Moraes pede à PGR análise do pedido de liberação de Bolsonaro para posse de Trump

Política
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Nesta terça-feira, 14, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as informações apresentadas pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o convite para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A PGR analisará o caso e emitirá parecer, e a decisão final caberá ao ministro.

 

Bolsonaro aguarda decisão sobre a liberação da viagem para ir ao evento, que está marcado para segunda-feira, 20. O ex-presidente está com o passaporte retido desde 8 de fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por suspeita de envolvimento em um plano de golpe após as eleições de 2022.

 

A solicitação de Bolsonaro inclui a liberação do passaporte e foi acompanhada de documentos que, segundo seus advogados, comprovam o convite oficial para a posse. Moraes havia solicitado mais detalhes, alegando que o e-mail apresentado inicialmente carecia de informações sobre horário e programação.

 

A defesa afirma que o convite foi enviado a Eduardo Bolsonaro em 8 de janeiro pelo domínio oficial "t47inaugural.com", registrado exclusivamente para os eventos de posse. "Em eventos inaugurais nos Estados Unidos, é prática comum a adoção de domínios específicos para comunicações formais", argumentaram os advogados.

 

Os advogados também anexaram imagens do convite e destacaram declarações no site oficial do comitê inaugural. Segundo a defesa, esses documentos reforçam a autenticidade do convite e sua relevância.

 

Segundo a defesa, o evento organizado pelo comitê de Trump e JD Vance, que assumirão como presidente e vice, terá início no sábado, 18, e se estenderá até o dia 21. A posse está marcada para segunda-feira, 20.

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Em conversa telefônica nesta quinta-feira, 17, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, abordaram os esforços para encerrar o conflito na Ucrânia, com Washington apresentando uma proposta de paz e Moscou mantendo sua disposição ao diálogo, segundo comunicados oficiais de ambos os países.

O Ministério das Relações Exteriores russo informou que Rubio, que está em Paris para discussões com aliados europeus e ucranianos, detalhou a Lavrov seus recentes contatos diplomáticos. O ministro russo "reafirmou a disposição de Moscou em continuar o trabalho conjunto com os colegas americanos para eliminar de forma confiável as causas fundamentais da crise ucraniana", segundo a nota da Rússia.

Do lado americano, a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, afirmou que Rubio apresentou a Lavrov a mesma proposta de paz discutida com europeus e ucranianos. "O presidente Donald Trump e os EUA querem que esta guerra termine, e apresentaram a todas as partes os contornos de uma paz duradoura e sustentável", declarou.

A nota americana destacou a "recepção encorajadora" à proposta em Paris, sugerindo abertura das partes para negociações. Enquanto isso, o comunicado russo enfatizou o acordo em manter "comunicação ativa", especialmente antes das próximas reuniões diplomáticas previstas para a semana que vem.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, foi o anfitrião de uma discussão nesta quinta-feira, 17, com o ministro das Forças Armadas da França, Sébastien Lecornu.

Os dois líderes conversaram sobre os aumentos nos gastos com defesa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) assumindo a responsabilidade primária pela defesa convencional da Europa e os esforços para uma paz duradoura na Ucrânia, segundo nota do departamento de Defesa.

"Foi uma excelente reunião com meu colega francês", disse Hegseth. "Discutimos a necessidade imperativa de os europeus cumprirem um compromisso de gastos com defesa de 5% para restaurar a dissuasão com forças convencionais letais e prontas."

Ele também afirmou que os aliados europeus, incluindo a França, devem fazer mais para defender a Europa e precisam assumir a responsabilidade primária pela defesa do continente, acrescenta a nota.

O Hamas declarou estar pronto para iniciar imediatamente negociações por um acordo abrangente com Israel, "no qual todos os prisioneiros em nossas mãos e um número de prisioneiros palestinos nas prisões da ocupação Israel sejam libertados". Segundo comunicado divulgado pelo grupo, a troca de reféns tem como objetivo a "cessação total da guerra e da retirada completa de Israel da Faixa de Gaza".

O chefe da delegação de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, elogiou a postura do enviado especial dos EUA, Adam Bowler, por defender a ideia de "encerrar o assunto dos prisioneiros e a guerra ao mesmo tempo, o que coincide com a posição do movimento". Al-Hayya também conclamou a comunidade internacional a pressionar Israel pelo fim dos bloqueios impostos à Faixa de Gaza.