Como se saem nomes alternativos a Bolsonaro e Lula para 2026, segundo pesquisa

Política
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Pesquisa sobre possíveis cenários eleitorais de 2026 divulgada pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira, 13, mostra que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são nomes competitivos na disputa pela Presidência caso substituam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Do lado governista, o único, entre os testados, com força para enfrentar os adversários no lugar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

 

Outros dois substitutos de Lula apresentados pelo levantamento foram o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Os dois não alcançaram dois dígitos nos cenários apresentados aos eleitores pela pesquisa. Nos dois casos, o nome que melhor se sai no enfrentamento com os possíveis representantes do bolsonarismo na disputa é o do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

 

Tanto Michelle quanto Tarcísio empatam com Lula em hipotéticos cenários de segundo turno. Até o momento, o petista não indicou que pode desistir de uma reeleição e uma nova candidatura dele é defendida por aliados. Bolsonaro, por sua vez, quer participar o pleito, mas está inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

O levantamento da Paraná Pesquisas também mostra um empate técnico entre Lula e Bolsonaro. Em um cenário onde o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) também é candidato, o petista tem 34% das intenções de voto e o ex-presidente aparece com 33,9%.

 

O instituto ouviu 2.018 eleitores entre os dias 7 e 10 de janeiro em 164 municípios do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.

 

Michelle Bolsonaro empata com Lula e supera Haddad e Gleisi

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece em três cenários propostos pela Paraná Pesquisas. Em um hipotético primeiro turno onde Lula é candidato, Michelle fica atrás do petista, mas, em um segundo turno, ela empata com o presidente. Agora, quando os oponentes governistas são Camilo Santana, Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, a ex-primeira-dama lidera a disputa ou empata com Ciro Gomes.

 

Em um primeiro turno com Lula, o petista tem 34,5% das intenções de voto e Michelle registra 20,7%. Ciro Gomes tem 12,9% e Marçal registra 11,5%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) aparece com 6,6%, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 1,6%.

 

Em um segundo turno entre Lula e Michelle, o presidente tem 43,1% das intenções de voto, enquanto Michelle, 42,2%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, os dois estão empatados. Indecisos somam 4,1% e outros 10,7% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo.

 

Em um cenário de primeiro turno onde a candidata do PT é Gleisi, Michelle tem 30% e está empatada tecnicamente no limite da margem de erro com Ciro Gomes, que tem 26,1%. Caiado registra 8,7% e está empatado com a presidente do PT, que tem 8%. O governador do Pará soma 2,8% na sondagem.

 

Em uma hipótese onde os sucessores de Bolsonaro e Lula são, respectivamente, Michelle e Haddad, a ex-primeira-dama aparece com 29,5% das intenções de voto. No segundo lugar, há um empate no limite da margem de erro entre Ciro, que tem 21,7%, e o ministro da Fazenda, que registra 17,9%. Em seguida, Caiado aparece com 8,2% e Barbalho soma 2,6%.

 

Tarcísio empata com Ciro em cenários com Haddad e Camilo

 

Segundo o levantamento da Paraná Pesquisas, com Tarcísio no lugar de Bolsonaro, Lula tem 35,2% das intenções de voto, enquanto o governador de São Paulo, 25,3%. Em seguida, aparecem Ciro (15,2%), Caiado (7,4%) e Helder Barbalho (1,8%).

 

No hipotético segundo turno contra o petista, há um empate técnico. Lula tem 43,4%, enquanto Tarcísio aparece com 40,6%. Indecisos somam 4,1% e outros 11,9% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo.

Em cenários onde Lula é substituído por Camilo e Haddad, o principal adversário do governador de São Paulo é Ciro Gomes. Na hipótese onde o candidato governista é o ministro da Fazenda, Tarcísio tem 26,6% e Ciro registra 23,7%. Os dois estão empatados. Haddad, por sua vez, aparece com 18,1% das intenções de voto. Em seguida, estão Caiado (8,4%) e Barbalho (2,8%).

 

Ciro e Tarcísio tem os mesmos 27,8% de intenções de voto quando o candidato do PT é Camilo Santana. O ministro da Educação aparece em quarto com 6,9%, empatado tecnicamente com Ronaldo Caiado, 8,8%. Helder Barbalho tem 3,1%.

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O grupo terrorista Hamas aceitou um rascunho de acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de dezenas de reféns, segundo informações de duas autoridades envolvidas nas negociações nesta terça-feira, 14. O Catar, um dos países que realiza a mediação das negociações, afirmou que um acordo estava "próximo".

A Associated Press obteve uma cópia do acordo proposto, e uma autoridade egípcia e um oficial do Hamas confirmaram sua autenticidade. Uma autoridade israelense disse que houve progresso, mas os detalhes estão sendo finalizados. O plano precisaria ser submetido ao Gabinete israelense para aprovação final.

Todas as três autoridades falaram sob condição de anonimato para discutir as negociações a portas fechadas.

As fontes envolvidas na discussão expressaram um crescente otimismo de que podem concluir um acordo antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 20 de janeiro.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, disse em um briefing semanal nesta terça-feira que as negociações em andamento são positivas e produtivas, embora tenha se recusado a entrar em detalhes. "Hoje, estamos no ponto mais próximo de um acordo", disse ele.

O grupo terrorista Hamas afirmou em uma declaração que as negociações em andamento atingiram seu "estágio final".

Fases do acordo

O acordo de três fases - com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos EUA, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU - começaria com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de potencialmente centenas de mulheres e crianças palestinas presas por Israel.

Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis- vivos ou mortos - terão sido libertados.

Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte de Gaza e haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver - e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Os três mediadores, no entanto, deram ao Hamas garantias verbais de que as negociações continuarão conforme o planejado e que pressionarão por um acordo para implementar a segunda e a terceira fases antes do fim da primeira, disse o oficial egípcio.

O acordo também permitiria que Israel, durante a primeira fase, permanecesse no controle do Corredor Filadélfia, a faixa de território ao longo da fronteira de Gaza com o Egito, da qual o Hamas havia inicialmente exigido que Israel se retirasse. Mas Israel se retiraria do Corredor Netzarim, um cinturão no centro de Gaza onde o Exército de Israel havia criado um mecanismo para revistar palestinos quando eles retornassem ao norte do território.

Na segunda fase, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da "retirada completa" das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.

O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional.

Posse de Trump

Israel e Hamas estão sob pressão renovada para interromper o conflito antes da posse de Donald Trump, no dia 20 de janeiro. O futuro enviado do republicano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, se juntou recentemente ao time de mediadores em Doha, no Catar.

Em uma entrevista a emissora americana Newsmax, o presidente eleito afirmou que um cessar-fogo estava "próximo".

A guerra no Oriente Médio começou no dia 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto.

Após o ataque, Israel iniciou uma operação na Faixa de Gaza, que contou com invasão terrestre e bombardeios aéreos e já deixou mais de 46 mil mortos no enclave palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas do grupo./Com AP

O procurador especial Jack Smith afirmou que tinha evidências suficientes para condenar Donald Trump por seus esforços para anular sua derrota eleitoral de 2020, caso não tivesse sido obrigado a abandonar o caso após a reeleição do republicano como presidente dos EUA em novembro. Em relatório tornado público na madrugada desta terça-feira, 14, Smith defendeu sua decisão de apresentar as acusações. Trump, por sua vez, alegou inocência em declaração nas redes sociais.

"De fato, se não fosse pela eleição do Sr. Trump e seu retorno iminente à presidência, o gabinete avaliou que as evidências admissíveis eram suficientes para obter e sustentar uma condenação no julgamento", escreveu Smith, no relatório de 174 páginas, cuja divulgação marca o fim de um capítulo sem precedentes na história dos EUA.

Smith rejeitou o caso de interferência eleitoral federal e um outro alegando que Trump reteve ilegalmente documentos confidenciais, citando a política de longa data do Departamento de Justiça que proíbe o processo de um presidente em exercício.

O relatório foi enviado para o Congresso dos EUA pouco antes da 1 hora da madrugada nesta terça-feira (horário local), logo após uma ordem judicial proibindo sua divulgação ter expirado. O documento é o mais detalhado sobre a decisão sem precedentes de indiciar em nível federal um ex-presidente americano, embora algumas informações já tenham sido reveladas anteriormente.

Trump rebateu as acusações e alegou, sem provas, que Smith teia destruído ilegalmente evidências de sua "total inocência". "Para mostrar quão desesperado e perturbado Jack Smith está, ele lançou suas descobertas falsas nesta madrugada", escreveu o republicano, na sua rede social Truth Social. "Jack é um promotor idiota que não conseguiu que seu caso fosse julgado antes da eleição, que eu ganhei de forma esmagadora", acrescentou.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Principal partido da esquerda francesa, o França Insubmissa indicou nesta terça-feira, 14, que pretende deflagrar um voto de confiança sobre o governo do primeiro-ministro do país, François Bayrou, após o premiê prometer reabrir negociações para uma reforma da previdência.

Em publicação no X (antigo Twitter), a vice-presidente da legenda, Clémence Guetté, criticou o discurso de Bayrou na Assembleia Nacional e acusou de violar as negociações sobre o orçamento. "Agora, é censura ou desonra", escreveu, em referência ao mecanismo legislativo que derrubou o antecessor de Bayrou, Michel Barnier, no final do ano passado.

O primeiro-ministro da França confirmou nesta terça a meta de estabelecer déficit fiscal de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. O número representa um aumento em relação ao objetivo de cerca de 5% do PIB fixado pelo antecessor de Bayrou, Michel Barnier, que foi destituído do cargo em meio ao impasse para a aprovação do orçamento deste ano.

O premiê também projetou um crescimento de 0,9% do PIB francês este ano. "A aprovação de um orçamento é essencial", defendeu.