consideram ser um excesso de interferência do Supremo Tribunal Federal em prerrogativas do Legislativo, em especial nos temas relacionados ao 8 de Janeiro.

Argumentaram, ainda, que atos semelhantes ao vandalismo daquele dia foram minimizados em outros momentos históricos. Para o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), Lula fez "proselitismo político sobre um cadáver", ao citar a morte de um dos presos no 8 de Janeiro.

Durante a cerimônia, o presidente destacou a importância de defender a democracia, punir os responsáveis pelos ataques e mencionou as investigações sobre a tentativa de golpe em 2022. O petista aproveitou o evento para elogiar o potencial das Forças Armadas na defesa da soberania nacional e também o ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator dos processos sobre a tentativa de golpe e o 8 de Janeiro na Corte.

A promessa do governo de investir R$ 40 milhões na criação do Museu da Democracia também foi alvo de críticas. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse que o projeto "eterniza narrativas" e questionou a utilização da palavra golpe para descrever os acontecimentos de 2023.

O museu foi anunciado no início do ano passado, como forma de lembrar os ataques golpistas e preservar a memória da democracia. Como mostrou o Estadão, porém, o projeto não saiu do papel. O governo cortou os recursos para a construção em 2024 e não fez nova previsão para este ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O líder interino e vice-primeiro-ministro da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, aceitou nesta sexta-feira, 10, a renúncia do chefe do serviço de segurança presidencial, Park Jong-joon, que enfrentou um interrogatório policial sobre como suas forças bloquearam os esforços para deter o presidente Yoon Suk Yeol, responsável por impor a lei marcial em dezembro e teve o impeachment aprovado na semana passada.

O serviço de segurança presidencial evitou uma primeira tentativa do Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Grau e da polícia sul-coreana para deter Yoon em sua residência oficial, de onde ele não sai há semanas.

As autoridades estão planejando uma nova tentativa para prender o ex-presidente, enquanto avaliam se a declaração da lei marcial pode ser considerada como uma tentativa de rebelião.

Choi lamentou os confrontos entre autoridades policiais e o serviço de segurança presidencial e pediu que os legisladores chegassem a um acordo bipartidário para iniciar uma investigação independente. "O governo tem deliberado para encontrar uma solução sensata, mas infelizmente, dentro de nossa estrutura legal atual, é difícil encontrar uma resolução para acabar com o conflito entre as duas agências", disse. Fonte: Associated Press.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse na manhã desta sexta-feira, 10, para um terceiro mandato no cargo, meses depois de ter sido declarado vencedor em eleições amplamente contestadas pela comunidade internacional e por observadores independentes. A cerimônia aconteceu um dia após a detenção da líder da Oposição Venezuela, María Corina Machado, que participava de um protesto contra o ditador.

Corina Machado disse ter sido forçada a gravar uma série de vídeos antes de ser liberada.

*Com informações da Associated Press

As autoridades de Los Angeles tiveram que implementar um toque de recolher entre 18 horas (23 horas, pelo horário de Brasília) da quinta-feira, 9, e 6 horas (11 horas, pelo horário de Brasília) desta sexta-feira, 10, para evitar saques em meio aos incêndios florestais que atingem a região sul da Califórnia. De acordo com o xerife do condado de Los Angeles, Robert Luna, 20 pessoas foram presas em zonas de incêndios após relatos de roubos.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, aprovou na quinta-feira um pedido do Condado de Los Angeles para que a Guarda Nacional da Califórnia ajudasse as forças de segurança durante os incêndios.

A ameaça de novos incêndios impulsionados pelos fortes ventos de Santa Ana segue prejudicando a região sul da Califórnia nesta sexta-feira, em meio a esforços dos bombeiros para conter as chamas que mataram pelo menos 10 pessoas e destruíram milhares de casas e estruturas nesta semana.

Tamanho

O tamanho da região queimada é devastador. São mais de 142 km², uma área um pouco maior que a zona oeste da cidade de SP.

Um novo incêndio, o incêndio Kenneth, começou na quinta-feira à noite em West Hills, ao norte de Calabasas, e cresceu rapidamente para 4 km² em questão de horas.

Os dois maiores incêndios na região ainda não foram totalmente contidos. O incêndio Palisades, com quase 81 km², destruiu mais de 5 mil estruturas, muitas delas em Pacific Palisades, no lado oeste de Los Angeles.

Já o incêndio de Eaton, perto de Altadena e Pasadena, destruiu cerca de 5 mil estruturas e queimou uma região de 55 km², segundo informações do corpo de bombeiros.

Os números colocam os incêndios entre os cinco mais destrutivos da história da Califórnia.

Condições climáticas

O Serviço Nacional de Meteorologia disse que esperava que as condições climáticas de "bandeira vermelha crítica" para incêndios continuassem em grande parte dos condados de Los Angeles e Ventura até sexta-feira por causa da baixa umidade e dos ventos de Santa Ana.

Os ventos, disse o serviço, embora não tão fortes quanto no início desta semana, aumentaram de força após enfraquecerem na quinta-feira.

A rápida disseminação dos incêndios nesta semana esticou os recursos locais e estaduais.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira que o governo federal pagaria por 100% das despesas para o combate a incêndios da região pelos próximos 180 dias, prometendo todo o apoio de sua administração - e de seu sucessor - para ajudar a conter os incêndios.

Cancelamento de viagem

Biden cancelou sua ida a Roma, na Itália, que seria sua última visita ao exterior durante a presidência, devido aos incêndios na Califórnia. O democrata deveria partir na tarde da quinta-feira para ter reuniões com o presidente italiano, Sergio Mattarella, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, o Papa Francisco, além de um encontro pessoal com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em um comunicado que a decisão de cancelamento foi tomada após a visita de Biden a Los Angeles, onde se encontrou com a polícia, bombeiros e equipes de emergência e aprovou a declaração de Grande Desastre para a Califórnia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)