Marcos Pontes cita 'arrogância', rebate Bolsonaro e reafirma candidatura ao comando do Senado

Política
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O senador Marcos Pontes (PL-SP) rebateu Jair Bolsonaro (PL) e reiterou sua pré-candidatura à presidência do Senado. Sem citar o nome do ex-presidente, o senador paulista afirmou no X (antigo Twitter) que "a arrogância pode fechar portas".

"Pessoas arrogantes acham que já sabem de tudo, que são melhores que os outros, desprezam opiniões e ignoram sentimentos", afirma trecho de um vídeo publicado pelo ex-ministro nesta terça-feira, 21, um dia depois de Jair Bolsonaro dizer que era "lamentável" a pré-candidatura de Pontes ao comando do Senado.

O ex-presidente apoia o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Você sabe o que é correto. Seja íntegro", finaliza o vídeo publicado por Pontes.

Nesta segunda-feira, 20, o ex-presidente se queixou da "disciplina" de seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia e falou em "honrar a palavra dada". "Eu elegi você em São Paulo. Deixei de lado lá, entre eles, o meu amigo Marco Feliciano, com uma dor no coração enorme. Mas deixei de lado o Marco Feliciano para te apoiar. Esse é o pagamento?", questionou Bolsonaro durante entrevista ao canal do YouTube AuriVerde Brasil.

Segundo o ex-presidente, Pontes não tem chances concretas de se eleger presidente do Senado e está pensando apenas em si mesmo. "A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é tendo um candidato. Se não conseguimos ganhar o Rogério Marinho, que é um baita articulador, não vai ser com você agora", disse Bolsonaro, que, apesar das críticas, desejou "boa sorte" à candidatura de Marcos Pontes.

Em fevereiro de 2023, Rogério Marinho, também ex-ministro da gestão Bolsonaro, perdeu a eleição ao comando do Senado para Rodrigo Pacheco por 49 votos a 32. A derrota custou ao PL não só a presidência da Casa, mas um isolamento em todos os cargos na Mesa Diretora.

O Senado é uma das prioridades de Jair Bolsonaro e de sua base de apoio. No pleito de 2022, a sigla do ex-presidente elegeu a maior bancada de senadores do País. Naquela eleição, a renovação era de um terço do Senado; na próxima votação, em 2026, cada Estado elegerá dois novos senadores.

O PL estima repetir o desempenho de 2022 no próximo pleito e aumentar ainda mais seus representantes na Casa. O objetivo é a aprovação de pautas como o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a anistia aos condenados do 8 de Janeiro.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou há pouco que "foi uma honra" receber Ahmed Hussein al-Sharaa, o novo presidente da Síria, na Casa Branca nesta segunda-feira, 10.

Trump disse que ambos discutiram todas as complexidades da paz no Oriente Médio, da qual, segundo ele, al-Sharaa é um grande defensor.

"Estou ansioso para nos encontrarmos e conversarmos novamente. Todos estão falando sobre o Grande Milagre que está ocorrendo no Oriente Médio. Ter uma Síria estável e bem-sucedida é muito importante para todos os países da região", escreveu o republicano na Truth Social.

Em comunicado conjunto, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) propuseram aprofundar a cooperação em energia renovável, segurança alimentar, inovação tecnológica, intercâmbios culturais e outros campos.

O comunicado também reafirma que ambos os lados aderem aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, especialmente a igualdade soberana dos Estados, o respeito pela integridade territorial e independência política, a não interferência nos assuntos internos de outros países e a resolução pacífica de disputas.

"O Roteiro avançará nossos compromissos compartilhados e acelerará a cooperação em ação climática e proteção ambiental, transição energética e interconexões regionais, impulsionando o comércio e os fluxos econômicos e a resiliência, além de aprofundar nossos esforços conjuntos para combater o crime organizado transnacional", pontuou o documento.

A Cúpula Celac-UE aconteceu entre domingo e hoje, em Santa Marta, na Colômbia.

Nicolas Sarkozy foi libertado da prisão nesta segunda-feira, 10, após um tribunal de apelações de Paris conceder ao ex-presidente francês liberdade condicional sob supervisão judicial , menos de três semanas depois de ter começado a cumprir uma pena de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Sarkozy, de 70 anos, saiu da prisão de La Santé de carro e logo em seguida entrou rapidamente em sua casa, na zona oeste de Paris. A breve cena contrastou com sua prisão pública, 20 dias antes, quando caminhou de mãos dadas com sua esposa, a ex-supermodelo Carla Bruni-Sarkozy, por um beco perto de sua casa, acenando para seus simpatizantes.

O ex-presidente, que nega qualquer irregularidade, está proibido de deixar o território francês e de entrar em contato com algumas pessoas, incluindo réus e testemunhas no caso, afirmou o tribunal.

Espera-se que o julgamento do recurso ocorra posteriormente, possivelmente na primavera.

*Com informações da Associated Press.