Lula cobra ministros, fala em correções e convocará auxiliares para conversas individuais

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso cheio de cobranças ao primeiro escalão de seu governo na reunião ministerial que está em andamento na manhã desta segunda-feira, 20, na Granja do Torto. Ele disse que o governo não tem direito de errar, que chamará diversos auxiliares para conversas individuais e mencionou correções a serem feitas neste ano. A fala do petista no início do compromisso foi transmitida.

A reunião é realizada enquanto o mundo político espera a primeira etapa da reforma ministerial aguardada para este ano. Nessa fase, Lula deve trocar ministros de seu grupo político mais próximo cujos desempenhos considera insatisfatórios. Depois, deverá haver mudanças no primeiro escalão visando ao fortalecimento da base do Executivo no Congresso.

"Vamos ver se neste ano de 2025 a gente pode corrigir aquilo que porventura a gente tenha feito de errado ou tenha deixado de fazer, e vamos tentar fazer com muito mais força aquilo que nós ainda não fizemos", disse o presidente.

"Não temos o direito de errar. É importante que cada um de vocês reflita, porque depois eu vou chamar individualmente muita gente para conversar", declarou Lula. Ele afirmou que o 2025 vai definir o que o governo realizará até o fim de seu mandato, em 2026. E que a reunião é justamente para definições sobre esses planos. "Esse será um ano de definição na história e na biografia de cada um de vocês", declarou o chefe do governo.

Lula voltou a afirmar que o governo passou seus primeiros dois anos "arrumando a casa" e que agora não é mais momento de "inventar" novos programas, mas fazer os já anunciados funcionarem. Ele afirmou que é necessário ter certeza de colher tudo o que foi plantado - uma metáfora usada frequentemente pelo presidente - e que isso depende do esforço dos ministros.

"A entrega que nós fizemos para o povo ainda não foi a entrega que nós nos comprometemos a fazer em 2022, porque muitas das coisas que nós plantamos ainda não brotaram", declarou o petista, cobrando seus auxiliares.

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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, chegou na Igreja Episcopal de Saint John para dar início às festividades da sua cerimônia de posse. O bilionário Elon Musk e vários dos escolhidos para o governo do republicano esperavam por sua chegada e pelo início do culto na igreja histórica na Lafayette Square.

Entre os outros convidados estão o Secretário de Estado designado, Marco Rubio, o presidente da Argentina, Javier Milei, e a filha do presidente eleito, Ivanka Trump.

Devido ao frio intenso, a cerimônia de posse oficial foi transferida para um ambiente fechado, a arena Capital One, em Washington, e terá início às 14h (de Brasília) desta segunda-feira, 20.

*Com informações da Associated Press

Donald Trump retorna à presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20, oito anos depois de assumir a Casa Branca pela primeira vez, em 2017. Naquele ano, carros elétricos existiam, mas não eram tão comentados como hoje, assim como a AirFryer, cada vez mais presente nas cozinhas brasileiras. O Brasil era presidido por Michel Temer, que esteve no centro de um escândalo depois de ter uma conversa gravada com o empresário Joesley Batista no âmbito da operação Lava Jato.

O mundo começava uma onda nacionalista. Trump fez o seu primeiro discurso destacando o 'American First'. Os britânicos haviam acabado de votar a favor do Brexit, mas o Reino Unido ainda estava na União Europeia. Na Alemanha, o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em inglês) havia conquistado espaço no Parlamento pela primeira vez desde a 2.ª Guerra - e não parou desde então.

Mas o mundo não é só geopolítica. Abaixo, relembre alguns fatos daquela época:

Brasil

O Brasil vivia a operação Lava Jato. O presidente Lula ainda não havia sido preso, mas foi naquele ano que ele perdeu sua ex-esposa, Marisa Letícia, depois de sofrer um AVC. O ministro do STF Teori Zavascki, que cuidava da Lava Jato, faleceu em um acidente de avião e foi substituído por Alexandre de Moraes, que antes era ministro da Justiça.

O País também viveu uma grande crise na segurança pública, com massacres dentro do sistema prisional do Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima, impulsionados por disputas entre facções criminosas em todo o Brasil.

O setor de infraestrutura viveu uma tendência de privatização, com concessões em portos e aeroportos. A economia também saiu da recessão, depois de dois anos, e a inflação ficou abaixo de 3%.

Tecnologia e redes sociais

Naquele ano, a Apple lançou o iPhone 10, o primeiro com Face ID e sem o botão inicial. A Inteligência Artificial ainda não tinha chegado ao nível do ChatGPT, mas o AlphaGo, programa de computador da Google, venceu jogadores humanos em jogos de tabuleiro pela primeira vez.

A SpaceX, do Elon Musk, reutilizou pela primeira vez um foguete, o Falcon 9, dois anos depois de tê-lo lançado em órbita. E, falando em Elon Musk, não havia sequer intenção declarada do magnata de comprar o Twitter, renomeado hoje para X.

Entre as redes sociais, o TikTok ainda não existia. Existia, sim, o Vine, que tinha a mesma proposta de vídeos curtos e fez muito sucesso nos EUA até ser desativado em 2017.

Esporte

No futebol, Messi e Cristiano Ronaldo eram dominantes. O Palmeiras havia acabado de ganhar o Brasileirão em 2016 depois de duas décadas de jejum, comandado por Cuca e com Gabriel Jesus no elenco, mas nem sonhava na chegada de Abel Ferreira. O Grêmio, de Renato Gaúcho, ganharia a Libertadores de 2017. O Real Madrid conquistaria a Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo.

Os tenistas Roger Federer e Rafael Nadal ainda estavam em atividade - e em alto nível. As duas lendas do tênis ganharam os quatro grand slams daquele ano (o suíço ganhou Austrália Open e Wimbledon, e o espanhol, US Open e Roland Garros).

Na NBA, o Golden State Warriors vivia sua hegemonia e vencia o Cleveland Cavaliers, de Lebron James, por quatro jogos a um. A equipe possuía um dos melhores elencos da história da NBA: Stephen Curry e Daymond Green (ainda hoje na equipe), Kevin Durant, Klay Thompson e Andre Iguodala eram alguns de seus nomes.

Cultura

Nos Estados Unidos, o Oscar premiou Moonlight, lançado em 2016, como melhor filme. O ano teve o lançamento de Corra, do Jordan Peele, e Dunkirk, do Cristopher Nolan, filmes com grande repercussão no Brasil. Na música, o hit Despacito, do porto-rinquenho Luis Fonsi, dominou a rádio e antecipou a onda da música de Porto Rico que se viu nos anos seguintes com Bad Bunny, que havia acabado de lançar o primeiro single em 2016.

Despacito também foi uma febre no Brasil, mas dividiu a rádio com hits como Paradinha, de Anitta, e K.O., da Pabllo Vittar, que lançou o primeiro disco, Vai Passar Mal, em janeiro de 2017. Na TV aberta, o domingo ainda possuía o Programa do Faustão na Globo e Silvio Santos no SBT.

Ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton chegou, há pouco, ao Capitólio para participar da cerimônia de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. O democrata estava acompanhado da mulher dele, Hillary Clinton, que perdeu a disputa com Trump para a presidência em 2016.

Vice-presidente no primeiro mandato de Trump, Mike Pence também confirmou que participará do evento, em publicação no X (antigo Twitter).

Os dois se afastaram depois que Pence se recusou a cumprir uma ordem do republicano para impedir a certificação da vitória do atual presidente americano, Joe Biden, nas eleições de 2020.