Morre ex-presidente da OAB Marcello Lavenère, que assinou impeachment de Collor

Política
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Conhecido por assinar o pedido de impeachment do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (1991-1993) Marcello Lavenère faleceu neste domingo, 12. Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou condolências à família de Lavenère e destacou a luta do advogado, que presidiu a Comissão da Anistia (2003-2007), "pela reparação às vítimas da ditadura".

 

A OAB decretou luto de sete dias em razão da morte do membro honorário vitalício do Conselho Federal.

 

O presidente em exercício da entidade, Rafael Horn, afirmou que o "o legado de Lavenère é de luta permanente". O presidente da OAB Beto Simonetti classificou o antecessor como "um dos imprescindíveis da advocacia".

 

O advogado-geral da União Jorge Messias destacou a dedicação "inabalável" de Lavenerè à justiça social e à democracia em nosso país.

 

O presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB Marcus Vinícius Furtado Coêlho considera que o País "perdeu um líder nato".

 

Diferentes ex-presidentes da OAB prestaram homenagens a Lavenère. Felipe Santa Cruz (2019 a 2022) classificou o jurista como "gigante". Claudio Lamachia, presidente (2016 a 2019), disse que o colega vai se manter entre os "grandes nomes" da profissão. Ophir Cavalcante Junior (2010 a 2013) disse que Lavenère foi um 'exemplo sobre o compromisso que nos advogados devemos ter na defesa da justiça social'.

 

Cezar Britto (2007 a 2010) afirmou que Lavenère foi um "advogado de belas lutas, cidadão que fez da democracia uma missão e nordestino que não recusava pelejar em nome da liberdade". José Roberto Batochio (1993 a 1995) disse que, com a partida do colega "ficam menores a advocacia e a democracia brasileira".

 

O velório de Lavenère será na segunda, 13, em Brasília.

 

O alagoano, de 86 anos, deixa sua mulher, seis filhos, 15 netos e sete bisnetos. Além de presidente da OAB, o jurista foi professor de Direito da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade de Brasília (UnB).

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O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a criticar a África do Sul como sede de cúpula do G20, em publicação na Truth Social, nesta sexta-feira. Na postagem, o republicano classificou a situação como "vergonha absoluta" e disse que nenhum representante do governo americano estará no evento "enquanto violações dos direitos humanos continuarem".

"Africâneres (pessoas descendentes de colonos holandeses, bem como de imigrantes franceses e alemães) estão sendo mortos e massacrados, e suas terras e fazendas estão sendo confiscadas ilegalmente", alegou.

Anteriormente, Trump já havia dito que a África do Sul não deveria mais fazer parte do G20, "ou de qualquer grupo G, com tudo o que está acontecendo lá". Em outro momento, ele afirmou que o que acontece com a minoria branca no país é "genocídio".

O Ministério Público de Istambul, da Turquia, divulgou nesta sexta-feira, 07, um comunicado com mandado de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. No texto, é mencionado que "o genocídio que o Estado de Israel tem sistematicamente perpetrado em Gaza até o momento, e como resultado de crimes contra a humanidade, resultou em milhares de mortes, incluindo decapitações, feridos e destruição de instalações".

A declaração ainda destaca que a situação em Gaza atraiu grande atenção da comunidade internacional e esforços de ajuda humanitária foram atacados pela marinha israelense em águas internacionais.

"À luz das provas obtidas, está determinado que funcionários do Estado de Israel são criminalmente responsáveis pelos atos sistemáticos de 'crimes contra a humanidade' e 'genocídio' cometidos em Gaza, bem como pelas ações realizadas contra a Frota Global Sumud", escreve.

Além de Netanyahu, há mandado de prisão para outros 36 suspeitos. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, o chefe do Estado-Maior General, Eyal Zamir, e o comandante da Marinha, David Saar Salama, são outros nomes alvos da ação turca.

Em um raro discurso em Bruxelas, a vice-presidente de Taiwan, Bi-Khim Hsiao, pediu que a União Europeia fortaleça os laços de segurança e comércio com a ilha e apoie sua democracia diante das pressões da China. "A paz no Estreito de Taiwan é essencial para a estabilidade global e a continuidade econômica", afirmou Hsiao, durante conferência sobre a China no Parlamento Europeu.

A vice-presidente não falou ao plenário, já que o bloco não mantém relações diplomáticas formais com Taiwan, mas sua visita deve provocar reação de Pequim. Hsiao defendeu cooperação em cadeias de suprimentos seguras e em tecnologia, pedindo parceria com países como Alemanha e Espanha.

Ela citou as restrições chinesas às exportações de terras raras como alerta para a UE, defendendo um ecossistema tecnológico baseado em confiança e valores democráticos, especialmente no setor de semicondutores.

Hsiao também comparou os ataques cibernéticos e sabotagens de cabos submarinos sofridos por Taiwan aos ataques híbridos enfrentados pela Europa desde a invasão da Ucrânia. "A Europa defendeu a liberdade sob fogo, e Taiwan construiu a democracia sob pressão", disse.

A viagem integrou uma conferência da Aliança Interparlamentar sobre a China (IPAC), com parlamentares de cerca de vinte países. O evento foi mantido sob sigilo após relatos de que agentes chineses tentaram atacar o carro de Hsiao durante visita à República Tcheca em 2024.

O presidente Lai Ching-te prometeu acelerar o sistema de defesa "T-Dome" e elevar os gastos militares para 5% do PIB até 2030, diante do aumento das incursões militares chinesas perto da ilha.

Segundo Ben Bland, do Chatham House, um conflito sobre Taiwan teria impacto mais grave para a Europa que a guerra na Ucrânia, por causa da importância da ilha nas cadeias globais de semicondutores. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado