Zema diz a jornal que indefinição sobre Bolsonaro posterga decisão de nome da direita em 2026

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que pode ser escolhido para sair como candidato à Presidência da República em 2026, mas disse que a "indefinição" sobre a situação eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) adia a decisão. Atualmente, o ex-presidente está inelegível. As declarações ocorreram em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo, 19.

"Tenho feito reuniões regulares com governadores de direita. O grupo está de acordo que, caso Bolsonaro tenha condição de disputar, ele é o candidato mais viável. Caso não tenha, tentaremos encontrar um outro nome. Eu posso, sim, ser considerado viável e vir a ser escolhido", disse o governador, na entrevista.

Em seguida, ele respondeu se a espera por Bolsonaro trava a direita na construção de uma candidatura: "Essa indefinição sobre ele ser ou não candidato, com toda certeza, acaba postergando essa decisão e o trabalho que já poderia estar acontecendo".

Zema evitou opinar se achou justo o indiciamento de Bolsonaro pela Polícia Federal. "Eu sou favorável a toda investigação. Se há suspeita, que seja investigado. Quem não deve, não teme. Sou favorável à democracia, nunca apoiaria nenhum golpe e se alguém fez algo errado, que se explique", disse.

Questionado se considera Bolsonaro um aliado, Zema disse que há momentos em que o Novo e o PL não trabalham em conjunto. "Vamos pegar aqui o caso da minha eleição em 2022. Conversei com Bolsonaro para caminharmos juntos aqui em Minas, mas infelizmente não deu certo. Ele lançou o senador Carlos Viana e isso poderia ter me custado a eleição em primeiro turno", declarou.

Zema também afirmou ver como "ótimos nomes" para 2026 Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, e Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná.

"Tarcísio teria, na minha opinião, toda a condição, mas tem dito que quer ser candidato à reeleição. Me dou muito bem com Caiado e Ratinho. Da mesma maneira que eu, estão concluindo seu segundo mandato, são bem avaliados e representam bem a direita. São ótimos nomes", disse. Perguntado se seria vice de algum deles, Zema afirmou que não quer ser "rainha da Inglaterra".

Na eleição para o governo de Minas, Zema disse que vê Rodrigo Pacheco (PSD), Alexandre Kalil (PSD) e Alexandre Silveira (PSD) como principais nomes da esquerda. Ele afirmou ainda que vai apoiar seu atual vice, Professor Mateus (Novo), mas que não anularia a possibilidade de tomar outra posição para obter o apoio do bolsonarismo à Presidência.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu neste domingo, 19, impor tarifas comerciais para levar indústrias de volta ao país. A fala foi feita em discurso no ginásio Capital One Arena, em Washington. Trump toma posse nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente americano.

"Vamos cortar impostos. Vamos acabar com a inflação. Vamos reduzir os preços. Vamos aumentar os seus salários e trazer milhares de fábricas de volta para os Estados Unidos, exatamente onde elas devem estar. Isso será feito através de tarifas, políticas inteligentes", prometeu. "Vamos construir nos Estados Unidos, vamos contratar americanos, vamos comprar produtos americanos."

O presidente eleito não detalhou as medidas econômicas que pretende adotar, mas sinalizou que elas devem ser tomadas já nesta segunda-feira, por meio de ordens executivas, equivalentes a medidas provisórias no Brasil.

Ele relatou que foi aconselhado a não assinar todas as ordens executivas de imediato, mas disse que ignorou a recomendação. "Terei muito o que assinar depois", afirmou. "Vocês verão ordens executivas que eu vou aprovar, muitas, muitas."

Trump citou medidas para desregulamentar a aérea ambiental e de energia. Para a primeira, prometeu acabar com todas as regulamentações que "atrapalham os negócios". Para a segunda, disse que usará os recursos energéticos dos Estados Unidos, como o petróleo, para acabar com a inflação.

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promoveu um comício em Washington para celebrar sua vitória neste domingo, 19, véspera de sua posse. "Nós ganhamos", declarou em discurso no ginásio Capital One Arena. "Vamos fazer nosso país maior do que jamais foi", disse. "Vamos tomar nosso país de volta", acrescentou.

Trump fez fortes críticas à administração do atual presidente, Joe Biden. "Cai o pano para quatro anos de declínio", disse. "Este é o maior movimento político da história dos Estados Unidos", afirmou, referindo-se a si próprio e a seus apoiadores.

Ele destacou que o Partido Republicano conquistou maiorias na Câmara e no Senado e disse ter montado uma equipe de "estrelas" para seu gabinete, entre elas, o apresentador da Fox News Peter Hegseth para secretario de Defesa, o senador republicano Marco Rubio para secretário de Estado, Pam Bodi como procuradora geral e o advogado Kash Patel como diretor do FBI, a polícia federal norte-americana.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo, 19, que vai visitar a Califórnia na próxima sexta-feira, 24. O Estado é afetado por grandes incêndios, que analistas avaliam ter causado a perda de até US$ 150 bilhões.

"Juntos, vamos reconstruir Los Angeles", prometeu Trump, em discurso no ginásio Capital One Arena, em Washington. Ele toma posse nesta segunda-feira, 20, como o 47º presidente americano.

Na sua fala, Trump exaltou a escolha de Los Angeles como sede das Olimpíadas de 2028, bem como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol Masculino de 2026.

Trump disse também que, por terem "roubado" a sua eleição em 2020, ele será o presidente dos Estados Unidos durante os dois eventos esportivos. O republicano alega, sem apresentar provas, fraude no processo eleitoral de 2020, quando perdeu para o democrata Joe Biden. "Eu consegui as Olimpíadas e eu consegui a Copa do Mundo de Futebol", declarou.